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Fornalha - Mario Persona

Fornalha - Mario Persona
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https://youtu.be/wZ57BMWmZFA

Fornalha
Mario Persona

Vamos abrir a Bíblia no livro de Daniel no capítulo três, antes porém, faremos uma breve história do que é o livro de Daniel. Deus criou o homem - que logo em seguida se rebelou contra Ele caindo em pecado - com isso, Adão e Eva perderam a posição e pureza que tinham diante de Deus e passaram a ser pecadores. Com eles entrou o pecado no mundo, e com este a morte passou a todos os homens, e todos pecaram. Depois disso, Deus tentou de diversas maneiras lidar com o ser humano em dispensações, ou maneiras diferentes, ao longo do tempo, e uma dessas maneiras foi quando Ele decidiu escolher um povo e dar a este certos privilégios divinos que nenhum outro povo na terra tinha tido antes.

Quando chega a época de eleições, todos os dias vemos nos jornais as estatísticas, as pesquisas de eleitorado para ver quem está com a maior porcentagen, maior probabilidade de ganhar as eleições. Essas pesquisas não são feitas com todos os eleitores do país, mas uma amostragem significativa que tenha as características de todos os eleitores é feita, e baseado nesta amostragem, é produzida uma estatística. Pois Deus fez isso, pegou uma amostragem da raça humana, que é o povo de Israel, e tratou-o de uma maneira diferenciada, com se estivesse dizendo assim: vamos ver como o homem se sai, de acordo com as minhas expectativas, tendo recebido minhas leis, meus oráculos, minhas promessas, - Mas, este povo falhou miseravelmente, inclusive, mais tarde, este mesmo povo iria crucificar e mandar para a morte o seu próprio Messias, aquele mesmo que estavam aguardando. Os profetas haviam anunciado que viria o Messias, mas antes que acontecesse isso, eles perderam a posição de domínio, a representação de governo no mundo. Israel deveria ser cabeça das nações, mas pela desobediência, Deus tirou deles este privilégio e entregou aos gentios. A primeira nação que recebeu tal privilégio foi a dos Babilônios, os Caldeus. Deus permitiu que eles invadissem a terra de Israel, destruíssem várias coisas e levassem cativos os seus exponenciais, ou seja, as pessoas mais ilustres de Israel.

Nabucodonosor que era o rei de Babilônia, trouxe para a mesma, as pessoas mais nobres, inteligentes, sábias, exatamente como o que aconteceu na segunda grande guerra, quando os aliados de um lado, e os russos do outro, disputaram os cientistas alemães. Todo o programa espacial americano, por exemplo, foi construído em cima do conhecimento de Von Braun e outros cientistas alemães que eram gênios, e que na época foram levados para os Estados Unidos, e lá desenvolveram este programa espacial. A bomba atômica, armas e afins, quando um país invade o outro, pega os melhores cérebros e leva para seu país, procurando melhoras, fazendo com que eles entrem no esquema do país invasor, ainda que lhes deem algumas liberdades, também fazem com que eles se mesclem ao povo invasor, unindo suas culturas. Uma das formas de mesclar é através da religião, impondo algum tipo de culto religioso para apagar a identidade que este povo tem. Foi o que Nabucodonosor fez. Ele levou para a Babilônia uma grande parte do povo, principalmente aqueles mais ilustres, e lá fez com que eles se integrassem na sociedade, para que passassem a se alimentar, se vestir e agir como os babilônios. Nabucodonosor estava no domínio de todo o império babilônico e de certa forma, ele quis também unificar a religião. Hoje é comum ouvirmos falar em ecumenismo, mas como seria mais fácil se todas as pessoas adorassem da mesma maneira, prestassem o mesmo culto, não é?

Então neste capitulo três de Daniel, Nabucodonosor vai criar uma forma muito simples de adoração, simplesmente uma estátua, de aproximadamente trinta metros de altura, revestida de ouro, que não é um ídolo com nome, mas uma estátua, pelo menos não temos na Bíblia o nome desse deus ou ídolo. A regra seria muito simples: Quando vocês escutarem uma orquestra tocar, terão que se inclinar, reverenciar e adorar a estátua. Simples! Nao havia mandamento ou outra ordem qualquer, apenas isso. Quem não fizesse seria morto. Que mal há em fazer reverência a essa estátua? Resistir a isso e pagar com a vida, seria algo muito estranho. O interessante é que começa com Nabucodonosor, o tempo dos gentios na terra. Deus deu o governo do mundo aos gentios e esse tempo continua até hoje, pois Israel que era para ser cabeça, virou cauda, está ai, mas hoje, são os gentios que dominam. E como disse, este tempo dos gentios que começa com a adoração de uma estátua, vai terminar do mesmo jeito, ou seja, também com a adoração a uma estátua, uma imagem. É muito interessante como a Bíblia fecha as coisas de maneira perfeita. Mas, vamos ler Daniel 3:

“O rei Nabucodonosor fez uma estátua de ouro, cuja altura era de sessenta côvados, e a sua largura de seis côvados; levantou-a no campo de Dura, na província de babilônia. Então o rei Nabucodonosor mandou reunir os príncipes, os prefeitos, os governadores, os conselheiros, os tesoureiros, os juízes, os capitães, e todos os oficiais das províncias, para que viessem à consagração da estátua que o rei Nabucodonosor tinha levantado. Então se reuniram os príncipes, os prefeitos e governadores, os capitães, os juízes, os tesoureiros, os conselheiros, e todos os oficiais das províncias, à consagração da estátua que o rei Nabucodonosor tinha levantado; e estavam em pé diante da imagem que Nabucodonosor tinha levantado”. No versículo 4: “E o arauto apregoava em alta voz: Ordena-se a vós, ó povos, nações e línguas: Quando ouvirdes o som da buzina, da flauta, da harpa, da sambuca, do saltério, da gaita de foles, e de toda a espécie de música, prostrar-vos-eis, e adorareis a estátua de ouro que o rei Nabucodonosor tem levantado. E qualquer que não se prostrar e não a adorar, será na mesma hora lançado dentro da fornalha de fogo ardente”.

Eu mencionei que o tempo dos gentios termina com a adoração a uma imagem. Em Apocalipse 13: 11, lemos:

“E vi subir da terra outra besta, e tinha dois chifres semelhantes aos de um cordeiro; e falava como o dragão. E exerce todo o poder da primeira besta na sua presença, e faz que a terra e os que nela habitam adorem a primeira besta, cuja chaga mortal fora curada. E faz grandes sinais, de maneira que até fogo faz descer do céu a terra, à vista dos homens. E engana os que habitam na terra com sinais que lhe foi permitido que fizesse em presença da besta, dizendo aos que habitam na terra que fizessem uma imagem à besta que recebera a ferida da espada e vivia. E foi-lhe concedido que desse espírito à imagem da besta, para que também a imagem da besta falasse, e fizesse que fossem mortos todos os que não adorassem a imagem da besta. E faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres livres e servos, lhes seja posto um sinal na sua mão direita, ou nas suas testas, para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome”.

Obviamente aqui, a linguagem é figurada, simbólica, mas existe uma imagem a ser adorada, talvez diferente da primeira, esta era meio multimídia. Ela fala, toca e faz muitas coisas, na outra, havia uma orquestra ao lado para tocar a música, mas de qualquer maneira é uma adoração muito agradável ao ser humano, porque existe algo visível para ser adorado. No primeiro caso, na primeira estátua, existe uma orquestra para entreter os que vão adorar a imagem e no segundo caso, existem os sinais, os milagres, as manifestaçoes grandiosas. Em ambos os casos, porém, não existe responsabilidade de consciência de pecado, nada disso! Adorem a besta! É o suficiente, e se não adorarem, morrem! Isto é basicamente o principio da religião do homem, ele procura algo visível, notório, de preferência com evidências de sinais, maravilhas e milagres, não julgam pecado em suas consciências, simplesmente fazem. Façam assim! Simplesmente, abaixam, tocam a música e dá-se o entretenimento. Muito semelhante a qualquer religião que apela para os sentidos humanos e passa por cima da palavra de Deus.

Quando chegamos ao capítulo 3 de Daniel, encontramos três jovens, Sadraque, Mesaque e Abednego que haviam sido levados com Daniel para Babilônia, naquele sistema de tentar aculturá-los, transformá-los, pasteurizá-los segundo a cultura babilônica. Esses três jovens fazem tudo o que as pessoas fazem em Babilônia, mas quando eles escutam que teriam que adorar aquela imagem, não aceitam fazer isso. Quando Jeremias mandou uma carta aos exilados em Babilônia, ele disse: Construam as vossas casas, não tenham receio de fazer projeto em longo prazo; plantem pomares, pois que hão de ficar aí por muitos anos. Podem casar, e ter filhos; procurem maridos, e mulheres para estes últimos, e que se rodeiem de netos. Multipliquem-se, não decaiam! Trabalhem para a paz e a prosperidade de Babilônia. Orem por ela, porque se Babilônia tiver paz, vocês também terão.

Muito interessante! Eles estavam em terra inimiga, mas foram parar ali como um juízo de Deus por tê-lo desobedecido. E agora Daniel e estes três se submetem às ordens, reconhecem a autoridade humana do rei, muito embora fosse a autoridade do invasor. No Novo Testamento aprendemos que nenhuma autoridade existe que não tenha sido instituída por Deus, que é aquele que estabelece as autoridades de acordo com a necessidade do povo. Até mesmo Hitler foi uma autoridade colocada ou permitida por Deus, e o seu governo na Alemanha manifestou o que havia no coração daquele povo extremamente cristão, protestante, de tradição, dos mais elevados culturamente da terra, e ainda assim, um povo que seguiu Hitler. Isso só provou que por mais que o homem seja de “raça pura”, não tem jeito, ele é pecador e vai fazer coisas horríveis, basta dar o estímulo certo para tal, como efetivamente o povo alemão fez durante a segunda guerra. Outros povos também fizeram debaixo de outros líderes, governantes que Deus permitiu para cada povo. E aqui era o caso de Israel.

Podemos ler no versículo 13, que o rei Nabucodonosor havia recebido uma denúncia de seus governadores, ministros, de seus homens principais da corte, de que estes três; Sadraque, Mesaque e Abednego, não estavam se prostrando diante da estátua quando a música tocava:

“Então Nabucodonosor, com ira e furor, mandou trazer a Sadraque, Mesaque e Abednego. E trouxeram a estes homens perante o rei. Falou Nabucodonosor, e lhes disse: É de propósito, ó Sadraque, Mesaque e Abednego, que vós não servis a meus deuses nem adorais a estátua de ouro que levantei?

Agora, pois, se estais prontos, quando ouvirdes o som da buzina, da flauta, da harpa, da sambuca, do saltério, da gaita de foles, e de toda a espécie de música, para vos prostrardes e adorardes a estátua que fiz bom é; mas, se não a adorardes, sereis lançados, na mesma hora, dentro da fornalha de fogo ardente. E quem é o Deus que vos poderá livrar das minhas mãos?”

Este homem, Nabucodonosor, desafia o Deus de Sadraque, Mesaque e Abednego. Quem é o Deus que vos poderá livrar das minhas mãos? Há uma passagem em Lucas que diz: não temais os que podem matar o corpo; todavia, nada mais além disso, conseguem fazer. Contudo, eu vos revelarei a quem deveis temer: temei Aquele que, depois de matar o corpo, tem poder para lançar a alma no inferno. Sim, Eu vos afirmo, a esse deveis temer. Ou seja, Deus. Todo cristão que crê no Senhor Jesus como seu Salvador, sabe que Deus está no controle de todas as coisas, e ainda que venha o fogo, o dilúvio, ou qualquer tipo de prova, ele sabe que pode confiar no Deus no qual ele crê. O Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. Daniel aqui não tinha ainda uma revelação completa de Deus, nós a temos no novo Testamento. Mas estes três jovens temiam a Deus, e por mais que eles se permitissem mesclar com a cultura da Babilônia e adotar seus costumes, havia uma coisa da qual não abririam mão, que é a adoração ao Deus Único e Verdadeiro.

Quando toca a buzina e o rei os desafia, quem é o Deus que vos poderá livrar das minhas mãos, “Responderam Sadraque, Mesaque e Abednego, e disseram ao rei Nabucodonosor: Não necessitamos de te responder sobre este negócio”. Ou seja, é bobagem querermos nos defender, não tem o que argumentar. Eles não ficaram discutindo, foram direto ao ponto. Não tem o que discutirmos ó rei, é o seguinte: “Eis que o nosso Deus, a quem servimos, é que nos pode livrar; ele nos livrará da fornalha de fogo ardente, e da tua mão, ó rei”. Isso se chama fé. A certeza de coisas que nós não vemos, não é esperança, quem sabe, será, vai dar, não vai dar? Mas o que chama a atenção nesta passagem, é que a fé desses três homens é muito diferente de uma fé religiosa. Alguém aqui já ouviu uma pessoa reclamar de Deus? - Ele não foi bom comigo, eu servi a Deus a minha vida toda, fui fiel a Deus e Ele não correspondeu, Deus me decepcionou, Deus fez isso e mais isso na minha vida. Eu não esperava isso de Deus.

Então você não confiava e não creu em Deus, isso não é fé genuína em Deus. Você na verdade, queria um Deus que estivesse ao seu comando, às suas ordens, que você mandasse vá e Ele fosse, dissesse fica e Ele ficasse, me dê isso, Ele desse. Você não queria um Deus, você queria um ídolo, você queria uma caixinha de benesses, que abrisse e derramasse prosperidade nos seus pés sempre que você ordenasse. Você queria um pé de coelho para lhe guardar nas horas de perigo. Você não queria um Deus! Note a resposta que estes jovens darão:

“Eis que o nosso Deus, a quem nós servimos, é que nos pode livrar; ele nos livrará da fornalha de fogo ardente, e da tua mão, ó rei”. Mas não para aí. Se parasse, podia ser até uma confiança cega, religiosa, como uma pessoa que fala: - Deus vai fazer isso comigo! E depois, se Ele não faz: - Ih, não fez! E agora? Deus não é poderoso, não é fiel, não é capaz?

Mas continua: “E, se não, fica sabendo ó rei, que não serviremos a teus deuses nem adoraremos a estátua de ouro que levantaste”. Isto é fé! Deus vai me livrar, mas se não livrar, ainda assim, eu não o troco por nenhum outro. Isto é a fé que reconhece Deus acima de todas as coisas, não pelo benefício que Ele me dá, mas pelo que Ele é, pela pessoa que é Deus! É fácil entendermos este tipo de fé. Pense assim. Você gostaria de se casar com uma pessoa que só se casa com você por causa de seu dinheiro? Não! O dinheiro pode acabar e a pessoa não vai mais lhe amar; você gostaria que amassem você só pela sua aparência física? Tem muitos artistas de cinema que vivem trocando de parceiro. Por quê? Ué, porque envelheceu um pouco, tem que trocar! Não pode ficar com a mesma pessoa, porque naquele ramo, naquele segmento, quem manda é a aparência física, mas esta também perdemos um dia, pois a beleza, a formosura, acabam! Então se alguém espera ser amado por causa de seus atributos, sua aparência física, dinheiro, inteligência, etc, tem um problema, pois todas estas coisas estão fadadas a acabarem. Inclusive a inteligência. Sim! Porque se a pessoa tem um AVC, acabou! Vira um vegetal, não consegue nem falar, nem fazer contas, nada! Cadê aquela pessoa? Eu tenho certeza que todos aqui sabem que é amor verdadeiro, é aquele que ama a pessoa pelo que ela é, e não pelo que ela tem! Não pela aparência, pelo dinheiro, inteligência, este amor sim, vai durar até o fim, porque, quando estas coisas acabarem, é o amor que vai permanecer até o fim.

Será que Deus gostaria de ser adorado pelo que pode fazer por nós? - Ah! Eu adoro a Deus porque Ele é tão bom para mim! E se Ele fosse mau para mim? Eu adoraria do mesmo jeito? Esta é a questão! É o que eles estão falando aqui. Deus pode nos livrar, mas se não livrar, continuamos confiando nele, e não vamos substituí-lo por coisa alguma, nenhuma estátua de ouro de trinta metros de altura serve para nós, por maior valor que tenha no mercado do ouro, não nos serve! Mas, quantas vezes nós estamos prontos a substituir Deus por uma estátua de ouro! É muito interessante! Isso acontece na vida de qualquer um, até na minha! Você tem uma vida cristã, mas no trabalho você tem outra vida, você tem os seus princípios na frente de seus irmãos em Cristo, mas no trabalho muda estes princípios, lá você diz: amigos, amigos, negócios a parte. Estes homens aqui estão sendo colocados à prova, e não vão perder o emprego, mas a vida! E estão pouco ligando para isso, sabem que estão seguros, porque Deus é Deus. Eles serão provados, jogados em uma fornalha de fogo ardente. O fogo na Bíblia fala de juízo, tanto que o lugar que as pessoas serão lançadas no juizo final, chama-se lago de fogo na Bíblia.

Todo ser humano é um pecador perdido, porém, Deus no seu amor, na sua misericórdia, quer salvar o pecador, quer livrá-lo do seu destino eterno no lago de fogo. E como Deus podia livrar o pecador? Faz-se necessário primeiramente entender que pecado é vontade própria, independência, autossuficiência, é querer viver sem Deus, independente dele, seja seguindo a imagem de ouro, ou seus próprios pensamentos. Aliás, era uma religião muito conveniente essa, você não precisava ficar olhando e se ajoelhando diante da imagem de ouro o dia inteiro, só um pouquinho, uns três minutos resolviam o seu problema, e o resto do dia você fazia o que queria. Olha que religião boa!

Mas Deus quer salvar o homem de seus pecados, que o separam de Deus, pois pecado é você se separar de Deus, é você querer fazer a sua vontade, assim como fizeram Adão e Eva no princípio. E porque eles pecaram, nós já nascemos tendo essa natureza pecadora, e produzimos aos montões, pecados, que são os frutos da natureza que temos. Eles vão saindo, brotando todos os dias, pecados e mais pecados. E como Deus podia nos perdoar? Para entendermos o perdão, é preciso entendermos um exemplo do que seria perdão, que nada mais é do que você ter que pagar por algo que não fez. Exemplo: Você empresta um dinheiro a uma pessoa e ela não lhe paga, dá um calote, foge, larga você na mão. Eu pergunto, quem vai pagar aquela dívida? A pessoa sumiu, endereço desconhecido, ninguém sabe onde está, ninguém consegue encontrar. Sobra para quem? Para você! Você deseja que ela pague, mas é você quem terá que pagar. O perdão envolve a pessoa ter que pagar o perdão. Não é simplesmente deixar pra lá: - coitadinho, está em dificuldades, não pagou aquela de dívida de um milhão que me deve, mas coitado, ele comprou um carro novo, uma Ferrari, deixa passear na Ferrari dele. - Ora, isso não é perdão! Isso é conivência com o erro ou pecado do outro. Deus não é conivente com o erro. O que Ele fez então? O que é o perdão verdadeiro? - OK! Eu vou perdoar você, vou assumir esta dívida. Você não me deve mais nada. - Logo, a única maneira de você perdoar verdadeiramente é pagando no lugar do outro. Imagine uma pessoa que vai a sua casa e quebra aquele vaso lindo, raríssimo, que você ganhou da sua esposa. Você quer que ela pague, mas ela não o faz, então você vai ter que comprar outro vaso para repor, antes que sua esposa descubra. Você vai ter que pagar.

O perdão de Deus não é diferente. Para poder perdoar uma pessoa e trazê-la de volta para o seu convívio, fazê-la ter novamente comunhão com Deus, Ele precisou pagar o vaso quebrado, o milhão que não foi devolvido, precisou pagar pelos meus e pelos pecados de cada um daqueles que crê em Jesus, e o preço era tão alto, o vaso era tão raro, tão precioso, a Ferrari era tão cara, que Deus precisou entregar o seu próprio Filho para morrer numa cruz a fim de pagar o preço dos nossos pecados. Só assim Deus podia perdoar, Ele não podia falar: - vamos deixar pra lá, eu vou esquecer. - Não! Assim não é perdão, não há pagamento! Quem repõe, quem paga pelo dano feito? Quem vai ressarcir o custo da nossa salvação, uma vez que nenhum homem pode? Imagine você ser sequestrado e sua família não ter dinheiro para pagar pelo seu resgate. Então, uma pessoa milionária, diz: - Eu pago! - Você não tem condições de pagar! Foi isso que Deus fez. Estávamos sequestrados pelo pecado, presos no cativeiro clandestino, na masmorra de satanás, e Cristo veio ao mundo, deu sua própria vida, derramou seu sangue para pagar pelo nosso resgate, para nos livrar dos poderes das trevas e da morte e nos transportar para o reino do Filho do seu amor. Deus fez isso, pagou este preço, Ele pode nos perdoar e nós podemos nos livrar do fogo.

Mas estes homens aqui, não foram libertos do fogo, foram lançados ali, é o que vemos na continuação da história. No versículo 19, depois da resposta de Sadraque, Mesaque e Abednego, “Então Nabucodonosor se encheu de furor, e mudou-se o aspecto do seu semblante contra Sadraque, Mesaque e Abednego; falou, e ordenou que a fornalha se aquecesse sete vezes mais do que se costumava aquecer. E ordenou aos homens mais poderosos, que estavam no seu exército, que atassem a Sadraque, Mesaque e Abednego, para lançá-los na fornalha de fogo ardente. Então estes homens foram atados, vestidos com as suas capas, suas túnicas, e seus chapéus, e demais roupas, e foram lançados dentro da fornalha de fogo ardente. E, porque a palavra do rei era urgente, e a fornalha estava sobremaneira quente, a chama do fogo matou aqueles homens que carregaram a Sadraque, Mesaque, e Abednego. E estes três homens, Sadraque, Mesaque e Abednego, caíram atados dentro da fornalha de fogo ardente. Então o rei Nabucodonosor se espantou, e se levantou depressa; falou, dizendo aos seus conselheiros: Não lançamos nós, dentro do fogo, três homens atados? Responderam e disseram ao rei: É verdade, ó rei”.

Eu imagino, aqui não descreve, como seria este forno de fogo ardente. Quando jovem eu fiz forno para assar pão, que é o mesmo processo construtivo de um forno para fabricar tijolos, que normalmente se faz no sertão. Você faz uma cúpula de tijolos que tem uma entrada na frente por onde você enfia a lenha e os tijolos, e há uma abertura em cima, por onde sai a fumaça. Antigamente para derreter metais era assim, feito como uma grande cúpula com uma entrada e uma saída para os gases quentes. Eu acredito que este forno devia ser muito grande, não sei para o que eles utilizavam-no, talvez fosse um forno siderúrgico, devia ter a entrada para jogar a lenha com uma porta, tipo forno de pizza, e devia possuir um buraco em cima por onde era possível jogar as pessoas.

E quando estes homens fortes foram jogar Sadraque, Mesaque, e Abednego dentro do forno, o calor e a chama foi tão forte que matou os próprios homens que os jogaram lá dentro, porque aqui fala que o rei os apertava, que deviam estar apavorados, e sem pensar em segurança, jogaram e acabaram morrerendo com aquele fogo intenso. Mas quando Nabucodonosor olhou pela abertura do forno, a uma distância segura obviamente, ele não iria chegar muito perto por causa do calor, falou espantado:

“Não lançamos nós, dentro do fogo, três homens atados? Responderam e disseram ao rei: É verdade, ó rei. Respondeu, dizendo: Eu, porém, vejo quatro homens soltos, que andam passeando dentro do fogo, sem sofrer nenhum dano; e o aspecto do quarto é semelhante ao filho dos deuses. Então se chegando Nabucodonosor à porta da fornalha de fogo ardente, falou, dizendo: Sadraque, Mesaque e Abednego, servos do Deus Altíssimo, saí e vinde! Então Sadraque, Mesaque e Abednego saíram do meio do fogo. E reuniram-se os príncipes, os capitães, os governadores e os conselheiros do rei e, contemplando estes homens, viram que o fogo não tinha tido poder algum sobre os seus corpos; nem um só cabelo da sua cabeça se tinha queimado, nem as suas capas se mudaram, nem cheiro de fogo tinha passado sobre eles”.

Apenas uma coisa o fogo fez, livrou-os das amarras, aquilo que era para prejudicá-los, na verdade, serviu como benefício. Eles foram jogados amarrados dentro do forno e saíram andando sem nenhuma amarra. Na verdade, eles já estavam andando dentro do fogo, mas havia um quarto homem com eles. Este quarto homem, que não é um anjo, aparece em diversas circunstâncias no Antigo Testamento. Nabucodonosor descreve, no versículo 28, “o Deus de Sadraque, Mesaque e Abednego, que enviou o seu anjo”, um pouco antes no versículo 25 ele diz: “o aspecto do quarto é semelhante ao filho dos deuses”. Esse homem era o Senhor Jesus! O mesmo que apareceu a Abraão quando ele estava na sombra do carvalho. Ali, aparecem a ele três homens; dois eram anjos, e um era o Senhor Jesus. Aparecendo em forma física, visível, em semelhança de homem. Sendo que dois homens são enviados a Sodoma. Ele manda os anjos para livrarem o sobrinho de Abraão, Ló, mas o Senhor ficou com Abraão, e aqui, em Daniel, é o Senhor quem está no fogo com eles.

O que foi melhor para este homens? Terem sido livrados do fogo ou terem tido o privilégio, e a oportunidade de caminhar no fogo com Cristo ao seu lado?

Mas, existe um fogo do qual não se pode escapar, que é o fogo do juízo eterno de Deus. Como eu falei antes, a única maneira de se ter perdão, é alguém pagando por você. Se você não tem a salvação eterna, se não tem certeza do seu destino eterno, se você não sabe o que vai acontecer com seus pecados... - Mas eu tenho pecados horríveis! - Todos temos pecados horríveis. Pense no ladrão que morreu na cruz ao lado do Senhor Jesus. Nessas religiões ele é chamado de o bom ladrão, mas eu pergunto: vocês já foram assaltados por um bom ladrão? Chegaram a fazer o boletim de ocorrência? - Olha! Sr. Delegado, o ladrão era bom, anote aí, foi um bom ladrão que me assaltou, ele só me bateu, matou minha família, mas no fundo ele era bom, não é uma pessoa ruim, ele foi criado com influência negativa, más companhias o tornaram daquele jeito. - Não há bom ladrão! Assim como não há bom pecador, mas, tem pecador! Todos pecaram, todos estão destituídos da glória, apartados de Deus, e precisam de salvação. Se você não tem essa salvação garantida e precisa do perdão de Deus, saiba que teve um que andou no fogo. Não no fogo de uma fornalha ardente como esta aqui, que Nabucodonosor fez, mas no fogo do juízo de Deus, na cruz do calvário quando Cristo assumiu o nosso lugar.

Tem uma passagem profética no Antigo Testamento que fala assim: Então devolvi o que não roubei. Ele está falando profeticamente. Ele foi colocado no fogo do Juízo de Deus, durante as três horas de trevas, para que eu e você não sejamos lançados no fogo, não na fornalha ardente de Nabucodonosor, mas no fogo do juízo de Deus, que certamente virá para aqueles que não foram salvos, aqueles que não creram no evangelho. Hoje, o evangelho é pregado para anunciar isso. Teve um homem que passou pelo fogo por você!

Há um versículo em Isaias 43, que diz assim: “Quando passares pelas águas estarei contigo, e quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti”. Esse Senhor Jesus passou pelo fogo, por mim. Ele passou no fogo por você? Certamente! Se você crê Nele agora como seu Salvador, se você confessar a Ele a sua incapacidade de salvar-se a si mesmo e aceitá-lo como seu substituto no fogo do juízo, essa salvação fica valendo para você também. Sadraque, Mesaque e Abednego, foram libertos desse fogo temporário que era aceso por Nabucodonosor, e hoje eles estão desfrutando da presença de Deus, da presença daquele homem que andou no fogo com eles e estão vendo aquele que um dia viram no meio do fogo. E hoje nós temos a oportunidade de crer no Senhor Jesus, e um dia sermos tirados deste mundo, não para sermos lançados numa fornalha de fogo eterno, mas, para habitarmos no céu com Cristo.

Quando Jesus estava na cruz e aqueles ladroes, crucificados junto com ele, lançavam impropérios conta Cristo, aquele ladrão que como mencionei antes, não era o bom ladrão, escuta as palavras do Senhor Jesus na cruz, a respeito de seus algozes, falando: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”, este ladrão fala: - espera aí! Ele está perdoando estes homens que o pregaram na cruz, o que ele poderia fazer por mim? - Então, ele fala para o outro ladrão: Estamos aqui, porque, pelos nossos atos, merecemos esta condenação, mas esse nenhum mal fez. Senhor, lembra-te de mim quando entrares no teu reino. - E Ele responde: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso.

Eu escuto tanta bobagem no mundo cristão! Hoje recebi um e-mail de uma pessoa dizendo que o seu pastor falou que não é bem assim. Que não é hoje! Que a pessoa vai ficar dormindo por uma eternidade e quando acordar, aí sim, é que vai para Cristo. Gente, “hoje” estará comigo no Paraíso! Deus é um Deus de amor, de perdão, Ele está esperando dar a salvação hoje! Hoje é o dia da salvação, se nele crer. É isso que Deus pede pra nós! Um dia terminará o tempo em que Deus está esperando na sua paciência, até que o último a crer em Jesus, seja trazido para Sua família, porque Ele fala: tragam para que minha casa se encha. Ele deseja isso! Mas chegará um momento que não dará mais, e quando Ele vai dizer, - Bom! Ninguém mais? - Não, ninguém mais. - Ninguém mais quer? é de graça! - Não! Ninguém mais quer. Nós queremos ficar aqui por causa de nossa estátua de ouro. - Então está bem! Feche a porta, terminou, está encerrado!

Quem já perdeu um voo, um ônibus, uma aula, uma prova, um vestibular sabe o que é chegar ao portão trinta segundos atrasado. E perder! Mas, e perder a vida, a eternidade com Deus? Quando bastava apenas uma coisa: Crer no Senhor Jesus que morreu no seu lugar, derramou seu sangue na cruz para a sua salvação, para limpar os seus pecados e ressuscitou no terceiro dia para a sua justificação. Se você quer, ainda há tempo, se for agora. Creia no Senhor Jesus Cristo como seu Salvador.