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Quem e' Jesus? O que veio fazer? - Mario Persona

Quem é Jesus? O que veio fazer? - Mario Persona (mp3)
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https://youtu.be/VqvLhkG0UrA

Quem é Jesus? O que veio fazer?

Mario Persona

Existem sempre dois lados para todas as coisas. Eu me lembro de quando fazia arquitetura e depois também atuando um tempo como arquiteto, nós entendíamos que o cliente tem desejos e que nós devemos respeitar e entender as necessidades do cliente para então trabalhar em cima disso. Porém, nem sempre o cliente sabe o que ele realmente precisa. Muitas vezes as pessoas vinham com alguma ideia e depois elas até agradeciam por não ter sido daquela forma como elas queriam; elas entendiam que se tivesse sido da maneira que desejavam, elas gastariam mais, que o resultado final não seria tão bom, enfim, havia o lado do cliente e o lado do arquiteto tentando alinhar tudo isso. Com Deus não é muito diferente. Existem as necessidades que o homem acredita ter, e existem aquelas necessidades que Deus de fato sabe que o homem precisa.


No caminho para cá eu sempre passo numa rua perto de casa, onde tem uma escola de budismo ou algo assim, e apesar da chuva forte que estava agora há pouco, na hora que eu passei por lá, a rua estava cheia de carros e muitas pessoas estavam ali. Eu, há 40 anos, muito provavelmente estaria lá também, porque eu estava envolvido em todas essas religiões orientais e o budismo é muito confuso. Existem muitas vertentes budistas e você nunca sabe ao certo qual seguir.
Mas uma coisa eu aprendi: não havia certeza de coisa alguma.
Trata-se de uma busca, uma tentativa de atender às necessidades humanas nesta vida e só.
Quando o assunto era o pós-morte, tudo era sempre muito vago... Alguns creem na reencarnação, em carmas e etc., outros creem que não há Deus, ou creem que as pessoas tornam-se uma espécie de “coletivo não pessoal”, enfim, é algo muito confuso.
De qualquer forma, não existe a certeza de vida eterna para eles.
Se você perguntar a uma pessoa assim o que aconteceria a ela caso ela morresse naquele mesmo momento, a resposta provavelmente será: “ah, eu acho que eu vou ao além. Vou me aperfeiçoar, depois eu volto...”. Nenhuma certeza de vida eterna. Nada.

Eu gostaria de falar hoje sobre esses dois lados da necessidade humana: o que o homem acha que precisa e o que Deus acha que o homem precisa. Para isso, vamos ver uma passagem de João 11 e aproveitando esta passagem, nós entenderemos quem é Jesus e também entenderemos o que Jesus veio fazer aqui.
Este é outro ponto... Se perguntarmos na rua, fizermos uma enquete sobre quem é Jesus, vamos ouvir um monte de opiniões.
Talvez alguns achem que Ele é um mestre como foi Buda, mais ou menos no mesmo parâmetro e tudo mais.
E se perguntarmos o que Jesus veio fazer aqui, também ouviremos muitas opiniões, mas a maioria dirá que Ele veio nos ensinar o caminho a seguir, assim como Buda ou tantos outros mestres de religiões orientais.
Neste capítulo 11, nós temos três pessoas envolvidas: Lázaro, Maria e Marta, que são irmãs de Lázaro. Eles moram em Betânia, numa cidade próxima de Jerusalém e na casa deles o Senhor Jesus costumava se hospedar. Às vezes, Ele saía de Jerusalém para dormir em Betânia, na casa de Lázaro, onde estavam também Maria e Marta. E aqui o Senhor Jesus recebe uma notícia de que Lázaro estava enfermo, no versículo 3: “Senhor, aquele a quem amas está doente. Ao ouvir isso, Jesus disse: Essa doença não acabará em morte; é para a glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por meio dela".

Essa semana alguém me perguntou por que Deus permite alguém nascer cego doente. Qual a razão de Deus permitir isso?
Eu deixei claro que a razão é o pecado, que surgiu lá atrás por meio de nossos ancestrais Adão e Eva, contaminando toda a criação de Deus.
É mais ou menos como se Adão e Eva tivessem morado em Chernobyl e depois toda a descendência desse casal viesse defeituosa. Alguém poderia dizer que não tem culpa de ter nascido com algum defeito e, de fato, esse indivíduo não carrega a culpa original, foram os pais que moraram em Chernobyl. Mas agora a pessoa nasceu com defeito, o DNA foi comprometido e ela sofre as consequências do ato praticado pelos pais.
Entretanto, com o passar do tempo, esta mesma pessoa mostrará que também praticaria o mesmo ato que os pais praticaram. Ela faria a mesma escolha que eles fizeram. Isso é inerente ao ser humano; o mal está no ser humano.

Mas quando então o Senhor fala que “essa enfermidade não é para a morte, mas para a glória de Deus”, é porque Deus ainda quer salvar, apesar de o mundo estar arruinado pelo pecado. Ele não quer remendar as coisas, mas Ele quer tornar o ser humano nova criação.
Esse é o desejo de Deus: fazer algo totalmente novo com o homem.
Para mostrar o Seu poder em fazer algo completamente novo com o homem, Ele vai aqui trabalhar em Lázaro; Lázaro, um homem que está doente, e nós conhecemos a história, sabemos que ele vai morrer apesar de o Senhor Jesus dizer que a enfermidade não é para a morte, todavia ele morre.
Deus tinha um objetivo para cumprir na vida de Lázaro e também de todos os que testemunhariam o que aconteceria com Lázaro e para nós também aqui, dois mil anos depois, Deus seria glorificado naquilo que aconteceria com Lázaro.

É mais ou menos como a história do cego de nascença: “Mestre, quem pecou? Este ou seus pais para que nascesse cego?”.
Um espírita ou um budista diria: “ah, ele pecou numa outra encarnação!”. Ou então diriam: “ah, os pais tem um carma e vão ter que sofrer e cuidar de um filho cego por toda a vida!”.
Mas o Senhor Jesus responde: “nem ele e nem seus pais pecaram. Isso aconteceu para a glória de Deus”. Ele curaria então o cego e Deus seria glorificado.

Quando o Senhor Jesus escuta que Lázaro está enfermo, no versículo 5 diz que o Senhor Jesus amava Lázaro e suas irmãs. Ele tinha uma grande afeição por essas pessoas.
Aqui então nós temos aquele “lado arquiteto x lado cliente”, vamos chamar assim. O “lado arquiteto” é aquele que sabe como fará o projeto, que sabe como definir uma solução para estes clientes aqui, mas ao mesmo tempo, os clientes estão pensando numa outra solução. Eles estão pensando na cura de Lázaro e não que ele morra.
Mas o Senhor conhece e enxerga a coisa muito além disso.
No versículo 6: “No entanto, quando ouviu falar que Lázaro estava doente, ficou mais dois dias onde estava”.
Mas espera, não era pra Ele sair correndo pra lá? É uma situação de urgência. Se tivesse uma ambulância, era o caso de sair nela tocando a sirene até Betânia para salvar Lázaro.
Ele faz algo semelhante com aquela mulher que padecia de um fluxo de sangue... Ele estava a caminho de curar uma menina moribunda e uma mulher O toca no caminho e Ele para e conversa com a mulher. Alguém poderia dizer para Ele: “Senhor, o Senhor esqueceu que tem um compromisso? Aquela menina morrendo. Como o Senhor para no meio do caminho?”.
E Ele iria curar aquela mulher e também iria resolver depois o problema da menina.
Nós estamos falando de alguém que é totalmente diferente de tudo e de todos.

Se você perguntasse a qualquer pessoa quem é Jesus, você ouviria: “ah, Ele é um grande mestre. Um grande filósofo. Um homem que deu um grande exemplo. Foi um mártir, como Tiradentes...”.
Vão achar que é isso.
Ou, se você perguntar a algum espiritualista ou exotérico, ele dirá que Jesus é um espírito elevado, que já estava em seus últimos planos de reencarnação...
Ou, se você perguntar a algum desses pertencentes às teorias conspiratórias, ele diria que Jesus era um E.T., que veio ao mundo para ensinar como se deve viver, ou algo assim.
Você poderia ouvir um monte de coisas.
De todo modo, a realidade de capa a capa da Bíblia é: Ele é Deus!
Ele é Deus e homem! E não 50% Deus e 50% homem; Ele é 100% Deus e 100% homem.
Até então, Deus nunca tinha sido homem. Até que Ele viesse ao mundo para nascer como um homem, gerado pelo Espírito Santo no ventre de Maria, nunca Deus tinha sido homem.
Imagine um escritor que começa a escrever um romance e de repente ele fica tão apaixonado pela personagem criada, que ele decide entrar neste romance.

Então o que ele faz? Ele cria uma personagem que é ele!
Quem conhece um pouco de literatura sabe que muitos escritores fazem isso. Em alguns de seus romances, o próprio escritor é um personagem porque ele quer participar daquilo.
E Cristo fez isso. O Filho de Deus queria participar disso aqui. Ele queria entender, conhecer, saber o que é ser homem. Ele queria saber o que é humanidade.
Isso é algo que Ele não sabia, por incrível que pareça.
Deus sabe tudo? Sim, Ele sabe tudo.
Mas Ele nunca tinha experimentado ser homem; com todas as fraquezas de um homem, entretanto, continuando a ser Deus, com todo o poder, majestade e glória de Deus.
Nós vamos entender isso?
Jamais! Não cabe na nossa cabeça.
Mas é isso que a Bíblia ensina.

Então Ele vai se atrasar dois dias, e depois quando Ele fala que ele iria para a Judéia, no versículo 7, os seus discípulos dizem: “Mestre, ainda agora os judeus queriam apedrejar-te, e tornas para lá?”. Ao que Jesus respondeu: “Não há doze horas no dia? Se alguém andar de dia, não tropeça, porque vê a luz deste mundo; Mas, se andar de noite, tropeça, porque nele não há luz” (João 11:9).
Isso parece uma xarada, mas o que Ele está dizendo basicamente é o seguinte: Deus é luz. Trevas é ausência de luz. Luz é perfeição. Trevas é imperfeição; é pecado. Trevas é mal. Luz é bem.
O que Ele estava dizendo é que alguém que anda de dia não tropeça.
E quem é que anda de dia?
Quem não tem pecado.
Mas quem não tem pecado? Todo ser humano tem. Mas Ele não!
O assunto aqui era o seguinte: “querem te matar. Se voltarmos, eles vão te matar!”.
Não, não vão. Porque quem anda de dia não tropeça.
Agora quem está falando isso não é alguém que tinha luz. É a própria luz quem estava falando isso: “Eu sou a luz do mundo”, o Senhor Jesus falou.
Ele é a luz!

É interessante que quando nós comparamos com mestres, filósofos, etc., nenhum deles poderia afirmar o que Jesus afirmou: “Eu sou a luz; eu sou a porta; eu sou o caminho; eu sou a verdade; eu sou a vida”. Ele fala várias vezes “Eu sou”. No Evangelho de João me parece que são sete vezes: “Eu sou... Eu sou... Eu sou...”, coisas que nenhum homem é.
Quem pode dizer que é a luz? Seria uma pretensão muito grande.
Quando alguém é apresentado a Jesus, ele fica num “trilema”. E qual é o trilema?
Ou Ele era um farsante, que estava mentindo e enganando todo mundo, ou Ele era um lunático, ou Ele era realmente tudo o que Ele afirmava ser: Deus e homem.

Então uma pessoa que não crê que Jesus seja Deus e homem, ela vai ter que escolher uma dessas opções: Ele mentia, ou Ele era alguém que não estava bem da cabeça.
Qualquer pessoa sincera que tenha que enfrentar este “trilema”, terá de crer que Jesus é sim Deus e homem. Porque seria impossível uma pessoa honesta dizer “eu sou a luz; eu sou o caminho; eu sou a vida”, talvez ele dissesse: “eu vos mostrarei a luz, o caminho, a vida”, mas não diria ser corporalmente isso, ser o Verbo de Deus, ser a própria ação criativa de Deus.
Deus falou e as coisas surgiram: “No princípio era o Verbo e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus”. Todas as coisas foram feitas por Ele, pelo Verbo, e não existe nada que não tenha sido feito por Ele.

Mas, de repente alguém fala: “ah, mas ele não era. Ele foi criado. Deus o criou”.
Ok, então, se todas as coisas foram feitas por Ele, e sem Ele nada do que foi feito se fez, fala no primeiro capítulo do Evangelho de João, teria Ele criado a si próprio?
Não. Jesus é Deus.

Existe uma trindade: Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo, que na eternidade, quando nada existia, quando coisa alguma havia, absolutamente nada, a trindade de Deus tinha algo nela que é intrínseco a Deus e que já era ativo na eternidade. E esse algo ativo na eternidade chama-se amor. Naquela eternidade de três pessoas divinas, já existia o amor ativo: o Pai ama o Filho, e nós vamos aprender isso nos Evangelhos.
E este amor não surgiu quando Jesus era homem; ele já existia na eternidade, porque Deus é amor.
Esse mesmo Deus, que enviou Seu Filho ao mundo, na forma humana agora, Ele vai lidar com essa situação de Lázaro.
Ele que não podia ser morto e por isso Ele fala: “quem anda na luz não tropeça e quem anda em trevas tropeça”, por quê?
Porque Ele não tinha pecado.
Ele não tinha trevas algumas em si mesmo.
Deus é luz e Nele não há trevas, então era impossível Ele tropeçar, assim como era impossível Ele ser morto.

Ainda que houvesse um batalhão esperando por Ele na porta da cidade, para pegá-Lo e matá-Lo, eles não conseguiriam fazê-lo. E há algumas passagens em que fariseus e líderes judeus tentam cercá-Lo e pegá-Lo e é dito simplesmente que Jesus passou pelo meio deles.
Mas como passou pelo meio deles?
Ele é Deus e ninguém encostaria num fio de cabelo Dele enquanto não fosse a hora que Ele se daria em sacrifício.
E quando Ele chega até a cruz, Ele não morre no sentido de ser morto por outros; Ele morre no sentido de dar a sua própria vida. Uma habilidade, um poder que Ele tinha e que nenhum homem tem. Ninguém consegue morrer na primeira pessoa. Ninguém tem o poder de conjugar o verbo morrer em primeira pessoa.
Então, embora Ele não pudesse ser morto por ninguém, Ele podia entregar a sua vida.
Às vezes aparecem essas reportagens, normalmente em época de semana santa, onde eles entrevistam alguém que explica que Jesus teve embolia, que ficou tanto tempo na cruz e isso ou aquilo, mas a Bíblia diz claramente que Ele deu a sua vida. Ele não foi morto.
Ele não estava sujeito à morte porque não havia trevas algumas Nele.

Agora no versículo 11 de João 11: “Assim falou; e depois disse-lhes: Lázaro, o nosso amigo, dorme, mas vou despertá-lo do sono. Disseram, pois, os seus discípulos: Senhor, se dorme, estará salvo. Mas Jesus dizia isto da sua morte; eles, porém, cuidavam que falava do repouso do sono. Então Jesus disse-lhes claramente: Lázaro está morto; E folgo, por amor de vós, de que eu lá não estivesse, para que acrediteis; mas vamos ter com ele. Disse, pois, Tomé, chamado Dídimo, aos condiscípulos: Vamos nós também, para morrermos com ele”.
Jesus chega então onde Lázaro jazia já há quatro dias na sepultura, e os judeus que consolavam Marta e Maria ficam sabendo de sua chegada, Marta por sua vez escuta esta notícia e nós lemos no versículo 20: “Ouvindo, pois, Marta que Jesus vinha, saiu-lhe ao encontro; Maria, porém, ficou assentada em casa. Disse, pois, Marta a Jesus: Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido”.
Ela sabia que Ele tinha poder para evitar a morte, porque ela sabia de todos os casos de curas realizadas por Jesus. Ela sabia que Ele tinha esse tipo de poder.

E no fim ela diz no versículo 22: “Mas também agora sei que tudo quanto pedires a Deus, Deus to concederá. Disse-lhe Jesus: Teu irmão há de ressuscitar. Disse-lhe Marta: Eu sei que há de ressuscitar na ressurreição do último dia. Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá”.
Como é que Ele podia declarar ser a ressurreição?
Não que Ele apenas ressuscitaria Lázaro, mas Ele próprio era a ressurreição.
Ele mesmo era a ressureição.
Quando eu falei das necessidades do homem em contraste com aquelas necessidades que Deus entende serem de fato necessidades do homem, Marta aqui, ela cria na ressurreição final, mas ela está agora diante da Ressurreição, e ela tem duas pernas, está na frente dela e chama-se Jesus; a ressurreição e a vida. Se existe um poder de ressurreição, ele estava ali na frente dela.

Eu fico pensando nas muitas pessoas religiosas que imaginam que tem que reencarnar, vai e volta, vai e volta outras que acham que não há nada depois, que morre e acaba e tal, mas muitas pessoas, no fundo do coração, elas gostariam de nunca morrer. Elas gostariam que houvesse algo melhor depois da morte. É por isso inclusive que hoje em dia a medicina tenta retardar a morte. Eu estava lendo uns artigos e o vertebrado que vive por mais tempo é o tubarão da Groelândia.
Encontraram um agora que tem por volta de 400 anos de idade, e acredita-se que ele pode viver até 500 anos. Agora você imagine, este tubarão já nadava por aí quando as caravelas estavam vindo descobrir as Américas, o Brasil... Esse tubarão estava ali já e depois ele viu o Titanic passar, ele viu submarinos atômicos e tantas coisas diferentes – falando de maneira fantasiosa – mas ele está aí todo esse tempo. Viveu um bocado, mas nenhum homem vive 500 anos.
Existem também árvores que estão aí há 2000 anos, ou seja, elas estavam por aí quando Jesus pregava na Judéia. E algumas são mais antigas ainda.

E agora os cientistas estão analisando alguns vermes, porque existem alguns que simplesmente morrem, na realidade não morrem, eles voltam a um estado de casulo. Vamos imaginar uma borboleta – eu não entendo muito de biologia – mas imagine uma borboleta, que é primeiramente uma lagarta, depois se transforma numa borboleta e mais adiante ela volta a ser lagarta e assim sucessivamente. Alguns vermes fazem isso e não se sabe nem a idade deles, porque não se sabe quantas vezes eles se reciclaram, o mesmo verme.
Estão tentando aí descobrir algum segredo desses vermes para usar no ser humano, para que o homem também nunca mais morra.
Evidentemente não vão conseguir uma proeza dessas, mas existem técnicas que já são praticadas e algumas pessoas ao morrer são preservadas num cilindro de aço inoxidável, em nitrogênio líquido. O sangue é substituído por alguma outra substância nas veias, e a pessoa é depositada nessas urnas com a cabeça para baixo, isso para o caso de algum vazamento não afetar o cérebro, enfim.
O grande problema é que ninguém sabe o que acontece com uma cabeça morta congelada, caso ela volte à vida, simplesmente porque memória é volátil.

A memória do ser humano não é igual a do computador, que quando você resgata um documento que você salvou, ele traz o documento intacto exatamente como você salvou.
Nossa memória não é assim. Nós não nos lembramos das coisas como elas aconteceram. Cada vez que uma memória vem à tona, o cérebro reconstrói o contexto; e às vezes até acrescenta algo. Quanto mais velho você fica, pode ver que suas histórias ficam mais longas.
Ao congelar isso, já era.
Porém, existem os estudos para se congelar o ser humano não morto, mas vivo, deixando-o num estado de animação suspensa, como algumas rãs que se congelam no inverno. Rãs que viram uma pedrinha de gelo. Elas produzem algo para suportar esse congelamento sem que as veias estourem e reduzem os batimentos cardíacos a quase zero. E quando o inverno passa, elas descongelam e saem pulando por aí de novo.
Estão testando essas coisas para viagens espaciais, por exemplo.

De todo modo, o homem quer realmente continuar vivo, nem que se congele para isso e depois acorde lá na frente.
Mas espera; você terá memória quando acordar? Você será você mesmo?
Não mais...
Se a pessoa tiver morrido, não mais.
Porém aqui quando se fala de ressurreição, significa trazer a pessoa de volta, aquele ser humano, com aquela identidade. Trazê-lo de volta.
E aqui, quando Lázaro morre, a primeira pessoa que vai falar com o Senhor Jesus é Marta.
Marta é aquela pessoa racional; ela quer uma explicação. Marta é uma pessoa prática. Tanto é que numa outra ocasião, também em casa de Marta, Maria e Lázaro, quando o Senhor Jesus os visita, Marta está trabalhando e Maria está assentada aos pés do Senhor. Marta então diz: “Senhor, não vês que estou fazendo tudo sozinha e Maria está aí sentada?”, e o Senhor diz que Maria tinha escolhido a melhor parte.

Então Marta é aquela pessoa prática, que faz tudo. Já Maria era contemplativa; um outro tipo de pessoa.
Quando Marta chega, o Senhor tem com ela um longo diálogo e ela diz (no versículo 21): “Disse, pois, Marta a Jesus: Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido”.
O Senhor revela para ela que Ele é a ressurreição e a vida, que todo aquele que crê Nele, ainda que morto viverá; e que todo o que vive e Nele crê nunca morrerá e, por fim, o Senhor pergunta a ela se ela crê nisso e ela diz no versículo 27: “Sim, Senhor, creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo”.
Marta tem aqui uma revelação que apenas o Espírito Santo poderia ter dado a ela.
Depois disso, ela vai buscar Maria.

E quando Maria chega, no versículo 32: “Tendo, pois, Maria chegado onde Jesus estava, e vendo-o, lançou-se aos seus pés, dizendo-lhe: Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido”.
A mesma coisa que Marta havia falado, Maria disse também. Mas essa agora é Maria. Maria não quer explicações; Maria quer um coração. E é isso que o Senhor vai dar a ela.
Para Marta o Senhor deu toda uma explicação das coisas e ela saiu então satisfeita e foi chamar sua irmã Maria.
E no versículo 33, nós lemos: “Jesus pois, quando a viu chorar, e também chorando os judeus que com ela vinham, moveu-se muito em espírito, e perturbou-se”.
Eu ouvi um comentário que isso aqui é um estado de raiva...
Uma raiva santa, claro, já que o Senhor não tinha pecado. Mas era uma indignação. Ele moveu-se e perturbou-se. E isso era uma indignação. Não com as pessoas em volta, não. Ele estava indignado.

João 11:34: “E disse: Onde o pusestes? Disseram-lhe: Senhor, vem, e vê. Jesus chorou“.
Por que Ele chorou?
Não foi por causa da morte de Lázaro. Ele foi empático com Maria, com Marta e com todos os que choravam ali.
O Senhor sabia que em cinco minutos Ele ressuscitaria Lázaro. Portanto o choro do Senhor Jesus não foi exatamente como o choro que choramos num velório.
O choro Dele foi porque Ele viu a que ponto o pecado levou a criação. A destruição que o pecado causou no ser humano... E Ele chorou.
É como se você fosse um pintor famoso, criasse uma obra incrível, e expusesse sua obra num museu e, de repente, vândalos invadissem o museu e rasgassem, estragassem sua obra. Qual seria o seu sentimento?
De indignação... E você choraria também.
Da mesma forma, o pecado arruinou a criação.
Alguém que tem esperança de que o mundo vá bem, não está percebendo as coisas.
Jesus percebeu. Ele chorou e indignou-se com o que aconteceu nessa terra.

Continuando, no versículo 36: “Disseram, pois, os judeus: Vede como o amava. (Claro que Ele o amava. Isso ninguém podia negar. Entretanto o seu choro tinha outra função ali) E alguns deles disseram: Não podia ele, que abriu os olhos ao cego, fazer também com que este não morresse? (Este é o raciocínio humano né? Eles não sabem o que o Senhor vai fazer em seguida. É o raciocínio raso. Nós nunca podemos confiar nas nossas análises das coisas, porque serão rasas e jamais uma pessoa poderia questionar a Deus, questionar a Jesus) Jesus, pois, movendo-se outra vez muito em si mesmo, veio ao sepulcro; e era uma caverna, e tinha uma pedra posta sobre ela. Disse Jesus: Tirai a pedra. Marta, irmã do defunto, disse-lhe: Senhor, já cheira mal, porque é já de quatro dias. (Ele poderia falar: “Eu sei! Por que você acha que esperei? Foi para deixar muito claro que depois de quatro dias não seria possível uma pessoa voltar à vida.”) Tiraram, pois, a pedra de onde o defunto jazia. E Jesus, levantando os olhos para cima, disse: Pai, graças te dou, por me haveres ouvido. Eu bem sei que sempre me ouves, mas eu disse isto por causa da multidão que está em redor, para que creiam que tu me enviaste. E, tendo dito isto, clamou com grande voz: Lázaro, sai para fora. E o defunto saiu, tendo as mãos e os pés ligados com faixas, e o seu rosto envolto num lenço. Disse-lhes Jesus: Desligai-o, e deixai-o ir. Muitos, pois, dentre os judeus que tinham vindo a Maria, e que tinham visto o que Jesus fizera, creram nele” (João 11:36-45)
Então aqui, com esta ação, muito maior do que ter curado Lázaro, ou impedido sua morte, através dessa ação, o Senhor não apenas tirou Lázaro da sepultura, mas fez com que muitos cressem Nele. E muitos foram salvos pela fé em Jesus neste exato dia.

Lázaro foi um instrumento que Jesus usou, assim como qualquer pessoa neste mundo, que por vezes passa por dores e aflições, doenças terríveis ou perdas dolorosas.
O resultado de tudo isso pode ser uma pessoa indignada contra Deus, uma pessoa cheia de auto piedade, vivendo uma vida terrível de ódio e sofrimento, ou o resultado pode ser uma pessoa que glorifica a Deus nisso que ela está passando.
Marta e Maria estavam então, glorificando a Deus, porque Lázaro em sua morte glorificava a Deus.
O sofrimento é inevitável, mas que frutos provêm do sofrimento?
O que Deus pode fazer daquele sofrimento?
É isso que importa.
E aqui Deus fez muita coisa; o Senhor Jesus fez muita coisa.
Eu não imagino como Lázaro saiu do túmulo com as mãos e pés amarrados. Diz apenas que ele saiu.
O milagre é maior do que a gente imagina né?
Lázaro saiu do túmulo, simples assim, ele saiu. Não foi carregado para fora, mas ele saiu.
A ressurreição de Lázaro era um sinal de algo maior do que Ele fará a qualquer momento, quando Ele vier buscar os que Nele creem.
Ele tirará do túmulo todos os que morreram na fé em Cristo. Estes ressuscitarão.
E Ele transformará os vivos e então todos subirão para desfrutar daquilo que havia na eternidade.
O que havia na eternidade?
O amor de Deus que circulava naquelas três pessoas divinas. E este círculo divino receberá uma grande multidão e podemos até imaginar este círculo se abrindo para receber muitos e muitos, milhões e milhões de pessoas. Pessoas que desfrutarão eternamente do amor de Deus na presença de Cristo. Adorando e louvando Aquele que veio morrer para salvar pecadores.

Você escutou esta mensagem; você sabe que é pecador e a Bíblia diz que a solução para o pecador é crer em Jesus para receber a salvação, porque a vida está Nele. Fora Dele você não encontra vida e nem ressurreição, e agora eu pergunto: o que você vai fazer com isso?
Não é religião, nem filosofia, nem como proceder na vida para ser melhor. Não. Deus não veio salvar pessoas boas. Ele veio salvar pecadores.
Ele também não veio ensinar como fazer para salvar-se a si mesmo.
Algumas religiões dizem que você precisa fazer muitas coisas para se salvar a si mesmo. Outras religiões dizem que Jesus veio ao mundo ensinar como fazer todas essas coisas para salvar-se a si mesmo.
Mas a salvação, na realidade ela vem antes inclusive de um andar na presença de Deus.
Você não lê que Deus tenha ido ao Egito e falado aos israelitas assim: “olha, eu vou dar uma lei a vocês, vou dar mandamentos a vocês e uma série de preceitos e vocês vão guardar isso direitinho. Se vocês guardarem tudo direitinho, eu volto daqui a alguns anos e tiro vocês da escravidão no Egito”. Não. Ele primeiro os tirou do Egito, só depois deu a Lei para eles. Primeiro Ele salvou. Percebe?
Isso é o que a Bíblia ensina.
Mas quando o homem, que quer realmente a salvação, a vida eterna, que quer até ser congelado de cabeça pra baixo no nitrogênio líquido para acordar no futuro, quando o homem vê um que diz “Eu sou a ressurreição e a vida”, o que ele faz? Ele corre para os braços de Jesus? Não.
Alguns correram, mas os religiosos não.

O versículo 47 diz: “Depois os principais dos sacerdotes e os fariseus formaram conselho, e diziam: Que faremos? porquanto este homem faz muitos sinais. Se o deixamos assim, todos crerão nele, e virão os romanos, e tirar-nos-ão o nosso lugar e a nação. E Caifás, um deles que era sumo sacerdote naquele ano, lhes disse: Vós nada sabeis, nem considerais que nos convém que um homem morra pelo povo, e que não pereça toda a nação. Ora ele não disse isto de si mesmo, mas, sendo o sumo sacerdote naquele ano, profetizou que Jesus devia morrer pela nação. E não somente pela nação, mas também para reunir em um corpo os filhos de Deus que andavam dispersos. Desde aquele dia, pois, consultavam-se (para correrem aos braços de Jesus e serem salvos? Não!) para o matarem”.
Então eu te pergunto agora: qual a sua reação após saber que Jesus é a vida e a ressureição, e que Ele tem a salvação gratuitamente para oferecer àqueles que creem Nele como Salvador? Qual é sua reação? Correr para Cristo e crer Nele, ou livrar-se Dele como esses religiosos?
São essas as escolhas a serem ponderadas.
Eu espero que você realmente creia em Jesus como Salvador, que você receba Dele o perdão de todos os seus pecados!

Hoje eu recebi uma mensagem de um rapaz perguntando o que ele deveria fazer para ser bom. Ele está numa angústia de como ser bom para poder ser salvo.
Eu disse para ele: “Jesus não veio salvar pessoas boas, veio salvar pessoas como você. Do jeito como você está”.

Não é sendo bom que alguém vai merecer a salvação, mas sendo aquilo que já é: um pecador perdido.