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Jesus nao e' meu Senhor - Mario Persona

Jesus não é meu Senhor - Mario Persona (mp3)
http://files.3minutos.net/evangelho/Jesus-nao-meu-Senhor.mp3



https://youtu.be/-SFan4VKndg


Jesus não é meu Senhor 
Mario Persona

Quando Davi escolheu o seu – vamos chamar assim – ministério, a sua equipe, há uma passagem que fala que ele escolheu de cada tribo um grupo de homens com características especiais: de luta, de inteligência e tem um momento em que diz que ele escolheu um grupo de homens que conhecia o seu tempo, que sabia discernir o seu tempo. Porque, caso Israel partisse para a guerra, eles teriam discernimento das coisas que estavam acontecendo ao seu redor.

Ainda que o cristão não tenha seu lugar neste mundo e procure não interferir nas coisas deste mundo, ele faz bem em perceber o que está acontecendo ao redor, porque Deus, obviamente, está no comando de todas as coisas.

Este ano de 2016, vimos acontecimentos que pegaram a mídia e as pessoas de surpresa. Dois eventos que são importantíssimos para a economia do mundo, para o andamento das nações. Um foi em junho, com o Brexit, quando ocorreu uma votação na Inglaterra para decidir se eles deveriam continuar como parte da Europa unida, a União Europeia, ou se deveriam se separar. E obviamente, a separação causa agora mudanças tremendas na economia da Europa e da Inglaterra. Empregos, pessoas que podiam trabalhar na Inglaterra porque tinham cidadania europeia e agora precisam ter a cidadania britânica para poder trabalhar. Muda tudo! Coisas que foram conquistadas ao longo do tempo, precisam ser mudadas. Mas, quando houve a votação, fizeram uma enquete com a população inglesa e as pesquisas apontavam que, nos momentos finais, a maioria iria querer que a Inglaterra continuasse como parte da União Europeia, mas quando veio o resultado da votação, deu o contrário. Todo o mundo ficou pasmo. Como aconteceu isso?

E agora nesta semana as eleições dos Estados Unidos, que é outro evento importantíssimo para o mundo inteiro. Sabemos que é a maior economia e maior poderio militar do mundo. Nós sabemos também que o presidente americano tem características especiais, diferentes por exemplo de um presidente brasileiro, uma vez que o Brasil tem um sistema de governo com três poderes, o Executivo, Legislativo e Judiciário. Todavia o presidente é apenas um desses três poderes. Ele não tem um poder absoluto, um poder maior como tem nos Estados Unidos. Lá o presidente é também chefe das Forças Armadas. Ele, em caso de guerra, é quem comanda o exército do país.

Quando há uma eleição num país onde seu presidente vai ser aquele que terá o isqueiro para criar uma fogueira atômica no mundo, é claro que isso preocupa toda a humanidade. E foi a mesma coisa: todas as pesquisas apontavam que quem iria ganhar seria a Hillary, mas na última hora, quem venceu foi o Trump. E de repente, aqueles que eram a favor da liberdade, a favor da livre expressão, os modernos, os liberais, saem às ruas acusando Trump de querer quebrar o país, de querer destruir a América. E eles saem à ruas destruindo a América, quebrando vidraças, destruindo carros, mostrando assim que o homem, o ser humano, por melhor que seja sua fachada de politicamente correto, quando pisam no seu pé, fica bravo e quer garantir, geralmente, não os seus deveres, mas os seus direitos! E ali vemos agora toda uma incógnita de como será esse país, de como será esse governo.

É claro que em uma coisa o cristão fica tranquilo: em saber que Deus está por trás de todas essas coisas. Em saber que não cai uma folha de uma árvore, sem que seja da vontade de Deus.

Eu estava assistindo uma série histórica muito interessante, na Netflix, chamada The Crown, sobre a Rainha Elizabeth, da Inglaterra, quando começou o seu reinado. E há uma cena que eu até anotei, porque achei interessantíssima, que mostra o diálogo que ela tem com sua avó Mary. Havia a rainha mãe, e a rainha Elizabeth e todas eram rainhas, mas Elizabeth era “a rainha”, porque ela estava no trono agora, ela era quem tinha o poder. E nesse diálogo, a sua avó diz: “a lealdade ao ideal que você herdou é seu dever acima de tudo, pois o seu chamado vem da fonte mais elevada, vem do próprio Deus. A monarquia é uma missão sagrada de Deus para trazer graça e dignidade à Terra, para dar às pessoas comuns, um ideal pelo qual viver. Um exemplo de nobreza e responsabilidade para elevá-las acima de suas vidas miseráveis. Monarquia é um chamado vindo de Deus. Por isso é seu dever responder a Deus, não ao povo“. Achei muito interessante isso, porque é verdade.

É isso mesmo! Deus estabelece os reis.

Quando vemos sistemas como o presidencialismo americano ou brasileiro, que é uma democracia, lá voto indireto e aqui direto, na verdade, tudo isso são coisas que os homens inventaram, que estão longe da vontade divina, porque Deus jamais aprovou a democracia, que é a escolha do povo, ou seja, a maioria escolhe. Isso não está nos planos de Deus. A democracia é os pés da estátua do sonho de Nabucodonosor, que eram de ferro misturado com barro. O ferro do poder, e o barro da humanidade, ou seja, nunca dá liga, não funciona.

Deus estabeleceu a monarquia como o governo, lá atrás ainda, e por isso que Ele determinou reis de reis, quando Nabucodonosor foi escolhido por Deus para ser um rei de reis. Esse era o sistema estabelecido por Deus: rei de reis. Ainda que haja um rei, existem outros que estão debaixo dele.

Se abrirmos em Daniel, capítulo 2, veremos uma história interessante. Não vamos ler todo o capítulo, mas vou apenas dar uma introdução para fazer sentido.

Nabucodonosor era o rei de Babilônia e havia invadido a terra de Israel. Deus permitiu isso, porque Israel caiu em idolatria, em desobediência. E como acontecia na época – e acontece hoje também, quando um país invade o outro – ele procurou pegar os melhores cérebros para colocar no seu governo. Durante a segunda guerra mundial, quando os aliados invadiram a Alemanha, foi a primeira coisa que fizeram. De um lado os russos invadiram, do outro lado, os aliados, os Estados Unidos à frente da invasão. A primeira coisa que fizeram foi caçar os cientistas e levar cada um para o seu país. Tanto é que todo o progresso norte americano e russo de conquista do espaço, na verdade, é de tecnologia alemã, porque os cientistas alemães foram levados para esses dois países e desenvolveram o programa de viagens espaciais.

Então, era também assim no passado e quando Nabucodonosor invadiu Israel, Jerusalém, ele levou os jovens, os melhores cérebros, os mais nobres, toda a nobreza do país, enfim, para viver na corte da Babilônia. E um desses era Daniel.

Um belo dia, Nabucodonosor teve um sonho. E ele acorda impressionado com o sonho, mas tem dois problemas: primeiro porque ele não se lembra do sonho, e segundo porque ele quer saber o que significa o sonho do qual ele não se lembra. Então, ele convoca todos os sábios que havia em Babilônia, que eram sábios de Babilônia e de outras nações que estavam lá e que também tinham sido trazidos para ali, incluindo os sábios judeus, e pede que eles lhe deem o sentido, ou uma interpretação do sonho que teve. Todos perguntam qual era o sonho e ele diz “não sei, não lembro, vocês tem que me dizer o sonho e a interpretação”, diz o rei. Eles dizem então que é impossível, que ninguém é capaz de saber o que vossa alteza sonhou. A interpretação até pode ser possível, mas o sonho, como saberemos? Só Deus conhece os sonhos. Então, Nabucodonosor manda seus oficiais prenderem todos os sábios para matá-los, porque ele condena à morte os sábios e adivinhos, pois eles não conseguiram descobrir seu sonho.

Quando Daniel fica sabendo disso – ele será um desses também que seriam condenados à morte – ele ora a Deus, e Deus revela a ele qual foi o sonho de Nabucodonosor e dá a interpretação do sonho também.

No Livre de Daniel 2:17, lemos algo muito importante: “Então Daniel foi para a sua casa, e fez saber o caso a Hananias, Misael e Azarias, seus companheiros; (que eram outros jovens judeus que estavam com ele em Babilônia) Para que pedissem misericórdia ao Deus do céu, sobre este mistério, a fim de que Daniel e seus companheiros não perecessem, juntamente com o restante dos sábios da Babilônia. Então foi revelado o mistério a Daniel numa visão de noite; então Daniel louvou o Deus do céu. Falou Daniel, dizendo: Seja bendito o nome de Deus de eternidade a eternidade, porque dele são a sabedoria e a força; E ele muda os tempos e as estações; ele remove os reis e estabelece os reis; ele dá sabedoria aos sábios e conhecimento aos entendidos. Ele revela o profundo e o escondido; conhece o que está em trevas, e com ele mora a luz”.

Aí ele vai comparecer diante de Nabucodonosor e revelar que o sonho era uma grande estátua que tinha uma parte de ouro, outra de bronze, outra parte de ferro, e outra de ferro mistuada com barro, e isso representava diferentes reinos de reis de reis. E Nabucodonosor era o primeiro rei de reis, de um tempo que Deus estava dando o reinado do mundo nas mãos dos gentios. Aquilo que era para Israel ter nas mãos e que seria o reinado de todo mundo, Israel falhou e Deus entregava aos gentios, nesse tempo dos gentios, o reinado do mundo.

Através de rei de reis, sempre é bom entender isso quando falamos do império britânico. Havia a rainha Vitoria, mas invadiram a metade do mundo, tanto que se chamava “o reino no qual o sol nunca se põe“, que era o Commonwealth, todo reino da Inglaterra. Até hoje é, porque a Austrália, Nova Zelândia, Canadá e vários outros países hoje estão debaixo ainda das asas da rainha. Os Estados Unidos se rebelaram, proclamaram sua independência. Há até na Internet uma piadinha do diálogo da rainha dizendo: “ok, não deu certo! Nós vamos pedir que eles voltem a serem súditos da rainha, porque não está dando certo eles sozinhos”.

Mas de qualquer maneira, vários países do mundo estão debaixo do império britânico, porque é um império de rei de reis, que Deus reconhece como sendo a maneira de governar neste mundo. E aqui, Daniel fala uma coisa importantíssima, no versículo 21, falando a respeito de Deus, ele muda os tempos e as horas, Ele remove os reis e estabelece os reis.

Então, quando vemos um presidente ser removido, por mais que os homens tenham mexido o pauzinho ali, feito isso ou aquilo, Deus está por trás disso. Porque se Deus não quisesse que ele fosse removido, ele não seria! Quando um presidente é instituído ou um rei estabelecido, Deus está por trás disso.

Ah, mas então Hitler, o governante da Alemanha, foi Deus quem o colocou lá?

Sim, foi Deus quem colocou Hitler no poder. Porque Ele queria dar uma lição ao mundo, à Alemanha, e também aos judeus, que rejeitaram seu Filho.

Deus sempre tem uma agenda Sua, própria, que nós não entendemos.

Podemos “votar contra Deus” por não entendermos... Escolher aquele que Deus não iria escolher, porque vamos escolher segundo os nossos interesses, nossa inteligência, nosso discernimento, mas Deus está acima de tudo isso.

Quando vemos o que aconteceu agora nos Estados Unidos, quebra-quebra, manifestações, revolta das pessoas que não aceitam os resultados dessa eleição, independente de achar se é bom ou ruim o governante – não é esse o ponto aqui que quero tratar – quando vemos tudo isso, o que são essas pessoas? O que elas estão fazendo?

Elas estão se revoltando contra aquilo que Deus estabeleceu e que é a Sua vontade para este mundo! E se você pegar isso que está acontecendo num país e levar para o sentido humano da coisa, o que o ser humano é?

É uma pessoa que vive em constante manifestação contra os direitos de Deus sobre sua própria pessoa, a pessoa do homem.

Isso aconteceu no Éden, quando Adão e Eva se rebelaram contra Deus. Quando satanás, travestido de serpente, falou: “sereis como Deus, conhecedores do bem e do mal”. Ele deu a eles um empurrão como quem dissesse, “o que vocês estão fazendo, deixando que Ele esconda de vocês o melhor. Porque vocês não tomam as rédeas disso?”.

Os homens tomaram a rédeas. Agora ai está o mundo como estamos vendo, isso aqui, esse mundo que vemos em volta e nos jornais todos os dias... Atrocidades que acontecem. É o homem governando o mundo. O homem independente de Deus e fazendo sua própria vontade, seguindo sua vida independente de Deus.

Isso faz parte da natureza humana, que é torta, é errada, é corrompida. Nós nascemos rebeldes, com espírito de rebelião. Se aqueles que estão se manifestando agora estão revoltados, é porque a vontade deles não se cumpriu. E o que acontece quando nossa vontade não é feita? Ficamos como criança mimada. Choramos, fazemos beicinho, brigamos e batemos o pé. Criança mimada faz isso, não é? É assim que fazemos quando nossa vontade não prevalece. Achamos que tem que sempre ser nossa vontade satisfeita, mas não é assim. É a vontade de Deus sobre tudo.

Ah, mas eu não creio em Deus! Sou ateu, alguém pode dizer. Não faço parte disso.

Ah, muito bem, e daí que você é ateu? Que diferença faz?

É como se falasse “mas eu não estou sujeito a lei da gravidade”. Pois então pule de um prédio para ver o que lhe acontece.

É claro que você está sujeito a isso.

Você pode até não saber que está, mas está. E por uma razão muito simples. Lemos em Atos, capítulo 2:32: “Deus ressuscitou a este Jesus, do que todos nós somos testemunhas. De sorte que, exaltado pela destra de Deus, e tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vós agora vedes e ouvis (ele está se referindo a formação da Igreja na terra, que aconteceu em Atos 2) Porque Davi, (ele fala do Rei Davi) não subiu aos céus, mas ele próprio diz: Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, até que ponha os teus inimigos por escabelo (ou por estrado) de teus pés. Saiba pois com certeza toda a casa de Israel que a esse Jesus, a quem vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo”.

A esse Jesus, ao qual vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo! O que isso quer dizer?

Deus o estabeleceu como Senhor sobre todas as coisas.

Como entender isso?

Vamos dar uma panorâmica dessa situação. A panorâmica faz enxergar de uma maneira ampla.

No jardim do Éden, quando Deus criou Adão e Eva, foi para que Adão tivesse o governo do mundo. Tanto é que Adão deu nome aos animais. Ele deveria administrar a terra.

Mas havia outro administrador que falhou que era Satanás. E ele ficou muito irado com aquilo, porque ele tinha sido eleito aquele que deveria cuidar das coisas que estavam no monte de Deus. Ele era o Querubim da Guarda e deveria guardar as coisas de Deus, mas ele falhou.

Então, Deus agora cria o homem e dá ao homem, na pessoa de Adão, o lugar de administrador da criação de Deus.

E o que fez Adão? Falhou miseravelmente!

Deus tentou com o ser humano durante séculos e o ser humano falhando sempre, até o momento em que Deus fala que vai buscar vinha e não tinha, porque o homem falhava miseravelmente, então Deus enviou Seu Filho. Agora tinha um que ia ser o herdeiro de todas as coisas e ia administrar realmente o mundo.

Por isso Deus O ressuscitou dentre os mortos, e fez Dele Senhor e Cristo, deu a Ele essa posição. Nós sabemos que Jesus é também o Filho eterno de Deus, e Ele é Deus e homem. Ele encarnou, Ele já existia antes, e veio ao mundo. Ele nasceu como um bebê comum, porém era Deus e homem. Mas, esse homem Jesus recebeu agora todo direito e todo o poder de ser Senhor e Cristo.

Senhor é aquele que manda. Senhor é aquele que determina as coisas.

Todos nós estamos debaixo de algum senhor; uma criança em casa está debaixo dos seus pais, a criança na escola está debaixo dos professores e do diretor. Ela tem que obedecer aqueles que estão acima dela. Todos nós estamos debaixo de autoridades. Você, no trânsito, está debaixo da autoridade do guarda de trânsito, na cidade debaixo da autoridade do delegado, ou do prefeito, do vice-prefeito, no Estado, do governador, no país, do presidente. Estamos todos debaixo de alguma autoridade. Ninguém pode falar, “Deus não existe, não o reconheço”, mas, por mais que você não reconheça a Deus, a ação da força da gravidade que Deus criou continua agindo sobre você. A chuva cai na sua cabeça, quer você queira ou não. A Bíblia fala que Deus faz chover sobre justos e injustos, independente do que a pessoa pense de Deus.

Existe em Direito, e também nas seguradoras, uma expressão chamada “Atos de Deus” ou “divino”, acho que se chama assim. São coisas que acontecem, como por exemplo um terremoto e é um ato de Deus, chamados até por seguradoras, ou governos, aconteceu um “ato de Deus”. Um terremoto, um maremoto, um tsunami, um temporal muito forte. Por que falam que é um ato de Deus? Porque o homem não controla!

Na Nova Zelândia hoje teve um terremoto. As ruas estão com uma cratera no meio, e pergunto: dá para o homem ficar ali segurando, para não abrir o asfalto, puxando do lado? Não. porque é uma ação de Deus sobre o universo todo. Ele é quem diz quando a coisa vai acontecer. Não cai uma folha da árvore se não for da vontade de Deus. Não morre um pardal se Deus não permitir.

Ele está no controle de todas as coisas!

Quando fala de Cristo, em Hebreus, diz que Ele sustenta as coisas com a Palavra do seu poder.

Até hoje os cientistas estão procurando a partícula de Deus, como eles chamam. Porque eles querem saber por que as coisas não se misturam, por que os átomos não se misturam. Por que os átomos da minha mão direita não se misturam com os da minha mão esquerda quando bato palmas?

São átomos. Tem espaço entre eles... Por que não se misturam quando bato palma?

Poderiam se juntar numa única massa, oras. Mas como é que as mãos ficam íntegras e não se misturam, se são feitas do mesmo material, o mesmo tipo de moléculas? Quem mantém isso junto?

A palavra do poder de Cristo!

O cientista pode quebrar a cabeça, ninguém descobriu ainda como isso permanece assim.

Então, por mais que a pessoa insista que não há Deus, não queira Deus, “Ele, a esse Jesus a quem vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo”.

E quando os homens crucificaram Jesus, na verdade, isso fazia parte de um plano maior de Deus. Porque Ele enviou Seu Filho ao mundo, por várias razões e uma delas, para provar que o homem era incapaz. Como o homem foi incapaz de tomar conta das coisas, Deus manda um que seria!

Mas Deus também mostra não somente a incapacidade do homem, como também mostra que Ele é totalmente inimigo de Deus.

Quando eu falo homem, esse homem chama-se Mário, ou qualquer nome dos que estão aqui, porque todos nós nascemos inimigos de Deus. Todos nós nascemos com inimizade contra Deus, por causa do pecado que nos afastou Dele, e não havia nada em nós que pudesse desejar Deus.

Nós nascemos apartados de Deus, e não há nada no homem que busque a Deus, que deseje a Deus, que queira Deus, que anseie se submeter a Deus. O homem é rebelde por natureza.

Veja uma criança de dois anos, dê a mão para ela atravessar a rua. O que ela faz? Tenta soltar a mão. Ela quer atravessar sozinha. Ela já é desobediente e rebelde por natureza, ainda que ela não saiba disso, mas isso faz parte da essência do ser humano.

“Esse Jesus, a quem vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo“.

A crucificação de Cristo teve um outro sentido também, uma outra utilidade, que foi Ele morrer ali para pagar o pecado, para ser julgado no lugar do pecador e glorificar a Deus quanto ao pecado que arruinou a criação. Para salvar pecadores que agora creem em Jesus como Salvador.

É muito ampla a obra de Cristo na cruz e Deus O ressuscitou ao terceiro dia, como diz no versículo 32 que lemos em Atos 2: “Deus ressuscitou a esse Jesus, do que todos nós somos testemunhas“.

Mas continuando, encontramos em Romanos 14:9 outra afirmação que é muito importante: “foi para isto que morreu Cristo e tornou a viver, para ser Senhor tanto dos mortos como dos vivos”. Eu lhe pergunto, Jesus é o seu Senhor?

É a Ele que você deve obediência?

Quando você faz alguma coisa, você pergunta a Ele antes, como fez Daniel que perguntou a Deus, orou a Deus que revelasse aquele sonho impossível a qualquer pessoa saber e que Deus revelou? Talvez você vote para um prefeito da sua cidade, porque você quer ter aquela autoridade acima de você. Os americanos votaram num presidente agora, apesar de ser um sistema diferente do nosso de votação indireta, mas de qualquer forma, aqueles que não aceitaram o resultado, é porque não querem ter o que foi eleito como o senhor sobre eles nos assuntos civis e militares do país.

Quando uma pessoa vota, é porque escolhe aquele candidato sobre ela como autoridade no país.

Eu pergunto: quando você votou para escolher Jesus como Senhor da sua vida?

Porque Deus o fez Senhor. Deus deu a Ele esse senhorio. Foi para isso que morreu Cristo e tornou a viver: para ser Senhor tanto dos mortos como dos vivos. Ou seja, não escapa um!

Agora você tem nos Estados Unidos dois partidos se digladiando. Uns porque acharam bom o resultado da eleição, outros não acharam um bom resultado. E você tem pessoas com ideias diferentes, alguns com placas na mão de “Trump não me representa, Trump não é meu presidente”...

Eu pergunto: o que está escrito na sua placa? Jesus não é meu senhor?

Porque é assim que nascemos, em rebelião contra Deus. Nascemos carregando uma placa na manifestação, dizendo “Jesus não é meu Senhor, Jesus não é aquele que manda em mim”.

É isso que nós levamos na mão. É essa a placa que carregamos.

Mas Deus O fez Senhor e Cristo! Deus o fez Senhor de vivos e mortos!

E aí? Como fazemos?

Deus fez isso. Como escapar disso?

Outra passagem em Lucas capítulo 19:12, Jesus está falando: “Disse pois: Certo homem nobre partiu para uma terra remota, a fim de tomar para si um reino e voltar depois. E, chamando dez servos seus, deu-lhes dez minas, e disse-lhes: Negociai até que eu venha. Mas os seus concidadãos odiavam-no, e mandaram após ele embaixadores, dizendo: Não queremos que este reine sobre nós“.

E essa é a história de Cristo, Ele veio ao mundo, fez o que tinha que fazer aqui e morreu na cruz. Ressuscitou, foi tomar posse de um reino e avisou: vou voltar!

E nós vivemos agora, esse hiato da ausência de Jesus na Terra, no qual os homens estão com placas na mão, fazendo manifestação e dizendo “não queremos que este reine sobre nós”. E que prova demos que não queremos? Ora, na crucificação.

Ali você tinha sacerdotes, tinha partido religioso, tinha os militares, os soldados romanos, tinha os bandidos, a criminalidade representada ali e o povo em geral. Todo mundo apontando para Ele, gritando: crucifica-o! Crucifica-o! Desce da cruz, se você é filho de Deus, desce da cruz!

Será que haveria uma prova maior de que nós não queríamos que Cristo reinasse sobre nós?

Que nós não queríamos que Ele fosse nosso Senhor?

Não tem outra maneira de provar. Nós deixamos muito claro. Nós tiramos uma fotografia daquele momento. Nunca mais será esquecido aquele momento, quando o homem rejeitou o seu Criador. Por que Jesus é o criador, “No princípio era o Verbo, o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele, nada do que foi feito se fez. Ele era a luz dos homens”.

Ele é Cristo. Esse princípio, que é o Verbo, é Cristo!

Nós deixamos muito claro, “não queremos que você reine sobre nós”.

E essa manifestação continua hoje, em todas as ruas do planeta. As pessoas individualmente, cada uma com a sua plaquinha de “Jesus não é meu senhor, Jesus não me representa”.

Não queremos que esse reine sobre nós. Crucifica-o! Crucifica-o!

É isso. As ruas do mundo estão cheias de pessoas dizendo isso, todos os dias, rejeitando o senhorio de Cristo. Não queremos que Ele reine sobre nós!

Agora, o que Deus pensa disso?

Ele ri!

Se você tem uma criancinha de dois anos que olha para você com uma cara de muito valente, de entendida, desse tamainho, tão pequena, e fala: “eu não vou fazer o que você está mandando”, desafia o pai ou a mãe, você ri... Imagina, olha o tamanho da coisa que quer mandar, que acha que pode decidir sozinha. Não sabe nem o que fazer, está de fralda ainda. Não sabe nem como fazer sem fralda e ainda quer decidir as coisas.

Esse é o homem. Há uma frase que li certa vez, de um cantor brasileiro no Twitter, sobre determinado partido: “discutir política com esse pessoal é como jogar xadrez com um pombo. O pombo derruba as peças, defeca no tabuleiro e ainda sai de peito estufado, achando que ganhou a discussão”.

Assim é o homem quando olha para Deus, estufa o peito e faz tudo errado. Deixou o mundo uma tranqueira, uma ruína total. Estamos vendo todos os dias a ruína em que está o mundo; ruína política, ruína ambiental, ruína na saúde, enfim, tudo! E inda estufa o peito e fala que ele é quem manda e que não precisa de Deus: “Senhor, não preciso do Senhor”.

Não queremos que esse reine sobre nós! Este é o brado que ecoa em todo mundo até hoje.

E Deus o que faz?

Vamos a Salmos 2, versículo 1: “Por que se amotinam os gentios, (podemos traduzir na linguagem atual, porque essa manifestação toda?) e os povos imaginam coisas vãs? (Coisas que não tem sentido algum). Os reis da terra se levantam e os governos consultam juntamente contra o Senhor e contra o seu ungido, (que é Cristo Jesus) dizendo: Rompamos as suas ataduras, e sacudamos de nós as suas cordas (é isso o que o homem quer, ele não quer ser controlado por Cristo, mas mal sabe ele que está com outras ataduras, que tem outras cordas, que são as cordas de satanás) Em que noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência; Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também“, segundo lemos em Efésios 2:2. Assim é o homem, uma marionete do diabo. E ele acha que está vivendo sozinho. Acha que está tomando conta de si mesmo.

E ainda no Salmo 2: “Aquele que habita nos céus se rirá; o Senhor zombará deles“. Porque Deus olha para os homens, e fala: coitadinhos, o que é isso? Como são bobinhos, eles não sabem o que estão fazendo. Não conseguem trocar a fralda. Não têm capacidade alguma e acham que são alguma coisa. “Então lhes falará na sua ira, e no seu furor os turbará. Eu, porém, ungi o meu Rei sobre o meu santo monte de Sião. Proclamarei o decreto: o Senhor me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei. Pede-me, e eu te darei os gentios por herança, e os fins da terra por tua possessão. Tu os esmigalharás com uma vara de ferro; tu os despedaçarás como a um vaso de oleiro. Agora, pois, ó reis, sede prudentes; deixai-vos instruir, juízes da terra. Servi ao Senhor com temor, e alegrai-vos com tremor. Beijai o Filho, (falando de Cristo!) para que se não ire, e pereçais no caminho, quando em breve se acender a sua ira; bem-aventurados (ou felizes) todos aqueles que nele confiam”.

Isso é a visão de Deus, do alto.

Quando Ele olha para a humanidade, é isso o que Ele vê.

Mas Deus
tem outros laços, que os homens falam que querem sacudir, que eles não querem submissão a Deus. E que laços seriam os que Deus tem para o homem?

No capítulo 11, versículo 1, do profeta Oséias, no fim do AT, dentro dos chamados profetas menores, porque os seus livros são mais fininhos, Oséias diz: “Quando Israel era menino, eu o amei; e do Egito chamei a meu filho“. Quando fala Israel, lembre-se o seguinte, Deus pegou uma amostragem da raça humana para usar de misericórdia com essa amostra, para ver se Ele conseguia colocá-los no caminho que agradasse a Deus.

Ele não fez isso com o mundo inteiro, mas como costumamos fazer também. Se alguém por exemplo, vai plantar e chama um técnico agrícola, um engenheiro agrícola, ou agrônomo, que vai lá e faz uma amostragem do solo, ele não testa todo o solo da fazenda, mas testa um pedacinho aqui, outro lá, e sabe que tipo de adubo tem que colocar, que tipo de correção tem que fazer na terra. Deus fez isso com a humanidade; Ele pegou um pedacinho dela, que era uma tribo, uma família, a de Jacó com seus filhos formando as doze tribos de Israel, e tratou desse povo como sendo seu, chamou-os de “menina dos olhos Dele“. Não é pouca coisa ser chamado de menina dos olhos de Deus; é aquela parte do olhos onde você não deixa ninguém colocar o dedo.

Assim Deus fez com Israel.

“Quando Israel era menino, eu o amei; e do Egito chamei a meu filho. Mas, como os chamavam, assim se iam da sua face; sacrificavam a baalins, e queimavam incenso às imagens de escultura. Todavia, eu ensinei a andar a Efraim; tomando-os pelos seus braços, mas não entenderam que eu os curava. Atraí-os com cordas humanas, com laços de amor, e fui para eles como os que tiram o jugo de sobre as suas queixadas, e lhes dei mantimento“.

Esse era o povo que Deus escolheu, e o que eles fizeram?

Viraram as costas para Deus. Essa é a amostra da humanidade. O que dizer do resto da humanidade? Sem perceber que Deus nos atrai com cordas de amor. Deus quer tirar o jugo, o fardo de nós. O Senhor Jesus falou “vinde a mim todos vós que estais cansados, oprimidos e sobrecarregados e eu vos aliviarei; tomai sobre vós o meu jugo, porque eu sou manso e humilde de coração. E tereis descanso para vossas almas“, é para isso que Cristo convida. Ele não convida alguém para uma servidão de escravo e de sofrimento. Não. Ele quer o contrário, Ele quer dar a vida eterna!

E se você ficou até hoje com a sua plaquinha levantada escrita “Jesus não é meu Senhor, Jesus não me representa, Jesus não é meu salvador, eu não tenho nada a ver com ele e ele não é meu candidato”, se você viveu sempre assim, como todos nós vivemos, eu espero que hoje você jogue fora essa plaquinha e diga: Senhor salve-me.

Senhor meu e Deus meu, como disse Tomé, porque na cruz Ele morreu para pagar os seus pecados. Ele morreu como o sacrifício, que era a única maneira de Deus transformar esse homem cruel, perdido e arruinado numa nova criação, agora apta para morar na presença de Deus no céu.

Deus fez isso através da obra de Cristo, por isso que Ele morreu e ressuscitou.

Ele foi o substituto no castigo divino.

O castigo de Deus paira sobre a humanidade, como uma espada pendurada por um fio de cabelo. Cada um que crê em Cristo como seu Salvador, aceita a obra Dele na cruz. O que significa?

Que aquela espada já caiu sobre Cristo no seu lugar. Ele morreu como seu substituto, levou os seus pecados.

Mas para aqueles que não O aceitam, que querem continuar na sua posição de rebeldia e rebelião contra Deus, esse fio de cabelo que segura a espada de juízo pode se romper a qualquer momento. Primeiro pela morte, já que todos nós somos suscetíveis a morrer a qualquer momento, e uma pessoa que morre sem crer no Salvador Jesus, sem levantar uma outra plaquinha dizendo “Jesus é meu Senhor e meu Salvador”, essa pessoa morre perdida eternamente e não há mudança depois. Não há mais como mudar de lugar.

“Se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor e no teu coração creres, que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo”, escreve Paulo na carta aos Romanos. Você crê nisso? Você tem agora essa identificação com Cristo de poder dizer de boca cheia: Jesus é meu Senhor? Jesus é meu Salvador!

Porque se você é ainda daqueles que falam “o amigão lá do alto, se Deus quiser”, você não tem uma relação ainda pessoal com Cristo. Você não consegue falar da sua boca Jesus é meu Senhor, Jesus é meu Salvador. Jesus pagou na cruz por todos os meus pecados. Ele morreu por mim na cruz!

Eu espero que você saia daqui podendo falar isso. Podendo reconhecer isso no seu coração e dando testemunho disso com a sua boca.