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Como receber a salvação eterna - Luiz D. S. Campos

Como receber a salvação eterna - Luis D. S. Campos
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Como receber a salvação eterna - Luis D. S. Campos

No capítulo 19 de Mateus, do versículo 16 ao 22 lemos: "E eis que alguém, aproximando-se, lhe perguntou: Mestre, que farei eu de bom, para alcançar a vida eterna? Respondeu-lhe Jesus: Por que me perguntas acerca do que é bom? Bom só existe um. Se queres, porém, entrar na vida, guarda os mandamentos. E ele lhe perguntou: Quais? Respondeu Jesus: Não matarás, não adulterarás, não furtarás, não dirás falso testemunho; honra a teu pai e a tua mãe e amarás o teu próximo como a ti mesmo. Replicou-lhe o jovem: Tudo isso tenho observado; que me falta ainda? Disse-lhe Jesus: Se queres ser perfeito, vai, vende os teus bens, dá aos pobres e terás um tesouro no céu; depois, vem e segue-me. Tendo, porém, o jovem ouvido esta palavra, retirou-se triste, por ser dono de muitas propriedades.".

Vemos no versículo 22 que o jovem era dono de muitas propriedades. Aqui nós entendemos que os evangelhos tratam mais diretamente com os judeus, esse jovem era judeu e o Senhor Jesus fala da lei pra ele. Ele foi ao Senhor Jesus perguntando o que de bom ele tinha que fazer pois a lei, segundo ele, ele tinha guardado, só que nós sabemos pelo livro de Tiago que se você transgredir um só mandamento da lei, você é culpado de todos.


No livro de Atos, capítulo 13, versículos 38 e 39 vemos Paulo falando diante dos gentios que estavam se convertendo: "Tomai, pois, irmãos, conhecimento de que se vos anuncia remissão de pecados por intermédio deste (Jesus); e, por meio dele, todo o que crê é justificado de todas as coisas das quais vós não pudestes ser justificados pela lei de Moisés". Nós vemos no versículo 39 que nunca eles puderam ser justificados pela lei dada a Moisés, mas no versículo 37 lemos: "Porém aquele a quem Deus ressuscitou não viu corrupção.”, referindo-se a Jesus. A lei na verdade, nunca justificou, desde que Moisés a recebeu no deserto, no monte Sinai, desde lá nunca ninguém pôde ser justificado pela lei.

Encontramos no evangelho de Mateus mais uma pessoa, esse jovem agora, chegando para o Senhor e perguntando “o que eu tenho que fazer então?”. O Senhor respondeu-lhe a lei, é a lei que você tem que guardar. A pergunta do jovem foi: "Mestre, que farei eu de bom, para alcançar a vida eterna?" Agora faço uma pergunta a você também: O que uma pessoa tem que fazer para alcançar ou ter a vida eterna? Ou seja, para ser salvo, ter a vida eterna, o que é preciso fazer?

É preciso crer no Senhor Jesus! Isto é o que está escrito na Bíblia, em Romanos, em Coríntios, em Colossenses, em Efésios, em todas as cartas de Paulo ele abrange justamente esse tema, que a salvação é pelo Senhor Jesus Cristo, por ele você recebe vida eterna. E o que foi que o Senhor respondeu para este jovem? "Respondeu-lhe Jesus: Por que me perguntas acerca do que é bom? Bom só existe um. Se queres, porém, entrar na vida, guarda os mandamentos". E o jovem lhe perguntou quais mandamentos eram esses. E Jesus lhe respondeu: "Não matarás, não adulterarás, não furtarás, não dirás falso testemunho; honra a teu pai e a tua mãe e amarás o teu próximo como a ti mesmo". Ao ouvir isso o jovem replicou-lhe: "Tudo isso tenho observado; que me falta ainda?"

Por que o apóstolo Paulo falou que basta crer e o próprio Senhor Jesus, no evangelho de João, fala desse outro modo? O evangelho de João relata as palavras do Senhor Jesus dizendo: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão. Aquilo que meu Pai me deu é maior do que tudo; e da mão do Pai ninguém pode arrebatar" (João 10:27-29). Nos versículos anteriores podemos ver que ele ia dar a vida dele, porque ele é o bom pastor, ia dar a vida pelas ovelhas para que elas tivessem vida eterna. Será então que João ao escrever o evangelho ouviu uma coisa do Senhor e Mateus ouviu outra coisa? Lá o jovem perguntava o que tinha que fazer para ter a vida eterna e em Mateus diz “guarda os mandamentos, não matarás, não…”. Qual a diferença? Será que o Senhor Jesus está falando duas coisas? Uma para um e outra para outro?

Já foi dito que nos evangelhos o Senhor Jesus estava tratando com judeus, essa é a grande diferença entre o Velho Testamento e o Novo Testamento. Nos evangelhos é feita a divisão entre o Velho Testamento e o Novo Testamento, o Senhor Jesus veio para os que eram seus e os seus não o receberam. A vida eterna, que é citada no nosso capítulo de Mateus, não é a vida eterna que o apóstolo Paulo fala e que o Senhor Jesus também falou em João. No Velho Testamento, para os judeus, a promessa era que se alguém guardasse a lei viveria por ela, ou seja, ele seria abençoado aqui nesse mundo, teria propriedades, família grande, seria próspero e sabe o que ia acontecer? Ele não iria morrer. O jovem perguntou: o que eu devo fazer para ter a vida eterna? A vida eterna que ele cita aqui é a vida para sempre aqui, para não morrer. Então a resposta era que ele devia guardar a lei.

Se o Senhor Jesus, homem perfeito que era, não tivesse dado a vida dele para ser crucificado, se ele não tivesse ido para a cruz, ele estaria vivo até hoje, porque ele era judeu e guardado pela lei, a lei se cumpriu nele. Não somente ele cumpriu a lei, mas a lei se cumpriu nele. Ele era homem perfeito. Então é isso que ele está falando, que se o jovem guardasse os mandamentos ele não iria morrer. E o jovem sai triste porque o Senhor Jesus havia dito que ele devia vender tudo, dar aos pobres e seguir a ele porque ele era a vida eterna. Se o jovem tivesse dado ouvidos ao que o Senhor tinha falado para ele, ele cairia no assunto de João, o Senhor daria a ele uma vida muito mais que a vida eterna neste mundo, que seria a vida eterna com Deus.

Infelizmente o evangelho pregado hoje no meio cristão está indo por este mesmo princípio do judaísmo. Se a pessoa for obediente ela será abençoada, terá carro, propriedade, saúde, mas isso era promessa da lei para os judeus, não para nós gentios. Nós fazemos parte das demais nações, somos gentios e a lei foi dada para Israel. O Senhor veio para morrer não só pelos judeus, mas por todos. Essa é a obra do Senhor Jesus a qual em João nós vemos, ele começa a falar de ovelhas e ele abrange todos. Jesus, diz: "Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido. Assim como o Pai me conhece a mim, também eu conheço o Pai e dou a minha vida pelas ovelhas. Ainda tenho outras ovelhas que não são deste aprisco; também me convém agregar estas, e elas ouvirão a minha voz, e haverá um rebanho e um Pastor. Por isso, o Pai me ama, porque dou a minha vida para tornar a tomá-la. Ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho poder para a dar e poder para tornar a tomá-la. Esse mandamento recebi de meu Pai." (João 10:14-18).

No versículo 16 o Senhor Jesus fala “ainda tenho outras ovelhas, não desse aprisco”. Que aprisco é esse? É o aprisco dos judeus, ele está falando com judeus, e a lei colocou limites para eles, ficaram como ovelhas dentro do aprisco. Só que o Senhor ia sair fora desse aprisco, chamar as ovelhas dele e agregar outras ovelhas e, todas elas, fora do aprisco, seriam um rebanho com um só Pastor. Não diz que haveria um novo aprisco, mas sim que haveria um rebanho e um Pastor. Rebanho não tem cercas, não tem limites, ele tem um centro que é o Pastor. Para Paulo, a lei era como paredes e os judeus eram separados por paredes, mas o Senhor está falando aqui de vida eterna, que ele daria a vida pelas ovelhas.

Muitos pensam que o Senhor Jesus foi morto na cruz, no sentido de que o mataram e, num certo sentido, ele morreu pelas mãos dos homens que o colocaram na cruz, mas ele tinha autoridade para dar a vida dele quando ele bem quisesse. Ele ficou na cruz das 9 às 15 horas e das nove até o meio-dia ele ficou debaixo de zombaria, de blasfêmia, ouvindo, por exemplo, coisas como, se ele podia salvar os outros que salvasse a si mesmo, se era rei de Israel que descesse da cruz. Dos outros, dos crucificados ao seu lado que também zombavam dele, até que um dos malfeitores creu nele.

Jesus esteve três horas debaixo dessa zombaria, mas ao meio-dia fez-se trevas sobre toda a terra até às 3 horas da tarde, conforme relata Mateus 27, e nesse período Jesus exclamou: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”. Nas primeiras três horas, enquanto zombavam dele ele disse: “Pai, perdoa-lhes porque eles não sabem o que fazem”, e quando houve trevas sobre toda a terra ele disse: "Deus meu", e não Pai. Por quê? Por que este filho amado que até na cruz chamava de Pai e depois, quando fez trevas sobre toda a terra, ele mudou para "Deus meu"? Para se cumprir uma profecia do Salmo 22 que diz “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? Por que te alongas das palavras do meu bramido e não me auxilias?” e assim segue o salmo. É o cumprimento na cruz, porque quando deu meio-dia, Deus derramou nele o juízo que nós havíamos de receber.

Todos nós, judeus, gentios, todos os homens mereciam o juízo de Deus, conforme vemos em Romanos 6:23: "O salário do pecado é a morte". O salário é a recompensa daquilo que você produziu e nós, sendo pecadores, o salário do pecado é a morte. Não se trata somente da morte física, pois esta morte, desde que Adão caiu, todos nós teremos. O ciclo do homem é nascer, viver e morrer. É sobre isto que o jovem perguntou a Jesus, o que fazer para viver para sempre? A promessa era para o judeu que cumprisse a lei.

Mas agora nós vemos que o Senhor Jesus foi para a cruz para receber o castigo que era de todos nós, não somente a morte física, mas a separação eterna de Deus! Este é o significado da morte como castigo, na palavra de Deus. Tanto que quando lemos as cartas de Paulo, quando ele se refere aos cristãos é dito que eles dormem, a morte não é mencionada para os cristãos. Por quê? Eles não morreram? Por que não fala que morreu e sim que dormiu? Porque há uma palavra do Senhor que diz que para quem crê, ainda que morra viverá. Um dia ele será ressuscitado para a vida eterna! Agora, quando morre em seus pecados, aí não dormiu, aí morreu, a palavra é morreu.

Então nas três horas de trevas que o Senhor Jesus passou na cruz, Deus derramou sobre ele o juízo que nós merecíamos. Não foi um eclipse ao meio-dia, mas fez-se trevas sobre toda a terra. Deus virou as costas para esse mundo e é o que ele vai fazer um dia. No dia do juízo final, o lago de fogo, conhecido como inferno, é quando Deus vai virar as costas para o homem e ele será destituído eternamente de tudo aquilo que é de Deus. Isto é que é o juízo de Deus.

Muitos pensam que o lago de fogo é um lugar cheio de fogo, mas é um lugar cheio de trevas, trevas exteriores e trevas interiores, o homem estará sozinho. Muitos até zombam, de uma coisa tão séria, dizendo que se não crerem irão para o inferno, segundo a Bíblia, irão sim, aí a pessoa diz: "ah então está bom, eu vou mas vou com meus amigos incrédulos, então ficaremos juntos lá". Trevas interiores e trevas exteriores, a pessoa estará sozinha no inferno, é uma coisa indescritível e horrível! Assim como a vida eterna, estar com Deus, é uma coisa indescritível, como Pedro fala, mas é uma coisa de bênção, maravilhosa, não de perdição.

Então o Senhor Jesus em vida recebeu naquelas três horas ali na cruz o juízo que nós merecíamos, porque os nossos pecados foram colocados diante dele. Pedro diz que ele tomou sobre si os nossos pecados, é uma linguagem figurada porque Pedro escrevia para os judeus também, que nas ofertas em Israel ofereciam animais para expiação dos pecados. O sacerdote sacrificava um bode, e em outro bode ele colocava a mão sobre a cabeça, confessava o pecado de Israel, e um mensageiro pegava este bode e o levava para um lugar distante no deserto e o deixava lá para desaparecer. O Senhor Jesus tomou sobre si os nossos pecados e os levou para nunca mais serem lembrados. Deus julgou no Senhor Jesus os nossos pecados!

Também lemos em João 19:28-30: "Depois, sabendo Jesus que já todas as coisas estavam terminadas, para que a Escritura se cumprisse, disse: Tenho sede. Estava, pois, ali um vaso cheio de vinagre. E encheram de vinagre uma esponja e, pondo-a num hissopo, lha chegaram à boca. E, quando Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito.". Vendo que todas as coisas estavam terminadas ele tinha que dizer "tenho sede" porque isto também fazia parte do cumprimento das Escrituras, que diz no Salmo 69 "na minha sede me deram fel". Daí ele disse: "Está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito". Ele se entregou!

Mateus 27:50 relata: "E Jesus, clamando outra vez com grande voz, entregou o espírito.", em Lucas diz: "Pai, nas tuas mãos eu entrego o meu espírito" e em Marcos vemos: "E Jesus, dando um grande brado, expirou. E o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo. E o centurião que estava defronte dele, vendo que assim clamando expirara, disse: Verdadeiramente, este homem era o Filho de Deus."(Marcos 15:37-39)

Por que o centurião se impressionou? Porque a cruz era uma sentença dos romanos, a morte na cruz, dolorosa, era destinada a malfeitores, era lugar de bandidos. O Senhor Jesus foi contado com os malfeitores, o que era também uma profecia. A cruz não era dele, naquele dia três pessoas seriam crucificadas, os dois que não têm o nome citado e um terceiro de nome Barrabás. Quando levaram o Senhor ao Pretório (Tribunal), Pilatos disse aos judeus para o julgarem conforme as suas leis, mas eles forçaram a condená-lo e, por ocasião da festa que se aproximava o povo podia escolher um para ser solto, então escolheram a Barrabás, que foi solto e a cruz que era para ele, foi usada para crucificar o Senhor Jesus.

Eles crucificavam e deixavam lá, a pessoa tinha os pés pregados e para respirar tinha que fazer grande esforço. Chegava um momento em que ela não tinha mais força e morria asfixiada, como morre um afogado, era uma morte cruel. Os soldados ficavam guardando os corpos para que não fossem retirados da cruz. Como ia ter a festa e não podiam deixar os corpos sozinhos na cruz, os soldados então quebravam as pernas dos crucificados para que, não tendo como apoiar, mais rápido eles morressem por asfixia. Quebraram as pernas de dois, mas, ao chegar no Senhor viram que ele já estava morto e, para ter certeza disso, um soldado enfiou a lança no seu lado, quando então o precioso sangue de Jesus foi derramado! O sangue de Jesus que nos purifica de todo o pecado, conforme diz o evangelho de João.

Logo que o Senhor deu a sua vida, dando um grande brado, ele tinha fôlego para dizer "Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito" e o centurião se impressionou porque ninguém tinha força por si só para dar aquele brado naquelas condições. Isto foi possível devido à autoridade que o Senhor Jesus tinha sobre a sua própria vida. Em João diz que ele tinha autoridade para dar e para reaver a sua vida. Ele podia ser ressuscitado por ele mesmo, era uma autoridade que Deus havia dado a ele como homem.

A maravilha do poder e do amor do Senhor Jesus estava em tomar este lugar, um lugar que era nosso, como vimos, era o lugar de Barrabás, ele tinha que fazer isto, mas os culpados éramos nós, pelas mãos dos homens ele foi zombado, humilhado, crucificado, mas Deus na sua presciência, como diz no livro de Atos 3:13-18:

"O Deus de Abraão, e de Isaque, e de Jacó, o Deus de nossos pais, glorificou a seu Filho Jesus, a quem vós entregastes e perante a face de Pilatos negastes, tendo ele determinado que fosse solto. Mas vós negastes o Santo e o Justo e pedistes que se vos desse um homem homicida. E matastes o Príncipe da vida, ao qual Deus ressuscitou dos mortos, do que nós somos testemunhas. E, pela fé no seu nome, fez o seu nome fortalecer a este que vedes e conheceis; e a fé que é por ele deu a este, na presença de todos vós, esta perfeita saúde. E agora, irmãos, eu sei que o fizestes por ignorância, como também os vossos príncipes. Mas Deus assim cumpriu o que já dantes pela boca de todos os seus profetas havia anunciado: que o Cristo havia de padecer.".

Os versículos 22 e 23, do capítulo 2 dizem: "Varões israelitas, escutai estas palavras: A Jesus Nazareno, varão aprovado por Deus entre vós com maravilhas, prodígios e sinais, que Deus por ele fez no meio de vós, como vós mesmos bem sabeis; a este que vos foi entregue pelo determinado conselho e presciência de Deus, tomando-o vós, o crucificastes e matastes pelas mãos de injustos;".

A culpa caiu no homem, “vós matastes”. A presciência de Deus em misericórdia para conosco, o Senhor Jesus, fez tudo aquilo. Nada que aconteceu com o Senhor estava fora do controle, cada passo que ele deu e tudo o que ele passou estava na presciência de Deus, mas a culpa era do homem, o homem não era inocente.

A graça de Deus foi que o Senhor foi para a cruz, mas Deus o ressuscitou e nós vemos que Cristo hoje está vivo! O símbolo do cristianismo hoje é uma cruz, foi nela que o mundo viu o Senhor pela última vez. Ela se tornou um símbolo da relação entre o homem e Cristo, mas ele não está na cruz, ele foi retirado da cruz e foi sepultado no túmulo em uma rocha onde Nicodemos e José de Arimatéia o colocaram. Ele ficou lá? Não! Deus o ressuscitou. O mundo o viu ressuscitado? Não. Deus o ressuscitou, não foi ele mesmo que se ressuscitou, e lemos em Lucas que ele diz: "Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito". Ou seja, ele se deu a Deus para que cuidasse dele na sua morte. Deus cuidou dele e ao terceiro dia Deus o ressuscitou dos mortos e o levou para o lugar em que ele está hoje.

O mais potente telescópio, Hubble, pode procurar e não achar nada, mas Cristo está lá! Um homem ressuscitado dentre os mortos, está vivo assim como ele está hoje presente na sua onisciência, porque ele é Deus também, mas é um homem ressuscitado, é uma pessoa que ao ser visto pelos discípulos, conforme relatado no evangelho de Lucas, os deixou maravilhados. Ao vê-lo eles pensaram que fosse um fantasma, um espírito, mas ele mesmo falou: "Toquem, vejam as marcas no meu corpo". Ele foi ressuscitado dentre os mortos e levado para a glória.

Nós temos hoje um homem vivo nos céus e essa pessoa foi aquele que veio aqui para dar a sua vida por nós. Nós passamos a existir no ventre de nossa mãe quando somos concebidos, nunca existimos antes. O espiritismo tem a crença de que a pessoa existia e reencarnou, mas isto é uma heresia, é uma oposição à Palavra de Deus. A Bíblia fala em ressurreição, não em reencarnação. Nós fomos gerados no ventre da nossa mãe, foi quando então passamos a existir, é o nosso princípio de vida, mas nós não temos fim de existência.

Alguns pensam morreu, parou. Parou não, é para sempre, a pessoa continua existindo como indivíduo, tem uma identidade. A morte nada mais é que a ausência do corpo. É como se eu pudesse nesse momento sair do meu corpo agora, o corpo cair, sei falar, sei pensar, reconheço as pessoas, só que estou noutro estágio, vou estar no Hades aguardando a ressurreição para ter o meu corpo de novo, porque eu sou eterno! Foi o que aconteceu com o Senhor, embora ele não tenha princípio de vida como nós, ele sempre existiu, ele rendeu a sua vida ali, seu corpo foi para a sepultura, mas ele estava vivo. Ele foi para o Hades aguardando a ressurreição.

Nós temos essa maravilha de termos um Salvador não morto, mas um homem vivo que nos ama. Jesus, aquele menino que quando foi gerado em Maria já existia antes, era uma das três pessoas da divindade que deixou o lugar de glória, se despiu das suas vestes e se revestiu de carne, encarnado como homem. Sua humilhação não começou na cruz, ele se despojou da sua glória e se submeteu a nascer de mulher, ser cuidado, carregado, amamentado. E quem era aquela pessoa? Era aquele Deus que saiu da glória, se fez carne, veio como homem submetendo a sua vida aqui, vivendo nesta fragilidade do ser humano, tudo por amor! Só que quando ele foi ressuscitado ele voltou para o lugar de onde havia saído. Tudo ele fez por amor para dar a vida eterna!

E essa vida eterna é algo que não se compra, não tem preço! Em Atos 13:39 vemos Paulo dizer: "E de tudo o que, pela lei de Moisés, não pudestes ser justificados, por ele é justificado todo aquele que crê.". Não adianta o homem querer cumprir a lei, muitos não pregam a lei de Moisés mas criam regras para cumprir como se isto fosse comprar a vida eterna, querem fazer alguma coisa para pagar, por isto que o jovem pergunta: "O que tenho que fazer de bom?"

Se eu pudesse fazer alguma coisa o Senhor Jesus não precisaria ter feito essa trajetória para na cruz morrer por mim. Dar a vida dele naquela humilhação, ele é quem diz que estava fazendo aquilo para me dar a vida eterna. E eu estou dizendo: Ah, não, eu estou fazendo isso e aquilo então Deus tem que aceitar. Isto foi o que Caim fez, pegou dos frutos da terra, quando Deus havia dito a Adão “maldita é a terra por tua causa”, o filho de Adão pegou os frutos da terra e levou para Deus achando que Deus tinha que aceitar, mas o que Deus aceitou foi a oferta de Abel. Abel pegou uma ovelha inocente, sacrificou-a e apresentou-a a Deus. Era uma figura de Cristo morrendo pelo pecador.

Caim se irou porque Deus não aceitou a sua oferta. Ele havia trabalhado, lavrado a terra, plantado, colhido e levado até Deus. Já Abel não fez nada, matou um animal inocente e levou. O que é isto que Caim fez? Isto representa a religião do homem, eu com as minhas obras achando que Deus tem que aceitar. Mas o que diz a Palavra? Crê no Senhor Jesus. É ele o cordeiro de Deus então é esse que deve ser apresentado, esse é o meu Salvador. Eu não posso e não vou fazer nada, Deus está testificando para mim. Não sou eu quem vai falar para Deus o que deve ser feito, é ele, através da sua Palavra que testifica o que eu tenho que fazer.

E o que tenho que fazer? Tenho que crer, mais nada! Basta crer para receber toda a bênção, porque o Senhor Jesus pagou o preço. "Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna por Cristo Jesus, nosso Senhor." Isto está escrito no livro de Romanos, no capítulo 6, versículo 23. Imagine se esse versículo tivesse sido escrito somente até a metade: “Porque o salário do pecado é a morte”. Ali encerraria a história do homem, mas Deus fez o "mas". "Mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna por Cristo Jesus", não por obras, nem por qualquer outra coisa. Ele fez tudo! Então o testemunho que temos que aceitar é o de Deus. A sentença era a morte, mas Deus interveio e por meio de Cristo Jesus, nosso Senhor, deu vida eterna aos que nele creem.