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Vida ou Morte - A hora da decisao - Mario Persona

Vida ou Morte - A hora da decisão - Mario Persona - mp3
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https://youtu.be/d5OlK-OmYUw

Vida ou morte
Mario Persona

Existe uma organização chamada TED que publica vídeos no Youtube. Eles convidam as mais variadas pessoas para falarem do que fizeram e de suas ideias; desde presidentes de países até lavradores que criaram um moinho de vento na aldeia; são palestras interessantes de 18 minutos.

Essa semana eu assisti a uma palestra de uma pesquisadora: Dra. Jill Taylor. O irmão dela sofre de esquizofrenia e o convívio diário com esse problema, despertou-lhe o desejo de estudar essa doença. Então ela se especializou em cérebro; no seu funcionamento. O auge de sua carreira foi quando aos 28 anos, ela acordou numa manhã e sentiu-se estranha, com uma forte dor atrás da orelha esquerda. Ela percebeu que seus movimentos estavam diferentes. Contudo, ao mesmo tempo ela sentia-se muito bem naquele estado; como se estivesse sonhando acordada. O seu corpo parecia estar em “câmera lenta” e ela começou a se dar conta de que estava tendo um derrame; uma hemorragia cerebral.

Estranhamente, ela não queria deixar aquele estado, porque era prazeroso. Ela sentia-se maravilhosamente bem, até o momento em que tentou levantar o braço direito e não conseguiu.

Percebendo que tinha alguma coisa errada, ela levantou-se e foi ao telefone; mas não se lembrava mais dos números. Não lembrava nem quem ela era; nem nomes.

Ela abriu um caderno com os números de telefone e começou a discar. Porém, à medida em que ela discava, esquecia qual número ela havia discado antes. Então ela pegou a mão inerte, posicionou-a sobre a lista telefônica marcando o primeiro número; discou; moveu a mão um pouco; discou o próximo e assim por diante, até que um médico atendeu do outro lado da linha; um colega seu, a quem ela iria pedir socorro.

Ao tentar falar, ela descobriu que não falava mais, apenas emitia sons completamente estranhos, os quais ela mesma não compreendia. Do mesmo modo, ela não entendia o seu colega ao telefone, uma vez que ele também emitia sons estranhos.

Ocorre que o hemisfério esquerdo do cérebro dela tinha entrado em colapso!

Então ela começa a explicar (inclusive na palestra, ela pega um cérebro humano real) que tem aqueles dois hemisférios e um “cordão” pendurado, que seriam os nervos que descem para a coluna, e ela abre e mostra explicando como é o cérebro.

São dois hemisférios totalmente independentes, tanto que a face dos lados que se encostam é completamente lisa. O cérebro por fora é todo enrugado, mas aquelas faces internas são lisas, ambas só se encostam. A única comunicação é por baixo, por alguns “fios”, alguns “cabos”, que ligam os dois hemisférios. Eles são praticamente independentes, mas se complementam no processamento dos pensamentos.

O nosso hemisfério esquerdo é o lógico, o racional.

Nossa área de processamento de linguagem fica atrás da orelha e quando você perde esse lado, você perde a linguagem; além dos movimentos também. A perda do hemisfério esquerdo paralisa o lado direito e vice-versa.

O meu pai quando teve derrame, perdeu o lado direito do cérebro. Depois de alguns anos, ao examinar uma radiografia dele era possível notar que só aparecia um lado; o outro estava totalmente escuro, porque se acaba absorvendo o tecido que não funciona. O outro hemisfério assume então as funções comprometidas.

Porém, o grande problema é que esse lado é nosso lado racional, é desse lado que “mora o nosso ser moral”; a nossa identidade; o que nós somos; o que nós achamos, está tudo aqui.

E esse cara do lado de cá é totalmente maluco. Aqui são os nossos sonhos.

Quando dormimos este lado dorme; este outro fica acordado a noite inteira.

Por isso sonhamos, porque aqui vem a imaginação; a criatividade. Esse é o lado que gosta de música, que gosta de artes e ele é um risco.

Mora do lado de cá; totalmente irresponsável; ele é amoral.

Por isso temos sonhos que são imorais e acordamos meio assustados, “como é que sonhei isso?”.

É esse cara que sonha, ele é imoral.

Todavia, como os hemisférios do cérebro trabalham juntos, temos um certo equilíbrio.

Entretanto, nós não podemos nos esquecer que quando Deus criou o homem, Ele o criou perfeito. Ele criou um cérebro perfeito; mas hoje nós estamos arruinados.

Quando o pecado entrou no mundo, na criação, ele arruinou tudo.

Então hoje não só nosso cérebro é imperfeito, mas também o restante do corpo e nós sofremos de diferentes enfermidades, diferentes desequilíbrios por causa do pecado.

O pecado detonou a criação!

Então, este aqui é o meu “eu”, e este é o que dá apoio a este; eles trabalham até bem juntos.

O que estava acontecendo com aquela cientista é que ela perdeu o seu lado racional, por isso que ela estava gostando muito de ficar só no seu “lado hippie”.

O grande problema dela na realidade (ela até escreveu um livro depois) é que ela elevou a sua experiência a outro patamar e passou a achar que aquilo foi uma “transcendência”. Ela tornou-se mais espiritualista; começou a achar que existe um outro plano, outra dimensão... Mas de fato, na minha opinião, ela está totalmente enganada.

Porque o que aconteceu com ela foi algo físico. Metade do cérebro parou. Não “subiu de patamar”, ela estava “funcionando com defeito”.

Ela até fala que atingiu o nirvana naquela hora.

Seria como se eu usasse meu computador... Estou lá trabalhando, escrevendo um texto e de repente as letras começassem a borrar, virar de cabeça para baixo, dar interferências. O que eu digo nessa hora? Quebrou. Está com defeito; preciso consertar.

Não vou dizer que meu computador atingiu o nirvana, “ficou zen”, evoluiu ou subiu de patamar. Não! Ele está com defeito!

Ela teve uma leitura equivocada do que aconteceu, porque era um problema físico esse que ela teve. Mas será que isso acontece com qualquer um de nós? De podermos perder a nossa identidade?

É possível. Aconteceu com ela e acontece com qualquer pessoa que tiver esse “tilt” no hemisfério esquerdo e ficar só com o direito; o contrário normalmente não é tanto problema, porque você não perde a sua identidade.

O número de derrames no hemisfério esquerdo é quatro vezes maior no que no hemisfério direito. Por essa razão que é até mais fácil recuperar-se um derrame no hemisfério esquerdo.

Dá para “ir treinando” o que sobra do cérebro ali para retomar as atividades.

Já este lado é mais complicado porque a nossa educação (e toda ela é racional) atinge mais o hemisfério esquerdo.

Será que poderia acontecer conosco isso? De perder essa razão, de não “estar funcionando”, de não estar pensando de maneira correta como se deveria pensar? De não estar fazendo as escolhas certas? Acontece com cada um de nós.

Você já acordou de manhã e meio que “flutuando” foi ao banheiro? Sem saber se era sonho ou realidade?

É porque o seu o hemisfério esquerdo ainda estava meio sonolento.

Acontece muito isso comigo; a hora mais inventiva é o “lusco-fusco”, entre o dormir e o acordar.

É a hora mais criativa das pessoas. Porque você está com bastante consciência do seu hemisfério direito e pouco do esquerdo.

Você já teve sonhos e se espantou com eles?

Ou quem sabe já foi até a geladeira, comeu, voltou para cama e seu marido, ou a sua esposa, perguntou o que você foi fazer na cozinha e você falou que não foi. “Sim, você foi até geladeira, tomou leite, e voltou para cama”.

Ou você já falou à noite, dormindo?

Talvez você não se lembre, mas quem está ao lado lembra.

Eu morava numa república em São Paulo e tinha um rapaz que morava comigo.

Ele não sabia uma palavra sequer em inglês e uma noite eu acordei com ele falando em inglês perfeitamente; fluentemente.

De onde veio aquilo?

Dos filmes que ele provavelmente assistia e ia armazenando em sua memória, que não era conscientemente acessada; mas inconscientemente, quando ele estava dormindo.

Há um casal (ambos irmãos em Cristo) que numa noite a esposa acordou com o marido em cima dela, gritando e com as mãos em seu pescoço na tentativa de estrangulá-la. Ela deu um soco no nariz dele e ele acordou. Ele estava dormindo e, no seu sonho, ele a esperava numa esquina para dar-lhe um susto e quando ela apareceu, ele fez com as mãos o movimento de assustar. Na realidade ele estava com as mãos no pescoço dela e gritando. E ele não se lembra disso e levou um soco para poder acordar. Ele não estava no controle das suas faculdades mentais.

O cérebro é como a cabine de um avião.

O hemisfério direito do avião está com o bico pra lá; esse lado aqui é onde senta o piloto, que é a pessoa que vai realmente conduzir o avião e que dá as ordens ao outro que está sentado aqui. Este que é o copiloto.

Hemisfério esquerdo e hemisfério direito; os dois trabalham juntos, mas quem realmente comanda é o esquerdo.

O que aconteceria se o piloto ficasse trancado fora da cabine?

Todos sabem o que aconteceria porque aconteceu esta semana.

O piloto trancado fora da cabine; o hemisfério esquerdo do avião fora de controle e tudo ficou nas mãos de um louco, um psicopata; um homem que tinha problemas e que matou 150 pessoas.

Todos se perguntando nesse momento, “como pode o ser humano chegar a esse ponto?”.

Pode! Isso pode acontecer com qualquer um de nós. Essa é a verdade.

Como eu falei, essa cientista percebeu isso; que não estava no controle da situação.

Nós temos um “copiloto” chamado pecado dentro de nós. É ele quem nos leva e quem nos conduz. Nós não somos seres 100% íntegros, responsáveis, justos, corretos. Não somos!

Nós somos um “carro com problema de freios”. Deus está fazendo um “recall”.

Quem nasceu com “chassi tal” (ou seja, todos os seres humanos) precisa passar por um recall. Porque o freio vai falhar no pior momento. E você vai morrer! Vai sofrer um grave acidente porque você não vai mais ter o controle sobre o “seu carro”.

Então, enquanto nós temos o controle sobre nossa vida, sobre o nosso cérebro, sobre este “avião” que nós pilotamos; enquanto temos o piloto e o copiloto sentadinhos ali e cuidando, é quando temos que tomar as decisões mais acertadas para a nossa vida.

Não sabemos quando perderemos a razão.

Todo mundo conhece alguém com problemas mentais; distúrbios mentais quando chega na velhice e começa a ficar senil. A pessoa faz coisas que você não acredita, age como uma criança, perde a razão e já não sabe quem é. Alzheimer por exemplo; ela não sabe quem é, não reconhece.

Se um filho chega ela já não o reconhece; perdeu a memória, “quem é você?”, ela pergunta.

O filho responde e poucos minutos depois, a pessoa esquece de novo. Ela tem lapsos de memória.

Eu vivi certa vez um episódio de amnésia. Isso é uma coisa assustadora!

Eu estava no Paraná fazendo uma série de palestras, viajando muito com o motorista do SEBRAE que me conduzia à noite; eu passava a noite acordado na estrada. Peguei um vôo em Curitiba de madrugada, dormi um pouco para pegar um vôo logo cedo e ir para Campinas, pegar o carro e estar em casa no sábado.

Quando cheguei em casa dispensei a empregada, respondi alguns e-mails, preparei o prato do Pedro... Mas esse período de Curitiba até minha casa, até o momento em que eu estava com o prato na mão, simplesmente desapareceu da minha memória.

Foi uma sensação muito estranha.

Imagine você estar num lugar (eu estava no Paraná) e de repente, estou na cozinha de casa, como se fosse “tele transporte”; como nos filmes de ficção científica. Você desaparece de um lugar e aparece no outro. Assim eu me sentia; eu olhava em volta sem saber o que aconteceu.

Então, fui até o escritório do meu apartamento, olhei meu computador ligado e comecei as ver os e-mails que eu tinha respondido naquela manhã. Eu não me lembrava de nada!

Daí liguei para minha irmã e meu cunhado foi lá em casa.

Na segunda-feira fui fazer uma bateria de exames; o médico deduziu que era estresse. De qualquer maneira, é uma coisa totalmente estranha.

Você já dirigiu à noite e, num determinado momento, você não se lembrava mais dos últimos dois ou três quilômetros? Onde você estava naquele momento? Você não estava no controle, “saiu da cabine” e foi ao banheiro e o “avião” foi sozinho. Você não sabia o que estava acontecendo.

Antes que aconteça isso, vamos abrir uma passagem em Deuteronômio, no começo da Bíblia, um dos livros da Lei dada a Moisés.

Deuteronômio 30:15: “vês aqui, hoje te tenho proposto a vida e o bem, e a morte e o mal, porquanto te ordeno hoje que ames o Senhor teu Deus que andes nos seus caminhos, e que guardes os seus mandamentos e os seus estatutos, e os seus juízos para que vivas e te multipliques, e o Senhor teu Deus te abençoe na terra a qual entras a possuir, porém se o teu coração se desviar e não quiseres dar ouvidos e fores seduzido, para te inclinares a outros deuses e os servires, então eu vos anuncio hoje que certamente perecereis, não prolongareis os dias na terra aqui vais, passando o Jordão, para que entrando nela a possuas. Os céus e a terra tomo hoje por testemunhas contra vós, que te tenho proposto a vida e a morte, a benção e a maldição; escolhe pois a vida para que vivas tu e a tua semente, amando ao Senhor teu Deus, dando ouvidos a sua voz e te achegando a ele; pois ele é a tua vida”.

Escolhe hoje!

Isso aqui foi dado no contexto da lei.

Deus deu a lei ao povo de Israel e a lei tinha um propósito: prometia bençãos terrenas, bençãos de vida aqui na terra; viver bastante, com abundância e saúde, desde que a guardassem e fossem fiéis a Deus. Israel era uma amostragem da raça humana, que Deus como que colocou num “balão de ensaio”, para provar que o homem era incapaz de andar segundo a sua vontade.

Deus então veio com a graça e esta estendeu o horizonte do que Deus oferece.

Porém o princípio continua o mesmo: “vês aqui, hoje te tenho proposto a vida e o bem, e a morte e o mal... os céus e a terra tomo hoje por testemunhas contra vós que tenho te proposto a vida e a morte, a benção e a maldição, escolhe pois a vida para que vivas”. É uma escolha que Deus coloca na frente de todo ser humano.

“Mas até quando eu posso escolher? Pode deixar para amanhã?”

Depende! Se você tem certeza que amanhã o seu piloto não vai sair da cabine... Mas você não tem certeza! Você não sabe quando você, eu, ou qualquer outra pessoa vai perder a razão; estando incapacitado de tomar uma decisão. Como cantamos no nosso hino: “faz decisão, decide já, quase induzido”.

Decidir o que? Vamos para Romanos 10, quando Paulo usa quase as mesmas palavras de Deuteronômio 30, só que agora no contexto do evangelho da graça de Deus. Inclusive um trecho aqui (nós não vamos ler) nos versículos anteriores ele fala exatamente as palavras de Deuteronômio. Mas vamos nos ater ao que diz o versículo 8 de Romanos 10: “Mas que diz? A palavra está junto de ti, na tua boca e no teu coração; esta é a palavra da fé, que pregamos, a saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação, porque a escritura diz todo aquele que nele crer não será confundido”.

É interessante como o mesmo Deus que colocou dentro do nosso crânio um cérebro, que é dividido em dois hemisférios, um racional que trata da linguagem e outro que trata das emoções, também usa de uma linguagem dupla aqui; de duplas palavras para falar da fé e de crer e aceitar.

No versículo 8: “a palavra está junto de ti na tua boca e no teu coração”, naquilo que você tem capacidade de ouvir e interpretar e no seu coração; naquilo que a sua alma, o seu emocional é capaz também de assimilar. Na boca e no coração...

No versículo 9: “a saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação, porque a escritura diz, todo aquele que nele crê não será confundido”.

Aqui nós temos essa dupla responsabilidade agora: de ouvir a palavra de Deus e crer que, para resolver a questão do pecado, Deus enviou seu próprio filho para morrer numa cruz.

Naquela cruz, Cristo Jesus, o filho de Deus, foi feito pecado por nós. Deus O colocou ali porque não havia outro.

Deus provou o homem durante décadas, milhares de anos, e viu que não havia um justo, nem sequer um! Não havia um que buscasse a Deus! Não havia um que fizesse coisas corretas!

Deus então deu um fim no homem, porém para salvá-lo!

E para isso veio Cristo: um homem perfeito, porque é Deus e homem; ocupando um corpo de homem, sem pecado, e que foi até a cruz e ali consumou aquele sacrifício que em figura foi feito milhares, milhões de vezes talvez, ao longo de todo o Antigo Testamento.

Sempre que alguém pecava, era sacrificado um animal no lugar daquele pecador, até que vem um que João Batista aponta e fala: “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”. Aquele que realmente era a consumação de todas as figuras do Antigo Testamento e na cruz então Ele morreu para levar os nossos pecados; no terceiro dia Ele ressuscitou para nossa justificação.

Deus não O deixou na morte.

Isso é o evangelho: crer que Cristo morreu e crer que Cristo ressuscitou.

Com os nossos ouvidos nós ouvimos esta Palavra e com o coração cremos nisso.

“Mas eu não vi a cruz, eu não estava lá! Tudo isso é muito bonito, mas como eu posso acreditar nessas coisas se eu não as vejo?”, pode perguntar alguém.

Ora, nós acreditamos numa porção de coisas que não vemos!

Deus quando criou o universo, o criou dividido em duas coisas.

Vamos abrir uma passagem no Salmo 89, versículo 48: “que homem há que viva e não veja a morte? Ou que livre a sua alma do poder do mundo invisível”.

Veja, então existe um mundo invisível; e que tem influência no mundo visível.

Se formos a Colossenses 1:12 (no Novo Testamento agora) lemos: “dando graças ao Pai que nos fez idôneos, para participar da herança dos santos na luz”. Ele está falando isso para pessoas já convertidas a Cristo, “o qual nos tirou da potestade do poder das trevas e nos transportou para o reino do filho do seu amor; em quem temos a redenção pelo seu sangue, a saber, a remissão (ou retirada) dos pecados, o qual (falando de Cristo) é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação; porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele”.

Uma pessoa que só pensa no mundo visível é o inverso daquela cientista. É alguém cujo hemisfério direito parou de funcionar. Para essa pessoa tudo é lógico, racional, preto no branco. Se ela não puder tocar, se não enxergar, se não pesar numa balança, não dissecar, então não existe! Só existem as coisas que eu vejo!

Que triste é isso.

Geralmente uma pessoa assim acaba indo para o ateísmo, para o ceticismo, uma vez que só acredita nas coisas que vê. Mas Deus criou coisas visíveis e invisíveis; Ele é invisível!

“Mas, se Deus é invisível, então não tenho responsabilidade nenhuma de acreditar em Deus”.

Sim, tem sim! Porque Deus se fez visível na pessoa do seu filho! Temos agora um Deus invisível na pessoa de Cristo Jesus. Seu Filho veio a este mundo visível; a este mundo de matéria tangível.

Nós temos essa dualidade em todas as coisas e a fé é justamente “entrar no invisível” e crer nas coisas que não se veem.

E quando Ele fala que nos libertou da potestade das trevas e nos transportou para o reino do filho do seu amor, se lermos isso em conexão com aquele Salmo 89, Ele diz: “que homem há que viva e não veja a morte, que livre sua alma do poder do mundo invisível”...

Existe um poder no mundo invisível.

Quando o homem caiu, ele ficou sujeito a um poder; ao príncipe das trevas, ao príncipe deste mundo que é Satanás.

Um anjo, um querubim que caiu também em pecado. Ele aparece no Jardim do Éden na forma de uma serpente e vai reaparecer na forma de um dragão, a antiga serpente. Esse anjo mantém os seres humanos nas suas mãos. Isso explica por que, quando nós nos convertemos a Cristo, somos tirados dos poderes das trevas e transportados para o reino do filho do seu amor.

Em que lugar você está agora? Você já se converteu a Cristo? Já creu? Já ouviu o evangelho da sua salvação, confessou a Jesus como Senhor, dono da sua vida e creu no seu coração que Deus o ressuscitou dentre os mortos? Você já creu nisso?

Se não, ainda está nas mãos da potestade das trevas!

Quando Paulo escreveu aos Efésios (aos cristãos em Éfeso) na sua carta, no capítulo 2, ele disse algo semelhante: “em que noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, o espírito que agora opera nos filhos da desobediência (que são operados, “teleguiados” por um espírito invisível) entre os quais todos nós também antes andávamos, nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos e éramos por natureza filhos da ira como os outros também”.

Foi assim que Deus encontrou o homem.

Mas e quando nós pensamos: “como eu vou crer nessas coisas invisíveis?”.

Com um instrumento que também vem de Deus, que é dado por Ele e que lemos no próprio capítulo 2 de Efésios.

Ele continua, depois de falar dessa prisão e manipulação que tem o príncipe das trevas sobre o ser humano, no versículo 4 de Efésios 2 ele fala: “mas Deus que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos, não pelas suas obras, mas pela graça) nos ressuscitou juntamente com ele e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus”.

E no versículo 8: “porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós, é dom de Deus, não vem das obras, para que ninguém se glorie”.

Pela fé!

E o que é fé?

Hebreus 1 fala que fé é a convicção, é a certeza de coisas que nós não vemos.

Certeza de coisas que nós esperamos; não vemos. Não dá para pesar. Não adianta; não vamos crer com nosso lado lógico, racional. Mas também não vamos ser levados para coisas emocionais como a cientista fala; ela, que acabou vendo o nirvana ou alguma coisa assim. Também não é por emoção.

É o homem íntegro e nas suas faculdades mentais, tomando uma decisão; fazendo uma escolha. “Escolhe hoje a vida (Deus fala ao ser humano). Hoje eu coloco diante de ti a vida e a morte, escolhe a vida”.

Eu só posso fazer uma escolha estando ciente do que me espera. E tenho que escolher logo porque eu não sei do amanhã.

Costumamos falar da morte; você não sabe... Você pode morrer amanhã.

Mas é interessante como ninguém acha que vai morrer. Alguém acha que vai morrer realmente?

As pessoas não acham que vão morrer.

Se você falar que uma pessoa pode perder dinheiro, isso ela entende porque ela já perdeu algum dia. Portanto ela sabe o que é.

Mas, como ninguém morreu antes (nenhum de nós morreu antes), não sabemos o que é morrer. Então nós não acreditamos que vamos morrer.

Todavia, nós já ficamos doentes, nós já perdemos a consciência, nós já tivemos (como eu tive) um episódio de amnésia... Nós já passamos um, dois, cinco quilômetros dirigindo e não lembramos daquele trecho. Já acordamos à noite, fomos até a geladeira e voltamos sem saber disso. Ou já falamos inglês durante sonhos sem saber esta língua.

Portanto, nós sabemos que podemos sim, perder o controle das nossas faculdades mentais. Nós experimentamos isso!

Então, é urgente que se tome uma decisão hoje, “decide pela vida”! Deus coloca a vida e a morte.

A morte é o caminho natural do homem. A condenação eterna por causa do pecado.

Deus, porém, propõe a vida para o homem.

Em Romanos capítulo 8:24, tem mais uma pista de como é crer: “Por que em esperança somos salvos. Ora a esperança que se vê não é esperança, porque o que alguém vê como esperará? Mas se esperamos o que não vemos, com paciência esperamos”.

Cremos pela fé invisível porque Deus criou o invisível também.

Esperamos com paciência; mediante a esperança, tomamos uma decisão consciente por Cristo.

E essa decisão é que faz total diferença! Ela tira o “avião” do mergulho e da morte certa; e essa decisão só pode ser tomada com o piloto e copiloto nos comandos.

Agora é o momento que você tem para tomar essa decisão; no perfeito domínio das suas faculdades mentais.

“E se não tomei a decisão, o que acontece comigo?”

2 Tessalonicenses capítulo 2.

Quando Cristo vier, Ele tirará da terra os salvos (a Igreja, que são os salvos por Cristo na presente dispensação, na presente forma que Deus está tratando com o homem). Ele tirará todas essas pessoas. Os mortos em Cristo ressuscitarão e os vivos serão transformados para subirem aos céus; para serem arrebatados com Cristo.

A terra permanecerá aqui, porque haverá pessoas que ainda não ouviram, não escutaram o evangelho (é uma loucura pensar que todos no mundo já foram evangelizados).

A qualquer momento Cristo pode voltar, levar embora a sua Igreja e irão permanecer na terra muitos povos que nunca escutaram o evangelho ou nunca tiveram a oportunidade de escutar de maneira clara. Basta ver os países muçulmanos por exemplo, onde aliás é proibido pregar o evangelho. Ou alguns países budistas, onde é igualmente proibido pregar.

Então, muitas pessoas vão ficar e algumas se converterão, uma vez que elas nunca ouviram o evangelho antes; não tiveram a oportunidade de crer antes que Cristo viesse buscar a sua Igreja. Primeiro, Ele vem até os céus para levar a sua Igreja e depois Ele voltará para reinar sobre a terra. Mas, nesse curto intervalo de tempo, muitas pessoas se converterão, pessoas que não escutaram o evangelho. Mas e os que escutaram e não foram na “primeira leva”? Eles terão uma nova chance?

Tem até um livro famoso e um filme, que chamam-se “Deixados para trás”, e que levantam essa hipótese de os que ouviram o evangelho e não creram, poderiam ir na “segunda turma”.

Isso é totalmente errado!

Por causa dessa passagem que nós vamos ler em 2 Tessalonicenses capítulo 2, onde Paulo fala no versículo 7: “porque já o mistério da injustiça opera (isso no mundo atual) somente há um que agora resiste até que do meio seja tirado”.

Esse “um” é Espírito Santo que hoje está na terra e trabalha no sentido de se opor a total manifestação do mal neste planeta; mas o que acontece quando for tirado o Espírito Santo da terra? “E então será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca, e aniquilará pelo esplendor da sua vinda (o Senhor, quando vier para reinar). A esse cuja vinda é segundo a eficácia de satanás, com todo poder, e sinais e prodígios de mentira, e com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem.”

Esses foram os que ouviram o evangelho da graça de Deus e não receberam o amor da verdade para se salvarem; o que acontecerá com eles?

No versículo 11: “Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira.” Uma outra versão diz que Deus enviará um poder, o qual as pessoas serão incapazes de resistir; um poder que vai convencê-las; elas não resistirão a essa operação do erro e crerão na mentira. Todos os que não creram na verdade, “para que sejam julgados todos os que não creram verdade”. No Versículo 12: “antes tiveram prazer na iniquidade”.

Então, o momento de se escolher a vida é agora.

Quando uma pessoa escuta o evangelho, acontecem duas coisas: o evangelho é cheiro de vida para vida e cheiro de morte para a morte.

A pessoa que escuta o evangelho fica responsável por crer. De modo que, ao mesmo tempo que ela recebe um “prêmio” por assim dizer, ela recebe também uma responsabilidade enorme.

É como você chegar para uma criança e falar para ela não mexer ali, senão ela vai ficar de castigo. Ela mexe... Mas tem um castigo já avisado. Se ela não soubesse e mexesse por ignorância, tudo bem. Vamos deixar passar... Mas não; ela foi avisada!

Então, Deus avisa na sua Palavra hoje: creia no Senhor Jesus e será salvo!

“Escolhe hoje a vida, se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, no teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo”.

Depois é a morte. Depois é a operação do engano.

Aquele avião que caiu, nas gravações eles escutaram o piloto desesperado gritando na porta. Inclusive sons de machadadas; o avião leva um machado para casos de incêndio, de se precisar abrir a carcaça de alumínio da fuselagem e os passageiros poderem escapar.

Porém, as portas que colocaram nesses aviões depois do 11 de setembro são à prova de balas; tem uma camada de Kevlar; é como um sanduíche e você não abre aquilo de jeito nenhum, nem com machadada. Nas gravações, dá para escutar o piloto gritando: “abre a porta pelo amor de Deus” e batendo com machado na porta e os passageiros gritando lá atrás, vendo a montanha se aproximar. E um maluco pilotando o avião.

Seria insano aquele que, sabendo que não tem como escapar da morte, que não terá como escapar de apresentar-se diante de Deus um dia, ainda permanecesse nos seus pecados; sem crer em Cristo como Salvador. Seria louco se uma solução fosse apresentada para essa pessoa e ela a rejeitasse.

Se deixasse para amanhã: “deixa para depois”, deixando para resolver outra hora.

Não!

A montanha está chegando e o impacto é fatal. Não vai dar tempo de esperar.

Assim, eu convido aqueles que ainda não creram em Cristo, que ainda não tem certeza da sua salvação eterna e do perdão de seus pecados.

Deus não está pedindo nada para o pecador, Ele só está oferecendo. Por isso se chama graça.

Você vai numa igreja qualquer e talvez eles falem que você tem que dar dízimo, tem que fazer isso ou aquilo, tem que ajudar os pobres, fazer penitência, jejum, subir ao monte para orar, mas não é isso o evangelho!

Crê no Senhor Jesus e será salvo. Isso é o evangelho.

O que tinha que ser feito, Ele já fez.

Quando Buda morreu, as últimas palavras de Sidarta Gautama aos seus discípulos que estavam ao seu lado (e isso você encontra inclusive em sites de budismo e eles acham maravilhoso o que disse Buda) foram: continuem se esforçando...

Como assim, continuem se esforçando?

As últimas palavras de Jesus foram: “está consumado”.

Está terminado. Não ficou mais nada para ser feito.

Isso é o evangelho: crer naquele que consumou a obra e nos dá a salvação completa; eterna.