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O batismo que salva - Mario Persona

O batismo que salva - Mario Persona (mp3) 
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https://youtu.be/hZh9ZE9CtRM

O batismo que salva

Mario Persona

Um certo homem disse: dou graças a Deus porque não batizei nenhum de vocês. Hoje, no mundo inteiro, grande parte dos cristãos, acredito, pensa que o batismo seja um elemento essencial a salvação. Aqueles que vêm de uma tradição católica sabem por exemplo, que há toda uma doutrina em cima do batismo, onde crianças que não são batizadas poderiam se perder, estariam no limbo ou algo parecido. O batismo é uma instituição de muitas religiões cristãs, seria como um coadjuvante na salvação, um elemento necessário e vital para salvar as pessoas.

Mas, o que dizer de um homem que fala: “dou graças a Deus porque nunca batizei nenhum de vocês”? Seria ele um cristão? Eu creio que sim, pois seu nome é Paulo, o apóstolo! Na sua carta aos Coríntios, ele fala exatamente isso. Como poderia ele dar graças por não ter feito algo que era fundamental para a salvação, como muitos dizem? Ali, no contexto obviamente, ele estava falando de pessoas que estavam seguindo homens e dava graças a Deus por não ter batizado muitos, porque senão, eles também iriam querer segui-lo. Mas que curioso pensar nisso, dentro do contexto da maioria das religiões cristãs que acreditam que o batismo seja tão vital à salvação, fica realmente estranho o apóstolo Paulo fazer tal afirmação. E não só ele! Vemos em João 4:2 que Jesus mesmo não batizava, mas seus discípulos. A pergunta é a mesma, como poderia o filho de Deus, vir ao mundo, para salvar pecadores, e não batizá-los, se isto fosse de fato, tão essencial?

Muitos se baseiam no versículo de Marcos 16 que diz “quem crê e for batizado será salvo”, fazendo-se uso deste versículo isoladamente. Porém o verso continua, na segunda parte dele lê-se: “quem porém não crer, será condenado”. Ora, e o batismo, para onde foi? Quem crer e for batizado será salvo, quem porém não crer, será condenado. Qualquer leitor atento entende que o “crer”, este sim, é o elemento essencial para a salvação. Crer em que? Em Cristo Jesus! Crer no Salvador. Todo aquele que nele crer, tem a salvação, tem o perdão dos seus pecados, a vida eterna, a fé essencial à salvação. E essa fé vem pelo ouvir e a capacidade de ouvir, é gerada pela própria palavra de Deus, é isso o que a Bíblia ensina.

E o batismo? Bem, o batismo realmente salva, e é sim, essencial à salvação. Mas, que batismo? Não é exatamente este que as pessoas fazem, que é uma ordenança dada pelo Senhor Jesus, mas um que salva realmente. E é deste que vamos falar hoje.

Vamos abrir no livro de 1 Pedro. Antes, porém, é importante lembrar um detalhe que todo leitor da Bíblia, que é a palavra de Deus, deveria saber. Nela, existem coisas como figuras, como sombras, elementos figurativos. Existe toda uma simbologia na Bíblia, e quem a lê deve sempre buscar compreender essas figuras. Por exemplo, o Senhor Jesus disse, “eu sou a porta”. Dificilmente alguém iria pensar que ele era uma porta de madeira, com trinco, maçaneta, dobradiça, um batente, ele estava falando no sentido figurado: eu sou a porta, quem entrar por mim, sairá e encontrará pastagem -, ele fala “eu sou a videira verdadeira”, ninguém pensaria que ele fosse uma planta! “Eu sou o bom pastor”. Alguém poderia falar: mas ele não era carpinteiro como a Bíblia, fala? Como fala agora que é pastor? É porque aqui, ele fala no sentido figurado!

Existem vários elementos também no Antigo Testamento que são figuras de coisas que iriam se concretizar no Novo Testamento. Figuras de coisas celestiais, que havia na terra, mas que simbolizavam coisas celestes. O livro de Romanos fala que antigamente o que havia, eram sombras de coisas que iriam se realizar depois. A própria ceia do Senhor, que celebramos, como uma recordação de Cristo, porque ele disse: “fazei isto em memória de mim”, era também como um anúncio de sua morte, “todas as vezes que comerdes anunciais a morte do Senhor, toda vez que beberdes esse cálice, anunciais a morte do Senhor”, então são dois elementos na ceia, um é a recordação de Cristo e o outro é um anúncio da sua morte. Esses dois elementos andam juntos e a própria ceia é formada também por duas coisas materiais que são simbólicas, um pão e um cálice de vinho, simbolizando o corpo e o sangue de Cristo.

Logo, quando lemos sobre batismo, é importante entender que o batismo de uma pessoa que entra nas águas e depois sai das águas, sendo batizada em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, conforme a fórmula que foi dada pelo Senhor aos seus discípulos, na verdade, é um ritual simbólico, podemos dizer assim, pois ele em sim mesmo, não tem poder de causar qualquer transformação na pessoa. Não é uma mágica, em que alguém entra na água e acontece alguma coisa com ela. Não! Ele é um símbolo, uma figura.

Então, entendendo isso, vamos ler agora do verdadeiro batismo que salva. 1 Pedro 3:18: “Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; mortificado, na verdade, na carne, mas vivificado pelo Espírito”. Esta passagem nos fala muito. Primeiro ela mostra uma verdade, que infelizmente muitos cristãos não creem. Por incrível que pareça, a maioria não acredita que o sacrifício de Cristo foi substitutivo. Eu fiquei surpreso outro dia quando descobri uma pessoa dizendo que na religião dela, Cristo morreu sim, mas não nos substituiu. Mas este versículo afirma: o justo pelos injustos! O justo morreu pelos injustos, “no” lugar deles, “em” lugar deles. Substituindo-os. É como se os injustos tivessem morrido ali na cruz, porque aquele justo, o único justo que já passou pela terra, morreu. Então, sim, o sacrifício de Cristo foi substitutivo.

E o que isso quer dizer? Deus reconhece que todo aquele que crê no Senhor Jesus Cristo, estava lá sendo castigado em Cristo na cruz. Este é o sacrifício de Cristo, quando ele morreu pelos injustos que nele creem, eles estavam como que morrendo nele. Jesus recebendo o castigo que outros mereciam. Seria mais ou menos como eu confessar um crime que não é meu, e ser condenado por este crime. O verdadeiro criminoso é liberto, e eu pago a sua pena, pois confessei um crime que não é meu. Esta semana recebi um e-mail de um jovem dizendo que quando era adolescente, matou um parente seu, sem querer. Foi um acidente, mas é fato que ele assassinou um outro jovem, e o seu pai assumiu o crime. O pai fez isso para não ver seu filho se envolver com polícia, com cadeia, assumiu o crime e cumpriu a pena no lugar do filho. Isso Cristo fez, é uma realidade, ele pagou a pena dos injustos. Porém, morreu por todos. A Bíblia fala, todos! Pagou o preço pela salvação de todos, mas levou sobre si os pecados de muitos. O que significa dizer, que muitos não são todos, todos é um conjunto maior, e muitos, um conjunto menor, e esses muitos são aqueles que creem nele como Salvador, que tem o perdão de seus pecados garantidos, pela obra de Cristo na cruz, são aqueles que aceitaram essa obra substitutiva.

Mas vamos ler, “porque também Cristo padeceu uma vez, pelos pecados”. Mais uma doutrina que impera na grande parcela da cristandade, que diz que todas as vezes em que a ceia é celebrada - em determinada religião, católica, por exemplo, é uma dessas, mas há outras também, - ali estaria se repetindo o sacrifício de Cristo, naqueles elementos do pão e do vinho. Nos quais o pão se transfiguraria em corpo de Cristo, ou seja, em carne, e o vinho em sangue. Uma coisa mágica que é chamada eucaristia e isso seria um mistério. Mas, “também Cristo padeceu uma vez pelos pecados”. Não há repetição do sacrifício de Cristo, jamais! Nenhum homem pode emular a morte de Cristo usando os elementos da ceia, porque esses são elementos materiais, são apenas um retrato da morte de Cristo. Eu tenho em casa fotos de pessoas da minha família, em porta-retratos. São limpos, muito bem cuidados, arrumados, alguém poderia falar: mas aquilo ali não é um pedaço de papel? Sim, fotografia é papel, mas ela representa alguém que eu amo. Então, tenho o devido cuidado porque é um retrato, mas é apenas papel por isso, não haveria problema se pegasse fogo, por exemplo, eu mandaria revelar outra foto ou tirava uma nova e poria no lugar. Mas ainda assim, é um elemento que representa outra coisa.

Cristo padeceu uma vez pelos pecados, e não vai voltar a morrer, não virá a este mundo morrer de novo, não passará pelo sacrifício que passou. E lembrando também que o “justo pelos injustos”, ou seja, foi uma morte substitutiva, ele morreu no lugar de. Pergunto: Ele morreu no seu lugar? Eu sei que ele morreu no meu lugar e no seu lugar também? Você tem certeza disso? Que ele levou seus pecados sobre si na cruz?

“Morreu para levar-nos a Deus”. Há uma passagem no evangelho que ele fala, “eu sou o caminho, a verdade, e a vida, ninguém vem ao Pai senão por mim”. Essa passagem é odiada por todas as religiões que não creem em Cristo como o único e suficiente Salvador. Como alguém poderia dizer que ninguém vem ao Pai senão por mim? Poderia achar de uma petulância muito grande, a menos que seja verdade, aí não é petulância. Ninguém vem ao Pai senão por mim, ele falou. E ninguém, quer dizer, ninguém mesmo!

“No qual foi vivificado pelo Espírito, o Espírito de Cristo,- e agora continua a passagem que costuma ser mal interpretada, mas vou passar rapidamente por ela para esclarecer - o qual foi também e pregou aos espíritos em prisão. Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; mortificado, na verdade, na carne, mas vivificado pelo Espírito. No qual também foi, e pregou aos espíritos em prisão; Os quais noutro tempo foram rebeldes, quando a longanimidade de Deus esperava nos dias de Noé, enquanto se preparava a arca; na qual poucas (isto é, oito) almas se salvaram pela água”.

Essa passagem é, vamos chamar assim, vítima de muitas confusões, porque as pessoas simplesmente a destroçam, confundindo e achando que Cristo morreu e foi pregar aos mortos condenados antes de subir ao céu. Mas se fizesse isso, ele teria mentido para o ladrão na cruz, quando falou, “hoje estarás comigo no paraíso”. Ele morreu ali, seu corpo foi sepultado, mas seu espírito subiu para Deus, ao Paraíso, e lá ele se encontrou com aquele malfeitor que havia sido crucificado, porque se não fosse assim, ele teria mentido ao ladrão na cruz, teria saído dali e ido pregar a espíritos em prisão no hades, aos espíritos de pessoas que morreram na desobediência sem crer. Percebe? Também seria inócuo, por que Cristo iria pregar a pessoas condenadas? Qual sentido haveria se eu entrasse na cela de um sujeito que vai pagar a vida inteira por um crime que cometeu e e eu falasse: - olha, não cometa mais nenhum crime, isso é muito ruim, você será condenado. O preso diria que estou louco, ele já está condenado, não há mais como sair dali, não há mais libertação para ele. Então, não faria sentido o Senhor Jesus pregar para mortos. Em realidade, o que isso quer dizer, é que Cristo foi em espírito, através de Noé, e pregou àquelas pessoas que morreram no dilúvio e agora, suas almas estão em prisão, condenadas. Por que não creram na pregação daquele que era chamado, o pregoeiro da justiça, que pregou durante muitos anos, falando que ia cair um dilúvio que mataria todo o mundo e que a arca era a salvação e apenas aqueles que entrassem nela seriam salvos. Alguns entraram, a pregação dele não foi em vão, além de Noé, a sua esposa, seus filhos, suas noras, entraram na arca, então, alguns creram na mensagem de Noé. Mas a maioria não creu e pereceu no dilúvio e hoje suas almas estão na prisão. Porém, elas tiveram a chance de escutar as boas novas da salvação, da boca de Noé, que pregou àquelas pessoas, inspirado pelo espírito de Cristo, que estava nele.

Existe um versículo, apenas para passar deste ponto, em Efésios 2:16, e esse versículo esclarece muita coisa, ao falar do Senhor Jesus. O assunto aqui em Efésios, obviamente é outro, ele está falando da Igreja, do corpo de Cristo: “E pela cruz reconciliar ambos com Deus em um corpo, matando com ela as inimizades. E, vindo, ele evangelizou a paz, a vós que estáveis longe, e aos que estavam perto; Porque por ele ambos temos acesso ao Pai em um mesmo Espírito”. Ele, Jesus Cristo, evangelizou a paz, ou seja, pregou o evangelho da paz, a vós que estais longe e os que estavam perto. Quem eram os que estavam longe? Os efésios. Eles eram gentios, e estavam longe das promessas de Deus. E quem eram os que estavam perto? Os judeus. Porque o assunto aqui é judeu e gentio e como Deus tirou a parede de separação. Agora, como Cristo poderia ter ido pregar o evangelho aos gentios, se seu ministério se limitou a Judéia, a terra de Israel? E foi só depois da Igreja formada que ele chamou Paulo para pregar aos gentios. Antes disso, Pedro inaugurara com uma das chaves que o Senhor lhe deu, para abrir a esfera, aos gentios, através de Cornélio, que era um centurião romano.

Mas como Jesus teria pregado aos gentios? Através dos seus discípulos, dos seus apóstolos, através de cada pessoa hoje que prega o evangelho, Cristo está pregando aos gentios, está levando pelo Espírito Santo a palavra da salvação.

Voltando agora ao nosso capítulo, lemos no versículo 18 que Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus, mortificado na verdade, na carne, mas vivificado no espírito, e depois ele vai citar no versículo 20, “através da arca, poucas, (isto é, oito) almas se salvaram pela água”; e vai concluir no versículo 21, “água esta que também como uma verdadeira figura, agora vos salva, o batismo, não do despojamento da imundícia da carne, mas da indagação de uma boa consciência para com Deus, pela ressurreição de Jesus Cristo; O qual está à destra de Deus, tendo subido ao céu, havendo-se-lhe sujeitado os anjos, e as autoridades, e as potências”. E começando o capítulo 4, de 1 Pedro, “Ora, pois, já que Cristo padeceu por nós na carne, armai-vos também vós com este mesmo pensamento, que aquele que padeceu na carne já cessou do pecado”;

Mas aqui temos uma verdade muito importante. Primeiro, as águas do dilúvio, simbolizavam o batismo, e o batismo, por si só, também simboliza a morte e ressurreição de Cristo. É o que vai ser citado no versículo 18 e também será mencionado no versículo 21, morte e ressurreição. Aquelas pessoas que estavam na arca estavam passando pelas águas para chegar a um novo mundo, porque quando as águas baixaram, era um novo mundo que eles tinham para habitar agora. Começou tudo de novo! Deus destruiu o mundo velho e deu um novo para o homem habitar. Através das águas, saindo de um lado, e passando para outro.

Quando os israelitas foram libertos da escravidão e saíram do Egito, passaram também por outra figura do batismo. O mar se abriu e eles passaram pelo fundo do mar, que é um lugar de morte, e saíram do outro lado, vivos. O que aconteceu foi que eles estavam no Egito e saíram do outro lado, em direção à terra de Canaã. Isso é o que o batismo faz também com uma pessoa - me refiro a essa ordenança do batismo - quando uma pessoa entra nas águas e sai, ela é batizada em nome do Pai, do Filho, e do Espírito Santo, ela está dando um testemunho, de que morreu com Cristo para as coisas antigas, para as coisas que eram, e nasceu agora para coisas novas, ressuscitou com Cristo, saiu de uma posição e passou para outra, cortou o vínculo que tinha com a sua antiga posição. Igualmente, os israelitas, quando passaram pelo mar vermelho, cortaram o vínculo que tinham com o Egito.

Quando Noé e sua família entraram na arca e desembarcaram no monte Ararat, quando as águas baixaram, eles tinham cortado o vínculo com o mundo antigo, não tinham mais nada a ver com ele. Quando uma pessoa passa pela águas do batismo, ela está testemunhando que cortou a ligação com o que ela era, com o que vivia, e com a sua geração, enfim, e passou para um nova esfera agora, a esfera de cristão. Ela não é mais pagã, é uma cristã, mesmo que não creia em Cristo, ela passou por uma nova esfera, mas veja que isso não salva essa pessoa dos seus pecados, porque a água não limpa os pecados.

O versículo 21 fala “batismo não no despojamento da imundícia da carne”. Porque os judeus tinham um batismo também. Os sacerdotes, para exercer seu ofício, precisavam passar por um ritual de lavagem. João Batista batizou pessoas para arrependimento, não era um batismo cristão. Aqueles que foram batizados por Joao Batista em Atos, mais adiante, e se convertem a Cristo, precisaram ser batizados novamente, agora em um batismo cristão, porque o antigo que de Joao Batista fazia, tinha outro significado. E apesar de o batismo cristão tirar a pessoa de um lado e passá-la para outro, ele não salva, o batismo que salva, é outro!

Esse passar de um lado e levar a outro, não é muito percebido na nossa sociedade cristianizada. Uma pessoa que é batizada, ninguém dá muita importância, não acontece nada com ela, sua vida não muda, já que ela vive inserida em todo um contexto e cultura cristã, no mundo ocidental. Mas veja um mulçumano. Certa vez me correspondi com um mulçumano convertido - a história dele, inclusive, está no site Histórias de Verdade- e ele contou que entre os mulçumanos, você pode até ler a Bíblia, pode até assistir alguma coisa dos cristãos, certamente a família não vai gostar muito, mas, não se batize! Porque no momento em que você passar pelo batismo, será expulso de casa. O mulçumano sabe que você acabou de cortar os vínculos com o islamismo. E a mesma coisa acontece no hinduísmo, na Índia. Há poucos anos, uma irmã em Cristo foi morta pelo próprio esposo porque ela se batizou e queria crer em Cristo, se recusava a fazer as oferendas para os deuses hindus, - há um outro irmão, que se converteu a Cristo, e foi batizado, passou a professar a fé em Cristo, e que foi morto pelo seu próprio irmão, que inclusive pôs fogo na casa para não deixar mais nada do que era do seu irmão, pois entendeu que ele havia cortado o vínculo com o hinduísmo, mudou de lado, não há mais volta!

Há uma passagem em Atos 2, quando foram batizadas as primeiras pessoas, já como Igreja, como corpo de Cristo, que explica bem o que o batismo faz. Não salva dos pecados, como eu falei, não salva eternamente a alma, mas salva num certo sentido. Em Atos 2:40: Pedro termina, seu discurso, sua pregação, dizendo “E com muitas outras palavras isto testificava, e os exortava, dizendo: Salvai-vos desta geração perversa. De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra; e naquele dia agregaram-se quase três mil almas”.

Salvai-vos desta geração perversa, era então uma salvação de uma esfera de coisas, neste mundo, não tinha nada a ver com o mundo espiritual, com a salvação eterna. Uma pessoa que é batizada recebe sobre si o nome de Cristo, testemunha para o mundo que mudou de lado, e com isso pode sofrer consequências drásticas, como nos países mulçumanos e hinduístas. Ou quando professa publicamente sua fé em Cristo, não é vista com bons olhos por seus amigos, mesmo no mundo cristão - e o batismo é uma das maneiras de se professar isso.

Mas agora vamos falar do batismo que realmente salva, aquele que tira toda a imundícia, que dá uma boa consciência para com Deus, pela ressurreição de Jesus Cristo. O batismo que pode me salvar é o batismo de Cristo! Esse batismo, você pode perguntar é aquele de quando Jesus foi batizado por João Batista? Não, pois aquele era de arrependimento de pecados, Cristo não tinha pecados, ele se sujeitou a ser batizado para cumprir toda justiça, para se identificar com seu povo judeu, que estava ali, sendo batizado. Mas não era aquele o batismo que salva.

Em Lucas 12:50, o próprio Senhor Jesus diz que batismo ele iria ter que passar, “importa porém que seja batizado com um certo batismo e como me angustio até que venha cumprir-se”. Não era um batismo exatamente de água, mas um de juízo, como o dilúvio, que foi um juízo sobre o mundo. As águas cobriram o mundo e mataram todas as pessoas que ficaram debaixo delas. E de certa forma, Cristo também passou por um dilúvio enviado por Deus naquela cruz, para fazê-lo submergir no fundo do mar, com nossos pecados, levando-os ao esquecimento, a um lugar de onde eles não pudessem mais ser tirados. Esse foi o batismo de Jesus, a cruz!

Se buscarmos por uma simbologia na Bíblia que fala deste batismo, encontraremos no Salmo 42, entendendo porém, que muitos dos salmos, são a expressão dos sentimentos de Cristo, como o Salmo 22, que fala “Deus meu, Deus meu, porque me desamparaste?” Na cruz, o próprio Senhor Jesus diria esta frase. Ou seja, ele apontava para aquele Salmo profético que na verdade eram as suas palavras, proferidas através de Davi, mil anos antes.

No salmo 42:7 “Um abismo chama outro abismo, ao ruído das tuas catadupas (significa cachoeiras); todas as tuas ondas e as tuas vagas têm passado sobre mim”. Este é Cristo, debaixo de todas as ondas, as vagas, de todas as cachoeiras, do juízo de Deus contra o pecado, ele se afogando em meio a esse juízo, dando a sua vida para morrer pelo pecador, “o justo pelo injustos”, para nos levar a Deus. E uma outra passagem também, no Salmo 88:3-8, um pouco mais a frente. Mais uma vez deixando claro que são sentimentos do próprio Senhor Jesus, apresentados de forma profética: “Porque a minha alma está cheia de angústia- o que ele falou quando disse do batismo pelo qual passaria, “minha alma está angustiada”, há um batismo e “quanto me angustio até que ele venha. Lemos também - “e a minha vida se aproxima da sepultura.” Isso é Cristo na sua morte. “Estou contado com aqueles que descem ao abismo; estou como homem sem forças,
Livre entre os mortos, como os feridos de morte que jazem na sepultura, dos quais te não lembras mais, e estão cortados da tua mão. Puseste-me no abismo mais profundo, em trevas e nas profundezas. Sobre mim pesa o teu furor; tu me afligiste com todas as tuas ondas. (Selá.). Alongaste de mim os meus conhecidos, puseste-me em extrema abominação para com eles. Estou fechado, e não posso sair. A minha vista desmaia por causa da aflição. Senhor, tenho clamado a ti todo o dia, tenho estendido para ti as minhas mãos”.

Tudo isso é a cruz, ele sendo ali, submergido pelas ondas do juízo divino, contra o pecado. Ele sendo abandonado pelos seus, porque estes o observavam de longe, falam os evangelhos, ninguém tinha coragem de chegar perto dele na cruz, sem coragem de se identificar com aquele homem crucificado, levando nossos pecados. “Extrema abominação”, diz ele, estou fechado, estou preso, não posso sair, a minha vista desmaia, em trevas, ele fala. Sobre mim pesa a tua cólera, no mais profundo abismo, em trevas as profundezas, sobre mim pesa tua cólera, tu me abateste com todas as tuas ondas...Este é batismo que salva! A morte de Cristo na cruz. O evangelho nada mais é do que anunciar a sua morte e ressurreição.

Quando Paulo fala em 1 Coríntios 15, “vos anuncio o evangelho, que Cristo morreu segundo as escrituras e ressuscitou segundo as escrituras”. Esse é o evangelho. Qualquer outra coisa que não tenha morte e ressurreição de Cristo não é evangelho. Hoje você vai ouvir por aí, em muitos lugares, que Deus vai te abençoar, vai te curar, Deus vai te enriquecer, Deus vai te dar prosperidade, vai fazer isso e aquilo, isso não é evangelho! As boas novas são boas novas de salvação. Cristo morreu por nossos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus. Cristo ressuscitou, saiu para o outro lado, passou pelo batismo na cruz, entrou pelo profundo do mar, e saiu do outro lado, mas ele saiu literalmente do outro lado, agora não é mais um símbolo, a sua morte é real, ela é a concretização dos símbolos, é a realidade do batismo cerimonial, vamos chamar assim, de ordenança, que praticamos. É esse batismo que realmente nos salva. Ele entrou nas ondas da morte, debaixo do fundo do mar, e saiu do outro lado, ressuscitado, e é essa a segurança do crente, porque lemos no fim do versículo 21, “pela ressurreição de Cristo, o qual está agora à destra de Deus tendo subido ao céu havendo-se- lhe sujeitado os anjos e as autoridades e as potências”. Agora veja, como foi dito antes, pelo batismo que prefigura a mudança de posição do crente, do salvo por Cristo, nós cortamos o link com o que éramos, e nos ligamos a algo, a um destino, com Cristo, com Deus.

Que destino é esse? Aquele homem, que foi massacrado naquela cruz, tanto pelas mãos de homens como pela própria ira, justiça de Deus contra o pecado, deixou para trás aquilo que era, quando morreu. Em 2 Coríntios nos é dito, “agora já ninguém conheceu segunda a carne se já conhecemos a Cristo, assim já não conhecemos desse modo agora”. Aquele homem humilde, fraco, que andou neste mundo, que caminhou aqui como um servo, não existe mais naquela configuração. Ele está agora em glória, “vejo porém Cristo em glória”! Em majestade, assentado a destra de Deus, fala em Hebreus. E aqui também, ele está a destra de Deus. Quando alguém muito importante fala de outro alguém: este aqui é meu braço direito, quer dizer que este é aquele que tem todo o poder dessa pessoa, ser o braço direito, significa aquele braço que, obviamente os destros, utilizam e que tem mais força, mais habilidade, mais destreza, tanto que a palavra destreza, vem de destra, e esse é o que executa as coisas. Quando faraó elegeu José como senhor absoluto sobre todo o Egito, José era o braço direito de faraó, ele era uma figura de Cristo também.

Hoje Cristo está a destra de Deus, é o Seu braço direito, por assim dizer. Há um versículo no Antigo Testamento, em que Deus fala: meu braço desnudou. Quem é esse braço? Cristo! O executor das coisas de Deus. Tendo subido ao céu, ressuscitado. Obviamente, fala um pouco antes, “havendo-se-lhe sujeitado os anjos, as autoridades, e as potências”.

Pense numa pessoa que crê em Cristo, e sai daquela posição de perdido, de escravo do pecado, de satanás, e é colocado do outro lado, em Cristo, nos céus. Efésios fala, ressuscitados com Cristo nos céus. Essa é a posição nova, real, do crente. O batismo simboliza essa passagem, simboliza esse “sai daqui, e vai para lá”. Quando creio que na cruz ele me substituiu, levou sobre si os meus pecados, o verdadeiro batismo, ele me coloca numa nova posição agora: em Cristo ressuscitado. Aquele que está sobre todas as coisas.

Agora, pergunto, será que alguém poderia ter a audácia de dizer que um batismo de água teria poder para limpar pecados? Será que alguém poderia dizer que a figura, a sombra da coisa, tem o poder da coisa em si? É como se você fosse a esses restaurantes que tem uma vitrine bonita, com aqueles sundays, ou sorvetes tipo banana split, tão lindos, e em vez de você pedir um desses sorvetes, você pede um da vitrine. - mas esse aí é feito de cera, o senhor não vai conseguir comer. - mas eu quero esse, está colorido, é bonito! Você insiste - Mas moço, esse não é real, é um símbolo, uma figura do real, vou lhe servir sorvete de verdade!

Então, se você quiser uma salvação de cera, confie nos batismos que as religiões praticam, mas se você quiser receber a salvação verdadeira, creia na realidade, naquilo que o batismo representa, creia na morte e ressurreição de Cristo, morrendo pelo pecador, o justo pelos injustos.

Claro, a Bíblia ordena, o Senhor pediu que fôssemos batizados, é uma ordenança do Senhor, mas é uma ordenança representativa, ela em si não tem efeito para salvação eterna. Por isso é importante dar o crédito da salvação, a quem tem o crédito, Cristo! E não substituir a salvação por outra coisa.

Alguém neste momento, poderia falar, - Mas em João 3 o Senhor Jesus falou a Nicodemos, quem não nascer da água e do espírito não pode ver o reino de Deus. Sim, é verdade, mas, do que água o Senhor estava realmente falando? Tenho certeza de que não era de água física, mas sim, da mesma água que o Espírito Santo falou através do apóstolo Paulo, em Efésios, quando ele fala da água da palavra de Deus. Em várias passagens na Bíblia, a palavra de Deus é comparada com a água. “Fostes lavados com água pela palavra de Deus”. Regenerados pela palavra de Deus. Quando a palavra de Deus atinge uma alma, realmente lhe dá vida, para que ela creia pelo poder do Espírito, no evangelho da salvação. E esta palavra que teve o poder de despertar aquela alma, para que ela pudesse crer em Cristo, é o próprio Senhor Jesus, o verbo de Deus, todo o poder vem de Cristo! Em todas as instâncias conectadas à salvação do homem, está Cristo!

Não substitua a realidade pela fotografia. Se algumas das pessoas que eu amo e que estão ali nos porta-retratos na minha estante, por exemplo, os meus netos, forem me visitar, imagine-os chegar e eu falar, - criançada, sai daí, eu estou aqui me dedicando aos meus netos- e permaneço ocupado com o retrato, eles falariam, - Vô, você tá louco, nós estamos aqui. Isso é papel, não é de verdade!

Creia no verdadeiro. Creia em Cristo Jesus como seu Salvador e receba de Deus o perdão dos pecados e a salvação.