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REJEITADO - Mario Persona

REJEITADO - Mario Persona (mp3) 
http://files.3minutos.net/evangelho/Rejeitado-MPersona.mp3



https://youtu.be/asF6cVJrLDQ

Rejeitado
Mario Persona

Essa semana alguém postou uma foto no Facebook e eu até fui conferir se não era mais um desses boatos de internet, já que muitas vezes postam mentiras, montagens etc... Tem inclusive uma foto engraçada e que eu costumo mandar quando recebo algum vídeo ou boato, alguma notícia falsa, e eu mando essa montagem que alguém fez de um tubarão, que é na verdade um cavalo. Então eu digo: “está vendo? Isso aqui é verdade, porque está na internet, então é verdade! Um tubarão de quatro patas.”

Mas essa foto que fui conferir era muito estranha; era chocante até.

Isso porque há alguns anos, houve o caso de um goleiro acusado de matar sua namorada e sumir com o corpo. Ele foi preso, julgado, condenado, mas, agora recentemente ele foi solto.

Um juiz do Supremo Tribunal Federal lhe concedeu “Habeas Corpus” para que ele aguarde os julgamentos em liberdade, pois ele tem bons antecedentes, bom comportamento e isso e aquilo.

Eu que não entendo mesmo dos âmbitos da lei, mas este homem foi solto, ainda que pese sobre ele a acusação de ter matado ou mandado matar a própria namorada.

E a tal foto que eu vi era dele no primeiro treino – ele foi contratado por um time de futebol, que inclusive perdeu seus patrocinadores por isso – e ele estava ajoelhado, dando autógrafos para um grupo de crianças; crianças que foram pedir autógrafos para este homem.

Quando eu vi isso, eu fiquei chocado e pensei se os pais dessas crianças sabem a quem elas estão pedindo autógrafo.

Mas depois eu me lembrei de um versículo. Eu vou ler e quem quiser pode verificar, mas se vocês preferirem, apenas escutem. Esse versículo é Isaías 5:20: “Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; que fazem das trevas luz, e da luz trevas; e fazem do amargo doce, e do doce amargo!”

Então, essa é uma inversão de valores e Deus diz: “ai dos que fazem isso! Dos que invertem os valores”. Logo, ai dos que consideram um suspeito de crime, suspeito de assassinato, como um herói; chegando ao ponto de pedir-lhe autógrafo.

Essa é uma inversão total de valores! É isso que nós vemos no mundo hoje e nos indignamos. Ao menos eu creio que todos acham uma situação assim bizarra.

Mas este caso não é o único. Existe um serial killer, não sei ao certo onde, se em Goiânia talvez, e este serial killer tem fãs. Há garotas que estão apaixonadas por ele. Ele matou mais de trinta pessoas; ele é um psicopata! E essas mulheres querem namorá-lo.

Há vários casos assim.

É comum acontecer isso, de pessoas que foram condenadas por crimes horríveis, estão na cadeia, e de repente são visitadas por homens ou mulheres querendo casar-se com ele ou ela.

O que acontece? Qual é a distorção que existe na mente humana para chegar a esse ponto? Em que estado estão essas pessoas?

Bom, este que vos fala não é nem um pouco diferente dessas pessoas.

Eu não fui lá pedir autógrafo, talvez por não torcer para aquele time, ou talvez por nunca ter gostado de futebol, mas quem sabe se eu gostasse né? E se eu tivesse aquele goleiro como meu herói. Quem sabe eu não estaria lá na fila para pedir autógrafo e iria, inclusive, encontrar uma razão para isso. Porque nós sempre encontramos desculpas para fazermos algo que queremos, como Judas por exemplo. Ele guardava a bolsa do dinheiro, e quando uma mulher gastou uma fortuna com bálsamo para ungir os pés do Senhor Jesus, Judas, que roubava o dinheiro da bolsa dos apóstolos, disse que “poderia ter usado aquele dinheiro para dar aos pobres”, quando na verdade sua intenção era roubar.

Nós também temos desculpas para nós mesmos.

Mas como detectar se nós seríamos assim também?

Vamos fazer um teste: vocês já viram filmes ou seriados, onde há um bandido cruel e perverso, que mata, tortura, persegue as pessoas? E tem também o mocinho, que caça esse bandido...

Depois de muitas lutas e tiroteios, para quem você está torcendo? Para o mocinho ou para o bandido?

Quem você quer que se dê bem no final?

Você dirá provavelmente: “eu estou torcendo para o mocinho!”

Está bem. Isso demonstra que você é uma pessoa razoavelmente normal.

Agora, quando o mocinho encontra o bandido e dá uma surra nele, quebra-lhe os dentes e o deixa em estado de miséria, isso se não matá-lo de maneira dolorosa, já que hoje não é mais como nos filmes antigos, onde ninguém nunca matava ninguém.

Antigamente o tiro era na mão, para derrubar a arma e só isso. E na luta também não caía o chapéu. Os dois lutavam, mas o chapéu sempre permanecia na cabeça.

Mas, em quem você apostaria, no mocinho ou no bandido?

“Ah, no mocinho.”

E se o mocinho matasse o bandido no final?

Depois de o bandido ter matado outros, de ter feito tantos sofrerem, você ficaria contente com o desfecho do filme? Ou ficaria arrasado com a morte, a condenação ou a prisão do bandido?

Se vocês forem feitos do mesmo material que eu, vocês ficarão contentes porque o bandido se deu mal.

“Bem feito! Eu queria mesmo que ele se desse mal. Queria que ele fosse preso, morto, que ele caísse do alto do prédio. Eu fiquei contente com o desfecho!”

Bom, isso demonstra que nenhum de nós tem os mesmos sentimentos de Deus na nossa natureza.

E por que eu digo isso? Quais são os sentimentos de Deus?

Esses do hino que nós cantamos, que diz assim: “que mensagem cheia da compaixão de Deus”.

Já nós não somos nem um pouco compassivos. Isso comparados a Deus.

A nossa compaixão pode variar ou depender dos nossos interesses. Nós podemos nos compadecer do mocinho, mas não do bandido.

A outra parte do hino diz: “incomparável graça, cheia do santo amor, que ao pecador perdido trouxe o bom Salvador”.

Nós talvez iríamos mandar o bom Salvador para as pessoas boas da terra e não ao pecador perdido. Porque o pecador perdido é o bandido. É o criminoso, o marginal, o mau da história.

E quando formos à Bíblia, numa passagem em Ezequiel 33:11, nós entenderemos qual é o sentimento de Deus; e isso nos faz envergonhar! Nós nos envergonhamos quando descobrimos que o sentimento de Deus está a anos-luz do nosso modo de sentir.

Em Ezequiel 33:11 diz assim: “Dize-lhes: Vivo eu, diz o Senhor DEUS, que não tenho prazer na morte do ímpio, mas em que o ímpio se converta do seu caminho, e viva”.

Epa, então eu não tenho realmente a mesma opinião de Deus a respeito do ímpio.

Porque eu quero que o ímpio morra. Que ele apanhe, vá preso no final. Já Deus fala “não tenho prazer na morte do ímpio, mas em que o ímpio se converta do seu caminho”.

Em toda forma de entretenimento, filme, novela, romance, o sentimento do expectador é sempre de que o ímpio morra. Existe um prazer secreto nisso – ou talvez nem tão secreto – quando o ímpio morre no final. Nós aplaudimos. Nos tempos antigos, havia aplausos às vezes num desfecho em que o ímpio morria no final. As pessoas aplaudiam.

Mas Deus não aplaude.

Deus não tem qualquer prazer na morte do ímpio, mas sim que ele se converta no seu caminho.

Então o que é o ser humano que não está em sintonia com Deus?

Cada um de nós, e não tem um melhor que o outro nesse aspecto, não tem! Eu creio que foi um padre ou um bispo que foi sequestrado certa vez, e depois quando foi entrevistado, ele meteu a boca no bandido. Ele queria que o bandido fosse pego e que sofresse, porque não estava certo o que fizeram com ele.

Então, não importa, pode ser alguém com a maior roupagem religiosa que, ainda assim, o desejo será de que o ímpio termine mal no final.

Deus não tem prazer na morte do ímpio. Mas, no mundo, nós temos prazer na morte do ímpio.

Quando examinamos o que Deus fez no mundo, quando o ser humano caiu em pecado lá no Éden e Eva caiu na tentação de Satanás, tendo comido ela, e Adão depois também, do fruto que Deus proibiu que fosse comido. Eles comeram e então entrou o pecado no mundo.

O pecado é basicamente a rebelião. É esse instinto que temos de auto-suficiência, de querermos ser donos de nossos próprios narizes. Esse é nosso desejo; desde pequenos, desde que nascemos.

E Deus vendo essa situação no mundo quis salvar, quis tirar o homem dessa condição. Ele quis resgatá-lo e para isso Deus precisou traçar uma estratégia, que era também impensável: Deus tinha que acabar com o homem.

Ele tinha que encerrar aquela criação porque ela estava defeituosa. Era preciso sucateá-la.

Eu me lembro uma vez – tempos de faculdade de arquitetura – em que nós fizemos uma visita a um aterro sanitário em São Paulo. E essa visita impressionou a todos nós estudantes, ainda jovens na época, enfim, aquilo impressionou demais.

Primeiro um caminhão chegou, basculou a caçamba e sabonetes caíram. Todos embrulhadinhos. Mas eles estavam todos amassados e já não serviam para a venda, porque ninguém os compraria assim.

As fábricas, em casos assim, mandam o produto para descarte no aterro sanitário e lá toda a carga a ser descartada é coberta de terra.

Na nossa cabeça de jovens, nós pensávamos: “poxa, mas o que é isso? Desperdício! Por que não dar os sabonetes aos pobres?”.

Muito simples: porque se os sabonetes forem dados aos pobres, todos eles não vão comprar sabonete e com isso haverá um impacto na economia do mercado de sabonetes.

Dentro de uma sociedade capitalista isso não funciona.

Por isso, dos tempos da crise do café – e o Brasil era um grande exportador de café – naquela orla da praia em Santos, que era cheia de palacetes, sobraram apenas alguns que viraram museus ou algo assim. Porém a maioria foi demolida.

De todo modo, ali era uma avenida de palacetes, como era a avenida Paulista; tudo graças à economia do café.

Entretanto, quando quebrou o mercado, faziam montões de café em Santos e ateavam fogo. Os próprios produtores faziam isso em suas lavouras.

E faz-se isso também com trigo, com feijão, soja; ateia-se fogo. E por que?

Porque não se pode despejar aquilo no mercado, senão a economia será fortemente abalada.

Nós, porém, ficávamos indignados. Nós não entendíamos essas coisas ainda. O jovem é muito romântico né?

O jovem acha que o mundo funciona na base do romantismo. Só que não é assim.

De qualquer maneira, se nós já estávamos chocados com o descarte dos sabonetes, pior foi quando uma combi chegou; ela estava cheia de latões, e os caras da combi arrastaram esses latões para fora e quando eles os tombaram, caiu uma bola amarela no chão e, de repente, essa bola começou a se mexer. Pintinhos corriam para todo lado.

Aqueles latões estavam cheios de pintinhos.

Os que estavam embaixo já estavam mortos, mas os de cima estavam vivos e quando eles caíram no chão, eles começaram a correr... Mas logo veio a máquina, empurrando terra em cima deles, e todos foram rapidamente soterrados.

Nós fomos de pronto tomar satisfação com o motorista:

- Que crime! O que é isso?

- Não; isso é uma granja que só produz pintinhos. Ela não tem nem ração. Os ovos são chocados e os pintinhos são vendidos.

Porém, a demanda era pouca, pintinhos acabavam sobrando e eles precisavam descartar essa sobra.

E Deus precisou fazer isso com o ser humano...

Como Ele fez isso?

Bem, numa primeira tentativa, Ele fez isso com o dilúvio.

Nessa ocasião, Ele salvou apenas uma família: o casal com seus três filhos e suas respectivas esposas. Então Deus começou de novo; Ele deu um “start” outra vez e reiniciou o “computador da humanidade”. Ele deu outra chance ao homem e o que aconteceu?

Não deu muito certo não né? Está aí o mundo que nós conhecemos hoje...

Deus então escolheu uma nação – como é feito em laboratório, exames e tudo mais e retira-se uma amostragem daquele objeto a ser investigado. Então com base nessa amostragem, obtém-se os resultados para todo o objeto analisado – Israel foi essa amostra. E Deus deu a esse povo todas as melhores condições para que eles representassem Deus na terra. Para que Eles fossem felizes, abençoados. Deus os protegeu de modo indizível. Ele os protegeu de forma incríveis: enviou anjos, abriu o mar para libertá-los da escravidão do Egito, enfim.

E o que esse povo fez?

Esse povo mostrou os dentes, mostrou quem realmente eles eram.

Porque eles eram uma amostra da humanidade e representavam todos os povos.

Eles então mostraram que nós, seres humanos, somos piores do que qualquer outra coisa.

O ser humano é pior que os animais e uma passagem que podemos ler está em Isaías 5:8:

“Ai de vocês que adquirem casas e mais casas, propriedades e mais propriedades até não haver mais lugar para ninguém e vocês se tornarem os senhores absolutos da terra. O Senhor dos Exércitos me disse: "Sem dúvida muitas casas ficarão abandonadas, as casas belas e grandes ficarão sem moradores.”

Ele estava falando aqui de Israel.

Ele referia-se a essa amostragem da raça humana.

Versículo 10: “Uma vinha de dez alqueires só produzirá um pote de vinho, um barril de semente só dará uma arroba de trigo. Ai dos que se levantam cedo para embebedar-se, e se esquentam com o vinho até à noite. Harpas e liras, tamborins, flautas e vinho há em suas festas, mas não se importam com os atos do Senhor, nem atentam para obra que as suas mãos realizam. Portanto, o meu povo vai para o exílio, por falta de conhecimento; a elite morrerá de fome, e as multidões, de sede. Por isso o Sheol aumenta o seu apetite e escancara a sua boca. Para dentro dele descerão o esplendor da cidade e a sua riqueza, o seu barulho e os que se divertem.”

Deus falando de juízos que Ele enviaria a esse povo de Israel.

O povo mais privilegiado da terra tornou-se o povo mais perseguido da terra.

Nunca houve um povo tão perseguido como os judeus.

Basta estudar história para constatar que eles sempre foram perseguidos, que toda a culpa era atribuída a eles e eles são efetivamente culpados de rejeitar o Cristo, o próprio Messias deles...

Mas quando vamos para Jeremias, capítulo 5, nós encontramos no versículo 7 o seguinte: “"Por que deveria eu perdoar-lhe isso? Seus filhos me abandonaram e juraram por aqueles que não são deuses. Embora eu tenha suprido as suas necessidades, eles cometeram adultério e frequentaram as casas de prostituição. Eles são garanhões bem-alimentados e excitados, cada um relinchando para a mulher do próximo. Não devo eu castigá-los por isso? ", pergunta o Senhor. "Não devo eu vingar-me de uma nação como esta?”.

Deus faz uma pergunta retórica aqui, porque a resposta é sim. Claro.

Claro que vai ter que vingar-se de uma nação como esta, que é a amostragem da raça humana.

E agora, no capítulo 8 de Jeremias, versículo 5: “Por que será, então, que este povo se desviou? Por que Jerusalém persiste em desviar-se? Eles apegam-se ao engano e recusam-se a voltar. Eu ouvi com atenção, mas eles não dizem o que é certo. Ninguém se arrepende de sua maldade e diz: "O que foi que eu fiz? " Cada um se desvia e segue seu próprio curso, como um cavalo que se lança com ímpeto na batalha.”

E Deus vai então falar do estado lastimável deles; pior que os animais...

Versículo 7: “Até a cegonha no céu conhece as estações que lhe estão determinadas, e a pomba, a andorinha e o tordo observam a época de sua migração. Mas o meu povo não conhece as exigências do Senhor. " ‘Como vocês podem dizer "Somos sábios, pois temos a lei do Senhor", quando na verdade a pena mentirosa dos escribas a transformou em mentira?”

Deus traz uma série de reprimendas e diz também que julgará e condenará esse povo pela sua infidelidade; pelo seu pecado.

E como Deus faria diante dessa situação?

Após escolher um povo como amostragem da raça humana, após esse povo então falhar miseravelmente, no ápice da sua perversão, eles crucificaram o próprio Messias prometido por Deus.

O que Deus fará com um povo desse?

Tem que exterminar.

E se esse povo representa toda a raça humana, é preciso exterminar toda a raça humana.

É preciso começar do zero.

E Deus fez isso.

Você pode pensar como? Se nós estamos aqui ainda?

Sim, Deus fez isso.

Quando Cristo veio ao mundo, Ele veio e foi rejeitado definitivamente. Ele, que era a última chance da humanidade: Jesus, o Filho de Deus.

Ele foi rejeitado, pregado numa cruz e ali na cruz, Ele tomou sobre si os nossos pecados. Ali Ele foi feito pecado por nós. Ali Ele passou três horas em trevas absolutas, sofrendo a penalidade pelo pecado do ser humano. E ali, Deus deu um fim Nele. Ali Ele entregou a sua vida. Ali Ele morreu.

Aquele homem perfeito, tomando o lugar do pecador imperfeito, morreu.

E o que significa aquela morte na cruz?

Deus estava exterminando a raça humana em Cristo.

Na pessoa de Cristo, substituto de todos os seres humanos, Deus botou um fim na raça humana.

A maneira de Deus exterminar o homem dessa vez foi diferente do dilúvio; já que lá morreram todos os incrédulos e Deus permitiu a uma família, pela fé em crer no que Deus havia dito, salvar-se na arca. Mas agora, nem arca tinha.

Deus botou um fim à raça humana para começar uma nova raça.

E essa nova raça começa em Cristo.

Morto? Não!

Ressuscitado!

Quando Ele ressuscita, Ele O faz como o primeiro exemplar, como o protótipo de uma nova raça. Uma raça criada segundo os céus e não mais segundo a terra.

Adão foi criado da terra para a terra. Adão foi criado para viver na terra.

Essa nova raça de seres humanos que Deus criou em Cristo, por sua vez, foi feita para viver no céu; foi feita para viver na eternidade. Feita para ter um corpo de carne e ossos, mas habitar ainda assim, num corpo de carne e ossos e glorificado, nos céus.

Dá para entender isso?

Não. Não dá.

Mas é isso que a bíblia ensina.

E esse mesmo Jesus, tão repudiado pelos homens e muito mais castigado nas mãos de Deus, por ter sido feito pecado por nós, por representar ali toda a humanidade, Ele hoje está vivo nos céus.

Ele está convidando as pessoas a crerem neste sacrifício, nesta obra que Ele consumou na cruz, para poderem fazer parte dessa nova raça. Para poderem nascer de novo como seres de uma raça celestial.

A gente sempre vê romances e filmes de ficção sobre alienígenas, vivendo no espaço, mas na realidade, a verdade é muito mais incrível, fantástica e maravilhosa do que qualquer ficção científica. Porque Deus tem sim um povo que vai habitar na eternidade, um povo imortal e que vai viver nos céus com um corpo de carne e ossos. E o primeiro dessa linhagem é Cristo.

Deus não tinha mais o que fazer com a raça humana.

E como eu falei naquele teste que eu fiz aqui, eu acho que todos torceram para que o bandido morresse. E isso mostra que a nossa natureza, por mais enfeitada que ela seja de religião, costumes, política, na hora do aperto né...

Eu me lembro de um colega que dizia: “tudo vai bem até entrar dinheiro no assunto”.

Quantos casos de família, de irmãos amigos, contentes e felizes, mas que, na hora de dividir a herança, brigam, discutem, se matam até... Entrou dinheiro agora. Caiu toda a máscara de moral e de bons costumes e apareceu o que o homem é na realidade.

Portanto não existe – atentem bem para isso – não existe solução cosmética para o ser humano.

Não adianta tentar maquiá-lo como se faz com defuntos, por exemplo, e se o rosto foi deformado num acidente, eles esculpem um rosto perfeito com cera, pintam, passam cosméticos, etc.

Os homens conseguem fazer isso para deixar uma boa impressão e é isso que a religião também faz.

A religião pega o ser humano, todo arrebentado pelo pecado, e dá uma maquiada nele...

“Agora está bom. Está bonito. Agora está parecendo justo... Está parecendo educado. Acho que vai pro céu desse jeito...”. Não vai!

Não vai porque Deus decretou o fim do ser humano.

Em Romanos 3:23, lemos que “todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus”.

Isso não isenta homem nenhum. Todos pecaram!

Será que você está incluso entre esse “todos”?

Será que você diz de si mesmo: “eu também pequei. Eu também sou pecador e mereço a condenação!”?

Uma outra passagem em Romanos 1:23 diz: “ E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis”.

Isso chama-se idolatria. Deus acusando o homem de tê-Lo substituído.

Então você vai dizer: “ah, realmente. Fizeram essas imagens de animais, de vaca, de cobra, para adorar essas coisas...”.

Porém não é disso que está sendo falado aqui.

Todas essas coisas de fato os homens fizeram, mas aqui diz que Deus foi transformado em homem pelos homens.

Então, os homens adoraram mais a criatura do que o criador, que é bendito eternamente.

Os homens fizeram de si mesmos seus próprios deuses.

E nós estamos acostumados a ver isso. Existem os ídolos do cinema, os ídolos da música, não é mesmo? Ídolos do esporte... E você vai lá pedir autógrafo para o seu ídolo do esporte; e isso independente da condição moral ou até criminal dele. Você pede autógrafo. Ele é seu ídolo.

Os homens escolheram adorar, venerar, idolatrar o próprio ser humano.

O humanismo é exatamente isso.

O humanismo de hoje em dia, que coloca o homem no centro do universo.

E se tiver algum deus na história, é só um acessório para você sentir-se bem na hora da necessidade ou da dificuldade. Algum ser superior, uma energia cósmica que vai ajudar você, etc, enfim, aquelas bobagens todas do exoterismo, da nova era, mas não o Deus pessoal.

A bíblia fala de um Deus pessoal, um Deus que sente, que ama e que realmente sentiu tanto, a ponto de vir ao mundo, de pisar aqui nesse chão.

Vamos abrir uma passagem em 1 Pedro, capítulo 1, versículo 3: “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo que, segundo a sua grande misericórdia, nos gerou de novo (o quê que é isso? “Nos gerou de novo”? Pedro está escrevendo para pessoas salvas por Cristo Jesus; pessoas que se converteram a Cristo. Pessoas que um dia perceberam e reconheceram-se pecadoras. Pessoas que entenderam que nunca se salvariam a si mesmas. Por mais religião, maquiagem ou boas obras que fizessem, elas entenderam que isso não mudaria a natureza pecaminosa dentro delas. Então elas creram em Jesus e nasceram de novo pela fé. É para esses que Pedro escreve aqui. Ele não escreve para pessoas no estado natural de perdição. Ele escreve para pessoas regeneradas, geradas de novo! Isso já aconteceu com você? Você já foi gerado de novo? Você já é nova criatura em Cristo Jesus?) para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos”.

É aquilo que eu falei, de uma nova raça humana que tem seu início na ressurreição de Cristo de entre os mortos.

Não há qualquer esperança para quem está na antiga raça, na raça humana de Adão.

Somente para a nova raça, gerada de novo, é que há esperança agora, uma viva esperança, conforme falado no versículo 3, pela ressurreição de Jesus Cristo.

E o versículo 4 fala de uma “herança incorruptível, incontaminável, e que não se pode murchar, guardada nos céus para vós”.

As heranças aqui na terra são corruptíveis, podem murchar... Começa pela nossa saúde né?

Veja como está o seu corpo.

Eu falo aos mais velhos agora, como eu. Você está no mesmo pique de quando era jovem?

De maneira nenhuma.

Estamos todos cada vez pior. A velhice vai chegando e você sente o peso da idade.

Os jovens podem dizer que estão novos. Sim, de fato estão. Por enquanto... Por enquanto.

Mas não existe Cinderela da vida real.

1 Pedro 1:5: “ Que mediante a fé estais guardados na virtude de Deus para a salvação, já prestes para se revelar no último tempo, Em que vós grandemente vos alegrais, ainda que agora importa, sendo necessário, que estejais por um pouco contristados com várias tentações, Para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece e é provado pelo fogo, se ache em louvor, e honra, e glória, na revelação de Jesus Cristo; Ao qual, não o havendo visto, amais; no qual, não o vendo agora, mas crendo, vos alegrais com gozo inefável e glorioso; Alcançando o fim da vossa fé, a salvação das vossas almas”.

Percebe então que a salvação não vem por outra coisa senão pela fé?

Alguém aqui já viu Jesus? Já se encontrou com Ele na rua e conversou com Ele pessoalmente?

Não, não viu. Eu não vi pelo menos, com os olhos da carne não vi.

Porque a salvação é pela fé. É crer no não visível.

E aqui diz isso; “não havendo visto, amais”, “alcançando o fim da vossa fé, a salvação das vossas almas”, ou seja, alcançando a consequência da fé, que é a salvação.

Agora, veja que coisa preciosa no versículo 10: “Da qual salvação inquiriram e trataram diligentemente os profetas que profetizaram da graça que vos foi dada, Indagando que tempo ou que ocasião de tempo o Espírito de Cristo, que estava neles, indicava, anteriormente testificando os sofrimentos que a Cristo haviam de vir, e a glória que se lhes havia de seguir. Aos quais foi revelado que, não para si mesmos, mas para nós, eles ministravam estas coisas que agora vos foram anunciadas por aqueles que, pelo Espírito Santo enviado do céu, vos pregaram o evangelho; para as quais coisas os anjos desejam bem atentar”.

Isso tudo mostra o seguinte: que no Antigo Testamento, Deus tinha profetas que falavam que viria Um e que Ele seria a solução divina para todas as coisas. Que Ele sofreria os sofrimentos que a Cristo haviam de vir, mas que seria glorificado. Esse é o Evangelho puro! Deus encontrando o homem perdido, numa condição lastimável e irreparável; sem conserto! O homem pronto para ser sucateado e despejado no aterro sanitário! Esse homem estava destinado a ser eliminado. Deus colocando um fim no homem para recomeçar tudo a partir de um outro homem.

De um homem nós viemos: Adão. E de um outro homem agora vem a nova criação: de Cristo.

Em quem você está? Em Adão, ou em Cristo?

É isso que vai fazer toda a diferença.

Será que você pode dizer de você mesmo que você foi gerado de novo? Para uma viva esperança pela ressurreição de Jesus Cristo de entre os mortos?

Você foi gerado de novo?

Você sabe como se deu isso?

Você sabe quais são as evidências de que você foi gerado de novo?

Você um dia creu em Jesus como seu Salvador? Agarrou-se a Ele como se fosse a última corda da salvação?

Eu me lembro sempre daquela história do catador de ovos na costa britânica, onde tem uns penhascos muito altos e que dão para o mar. E ali os pássaros fazem seus ninhos entre as cavidades desses penhascos.

Os catadores de ovos desciam esses penhascos com cordas, sentados numa balancinha, e carregando uma cesta que eles enchiam com os ovos. E um dia um deles desceu sozinho e ele viu um ninho com muitos ovos, mas ali o penhasco tinha uma reentrância e ele não alcançava o ninho. Então ele viu um cantinho onde ele poderia ficar em pé. Ele balançou a corda para dar impulso até chegar nessa plataforma onde ele poderia ficar de pé e então alcançar o ninho. E quando ele saltou para a rocha, ele soltou a corda.

Naquele momento toda a vida dele se passou em sua mente, quando ele viu a corda indo embora.

E ele precisava tomar uma decisão muito rápido. Porque a corda voltaria, porém não tão perto do penhasco e depois mais uma vez ela voltaria, como um pêndulo, e cada vez mais distante do penhasco, até que a corda pararia totalmente longe dele. E ele morreria ali, já que ninguém sabia que ele estava lá.

Então num momento de lucidez, ele saltou no abismo quando a corda fez a sua primeira volta; a única que ele conseguiria alcançar num salto, pois na próxima já ele não alcançaria. Ele saltou e agarrou a corda e isso salvou a sua vida.

Isso é fé: em um momento você salta num abismo desconhecido, crendo num Jesus que você nunca viu. Você salta crendo numa salvação prometida nas páginas das Escrituras e que você não sabe se vai dar certo, já que não tem nenhuma garantia visível, palpável para você. Mas você salta mesmo assim. Você salta, agarra-se e diz: “eu creio! Eu creio que Jesus morreu por mim na cruz e que pagou os meus pecados!”. Então você tem a salvação.

Só depois é que você vai saber...

Se alguém perguntasse àquele homem antes de saltar se ele sobreviveria, ele diria que não sabe. Mas se perguntassem depois de ele ter saltado, então ele diria: “tenho certeza agora!”. Percebe?

Assim é o salvo por Cristo.

Você vai dizer que você foi gerado de novo; que você foi gerado para uma viva esperança e não para uma coisa “talvez, quem sabe”, não! Uma viva esperança.

Você foi gerado para uma viva esperança. Uma herança incorruptível, incontaminável, que não se pode murchar e guardada para você nos céus.

Você terá tudo isso, de pronto, garantido a você pela Palavra de Deus.

Ainda que por enquanto, neste mundo aqui, sejamos contristados com várias tentações e provações, mas cremos Naquele que não vimos e temos a salvação eterna garantida por Ele.

“Coisas que os anjos anelam atentar”. Por que?

Por que os anjos estão tão interessados nessa história toda?

Porque para anjo que não caiu, ele não sabe o que é ser um pecador e ser salvo.

E os anjos que caíram, que se rebelaram contra Deus, eles não sabem o que é ser um pecador salvo, já que para eles não há salvação. Eles nunca serão salvos.

Então os anjos – e há anjos aqui agora. Com toda certeza há. Observando essa pregação do Evangelho. Assim como há anjos em todos os lugares onde a Palavra de Deus está sendo pregada – eles estão atentos. Para eles isso é maravilhoso!

Será que é maravilhoso para você também?

Isso que move os anjos a se interessar por este assunto, será que isso move o seu coração também a se interessar por Cristo, o seu Salvador?

O que eu sugiro a você agora é que você agarre essa corda.

“Fostes resgatados (vai falar mais adiante neste mesmo capítulo) com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado”. É essa a certeza e a segurança de alguém que fará parte de uma nova criação em Cristo Jesus, onde há vida e não morte daqueles que estão em Adão.