Pregação do Evangelho - Conferências Bíblicas Limeira SP 2023
Hoje
foi falado aqui sobre o sacrifício que Caim e Abel fizeram e como o de Caim não
foi aceito mas o de Abel sim. Um entendimento básico para entendermos a Bíblia inteira e que é uma chave importante,
é sabermos que Deus não precisa de nada. Não existe nada que nós precisemos dar
a Deus! É fundamental entendermos isso, porque muitos cristãos são pagãos na
sua mentalidade. Eles acham que dando algo a Deus,
serão abençoados com prosperidades, saúde, etc. Eles
fazem uma barganha com Deus. E
esta é uma ideia que precisa ser totalmente eliminada da cabeça para entender o que é o evangelho e o que é
falado em Romanos 11:32:
“Porque
Deus encerrou a todos debaixo da desobediência para com todos usar de misericórdia: Ó profundidade das riquezas,
tanto da sabedoria, como da ciência
de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e
quão inescrutáveis os seus caminhos! Porque quem compreendeu a mente do Senhor? Ou quem foi seu conselheiro? Ou quem lhe deu primeiro a
ele, para que lhe seja recompensado? Porque
dele e por ele, e para ele, são todas
as coisas; glória,
pois, a ele eternamente.
Amém”.
Deus
não precisa dos nossos sacrifícios. Ele é o dono de tudo! Ele é o dador e nós
somos os receptores. Não há barganha com Deus. Não há promessa com Deus que você faça esperando receber
alguma coisa em troca. Em Hebreus
7:7 diz: “Ora, sem contradição alguma, o menor
é abençoado pelo maior”. Este é um princípio também da
palavra de Deus. O menor, que somos
nós, é abençoado pelo maior. É de
cima para baixo que fluem as bençãos, não o contrário. O Senhor não está
esperando nada de nós, mas Ele espera que sejamos receptivos à Sua palavra e à Sua vontade.
Em Atos 20:35, Paulo escreveu
também dizendo: “Tenho-vos mostrado em tudo que, trabalhando assim, é
necessário auxiliar os enfermos e recordar as palavras do Senhor Jesus, que
disse: Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber”.
Se
o próprio Senhor falou que mais bem aventurado é dar do que receber, você acha
que Ele vai querer ficar na ponta do receber?
Não! Ele já está na ponta do dar. Ele oferece tudo para
nós, tudo o que precisamos, começando pela salvação eterna. Em Hebreus 9:22
lemos: “Quase todas as coisas, segundo a Lei, se purificam com sangue, e sem
derramamento de sangue não há remissão”. Então, a ideia errada do homem é
querer oferecer sacrifícios a Deus que não sejam de sangue, e do sangue verdadeiro do Cordeiro de Deus. O único sacrifício que Deus aceita
é aquele que aconteceu na cruz do Calvário há dois mil anos e é por meio
daquele sacrifício que Deus provê a salvação para o ser humano. Para cada um de
nós.
O
Rei Davi, em 1 Crônicas 29:14 disse: “Porque quem sou eu, e quem é o meu povo,
para que pudéssemos oferecer voluntariamente
coisas semelhantes? Porque tudo vem de ti, e do que é teu to damos.”
Em Genesis 4:6, está escrito:
“E o Senhor disse a Caim: Por que te iraste?
E por que descaiu o teu semblante? Se bem fizeres,
não é certo que serás
aceito? E se não fizeres
bem, o pecado jaz à porta,
e sobre ti será o teu desejo, mas sobre ele deves dominar.”
O
pecado já estava à porta de Caim, pronto para dar o bote, antes mesmo de ele
matar o seu irmão Abel. Na hora
em que ele pensasse em dar algo de si mesmo a Deus.
E foi o que aconteceu, foi ali que começou
a tragédia de Caim. Martinho Lutero definiu
o pecado da seguinte maneira,
em latim: homo incurvatus in se. Traduzindo:
pecado é o homem encurvado em si mesmo. Ou seja, pecado é aquilo que você faz
buscando interesse próprio. Muitos não entendem isso.
Veja o caso do espírita por exemplo. Ele vai te dizer que sem caridade
não há salvação. Só que ele não entende que, realmente, não há salvação sem a
caridade, porém não a caridade dele, mas a de Deus. Caridade esta que se
expressou na cruz quando Ele entregou o próprio filho para morrer no lugar do
pecador. Esta é a verdadeira caridade e não aquele favor que você faz aos
pobres e coisas assim. Certamente que é muito bom, mas Deus não precisa disso
para trocar por sua salvação. De jeito nenhum!
Em
João 6:28 diz assim: “Disseram-lhe, pois: Que faremos para executarmos as obras de Deus?” – Jesus não respondeu as obras, mas
respondeu: a obra, no singular: –“e disse-lhes: A obra de
Deus é esta: Que creiais naquele que ele enviou”.
Então,
o ponto de partida para o homem, é crer em Cristo que foi enviado por Deus para
salvar o pecador. Não adianta querer procurar outro caminho, não adianta querer
fazer barganha com Deus: – Se o senhor me der a salvação eu vou ajudar os
pobres, eu vou alimentar os famintos.
Não
vai adiantar, porque Deus não precisa
disso. Ele não está barganhando, não está trocando o sangue do seu filho
derramado na cruz por qualquer coisa que nós façamos, porque toda a caridade tem um ponto de egoísmo,
de egocentrismo. Eu vou fazer a caridade porque Deus me ajuda, assim serei
próspero; eu vou dar mil e Deus vai me dar um milhão. Dessa forma eu penso em mim.
Imagine a reencarnação que a doutrina espírita prega. A pessoa pratica
um monte de coisa, fica com o carma imenso, e aí, ela tem que voltar numa
suposta outra vida para eliminar aquele carma. Muito bem. Agora você vai ajudar
por exemplo, alguém que nasceu cego: pelo entendimento dessa religião, ele
nasceu cego porque pecou em outra vida, embora o senhor Jesus tenha avisado que
aquele cego de nascença que ele curou, não tinha pecado antes por ter nascido
cego, mas tudo bem, a ideia do espiritismo é essa. Mas note, se ele nasceu cego porque pecou e isso é para limpar o carma que acumulou, ele tem
que sofrer para limpar o seu
carma, por que então eu
devo ajudá-lo? Por que eu vou ajudar a curar o cego ou vou
alimentar o faminto? Assim eu vou atrapalhar a evolução dele, a pena que ele
tem que pagar. Ora, eu teria que deixá-lo continuar sofrendo para eliminar sua
culpa! Poucas pessoas entendem que a doutrina espírita é egocêntrica ao
extremo: o espírita não faz o bem pensando no outro,
mas no seu próprio benefício. Eu tenho que ajudar fazendo caridade e assim eliminar o meu carma. Mas e ele que precisa sofrer
para eliminar o carma dele? Como faz? – Ah, não interessa, estou eliminando o
meu. Eu primeiro!
Em
Gênesis 4, vemos a história de Caim. E é impressionante vermos que esse trecho
vai culminar com uma figura de Cristo, representado por Lameque, descendente de Caim e que era a pessoa mais improvável.
Mas vamos à história.
“E
falou Caim com seu irmão Abel, e sucedeu
que estando eles no campo se levantou Caim contra o seu irmão Abel e o matou. E
disse o Senhor a Caim: Onde está Abel, teu irmão? Ele disse: eu não sei; sou eu
guardador do meu irmão? E disse Deus: que fizeste? A voz do sangue do teu irmão
clama a mim desde a terra. E agora maldito és tu, desde a terra, que abriu a
sua boca para receber da tua mão o sangue do teu irmão. Quando lavrares a terra
não te dará mais a sua força. Fugitivo e vagabundo serás na terra.”
Aqui
há um parêntese que eu gosto de
abrir, pois na minha versão fala vagabundo, em outras fala errante
já atualizada, porque a palavra
vagabundo em português perdeu
o sentido original, que era de uma pessoa sem morada certa. Aconteceu um episódio engraçado comigo. Havia um irmão
suiço que estava visitando o Brasil e
ele falava muito mal o espanhol (era um portunhol bem misturado). Eu estava de
mudança e meu pai estava me ajudando. O irmão, que já sabia que eu tinha me mudado várias
vezes, comentou com meu pai: “Oh! Tu hijo es un vagabundo” Meu pai quase
bateu nele por falar assim do seu filho. Como assim, o meu filho é vagabundo?
Ele sabia o termo bíblico de "errante". Na realidade, nas versões
antigas a palavra é vagabundo, mas eu não sou tão vagabundo assim.
“Então,
disse: Quando lavrares a terra, não te darás mais a sua força, fugitivo e
errante serás na terra. Então disse Caim ao Senhor: É maior a minha maldade,
que a que possa ser perdoada”. Quem é esse Caim que se atreve a decidir algo
por Deus? Como ele pode falar que a sua maldade
é maior do que a que possa ser perdoada? É Deus quem perdoa! É o
ofendido quem decide se a maldade é grande ou pequena, que o perdão é ou não
possível. Mas aqui já começa a mostrar o caráter de Caim. Ele se achava
superior, ele se achava o cara, ele achava que podia determinar qual o castigo
merecia.
E
continua dizendo assim: "Eis que hoje me lanças da face da terra e da tua
face me esconderei, e serei fugitivo e errante (ou vagabundo) na terra. E será que, todo aquele
que me achar, me
matará."
Repare
que Caim está mais preocupado com aquilo que ele sofrerá do que como o seu irmão
sofreu. Ele não está nem um pouco preocupado com o que ele fez com Abel. Isto não é arrependimento! É o tipo
de arrependimento de Judas, por exemplo, que se arrependeu como a Bíblia fala,
mas foi porque não deu certo o que ele pretendia. Ele perdeu a aposta que fez,
ele queria ficar com as moedas, queria que ninguém percebesse o que ele fez. Mas aí, a coisa
andou ao contrário, o leite azedou.
Esse tipo de arrependimento é o mesmo que o do bandido que foi pego.
Você vê o repórter da TV entrevistando-o preso no camburão, e o bandido está algemado com aquela cara de tristeza, não é? – E aí meu amigo, você está arrependido do
que fez? – Oh, doutor, eu estou muito arrependido, eu não deveria ter feito
isso. – Ele está arrependido porque foi preso, está pensando somente em si
mesmo; ele não está nem aí com as pessoas que sofreram com o seu crime. Este é
o arrependimento humano, porque o homem é egocêntrico, quer levar vantagem em
tudo, vive na lei de Gerson! Ele não pensa no dano que fez ao próximo e nem
mesmo no dano que fez para Deus. Esse é o estado de Caim, e esse é o nosso
estado. Todo o ser humano é assim: nós queremos furar a fila, queremos
estacionar onde não podemos, nós queremos ter vantagens nas coisas, nós
pensamos em nós mesmos, não pensamos nos outros. – Legal! Eu peguei a vaga proibida, é para deficientes físicos, mas era
só para buscar um jornal
ali na banca, e tal.
– Mas e se chegar um deficiente, como ele
vai estacionar e descer com a cadeira de rodas? Nós não pensamos no outro, nós
só pensamos em nós mesmos. Assim é Caim, assim é cada humano pecador, o seu
interesse é para consigo mesmo.
“Porém,
disse-lhe o Senhor: portanto, qualquer que matar a Caim, sete vezes será
castigado. E pôs o senhor um sinal em Caim, para que não o ferisse qualquer
que o achasse. E saiu Caim de diante da face do Senhor e habitou na terra de Node,
da banda do oriente do Éden. E conheceu Caim a sua mulher, e ela concebeu
e teve a Enoque; e ele
edificou uma cidade e chamou o nome da cidade pelo nome de seu filho Enoque”.
Aqui
tem um ponto importante que temos que lembrar. Quando pecamos, nós acabamos
trazendo consequências para nós mesmos e para terceiros; é como uma corrente.
Você começa uma corrente e ela vai se alastrando e o outro sofre também com o
seu pecado. Caim vai criar toda uma geração que estará contaminada pelo seu
pecado e sua culpa; é por isso, que agora, ele vai se casar e vai habitar na
terra de Node. Agora, não me pergunte com quem casou Caim, porque esta pergunta
eu sempre recebo.
A Bíblia é muito econômica, ela não põe tudo a respeito de todos; ela só coloca aquilo
que precisa para o relato bíblico, só isso. Se você for ao evangelho, lá verá
dois homens gadarenos que estavam possessos. Então, você vai em outro evangelho
e ele só menciona um. O que aconteceu? O outro sumiu? Não! É que, para o tema daquele evangelho, basta um, não
precisa mencionar os dois como no outro evangelho, onde há desdobramentos que
necessitam falar dos dois homens. Então, nós nunca vamos saber de muitas
coisas, porque a Bíblia não revela,
não interessa. Ler a Bíblia não é como escutar conversa
de velhos. Velho
começa a contar
um causo, aí, ele fala:
então, daí eu fui
lá e encontrei o Sebastião que é casado com a prima do Antônio. Eles tiveram um
filho que viajou para o exterior
e... aí, o cara começa a contar toda a história, a genealogia que não tem nada a ver com o caso que ele ia
contar. Velho é assim e ainda esquece o final e como começou a história. Outro
dia, eu estava em uma live e comecei a contar uma história e fiz exatamente
isso: de repente, eu estava em um ponto em que não sabia o que eu estava
fazendo ali e nem podia perguntar aos que estavam escutando porque eles não
sabiam a história.
Mas o relato
bíblico é econômico, fala só daquilo
que interessa e nada mais. Você não vai encontrar o RG da mulher de
Caim, nem a data de nascimento, nem se ela era loira ou morena, porque não
interessa. Mas ele casou com alguém. E outra coisa, não havia qualquer lei
nessa época a respeito de irmãos e irmãs se casarem, então muito certamente,
Adão e Eva tiveram outros filhos que se casaram entre si e tiveram filhos,
netos, etc; mas os únicos que interessam são Caim e Abel, porque esses são os
personagens da nossa história.
Vemos
que Caim vai habitar na terra de Node “e conheceu Caim a sua mulher e ela
concebeu”. Outro explicação necessária é esta palavrinha. Outro dia, eu tive
que explicar para uma pessoa que ao ler Gênesis me escreveu perguntando se Adão
conheceu Eva só depois que saíram do Édem, pois eles não se viam no jardim. Eu fiquei sem entender inicialmente. Claro
que um via o outro, mas é que o verbo “conhecer” na Bíblia significa ter
relações sexuais, não necessariamente que o Éden era tão grande que eles nunca
haviam se encontrado. Eles se conheciam, claro, mas só tiveram filhos depois.
“Então
conheceu Caim sua mulher, e ela concebeu e deu à luz a Enoque, e ele edificou
uma cidade”. Não me perguntem também quantos habitantes havia nessa cidade, porque não é falado
de mais pessoas aqui. Certamente existia,
pois para construir uma cidade, tinha que ter mais gente, não seria uma cidade
só para enfeite. “Edificou uma cidade e a chamou conforme o nome do seu filho,
Enoque”. E aqui há mais um detalhe de como o homem pecador só pensa em si
mesmo, porque no salmo 49:11, diz: “o seu pensamento interior” o do ser humano
“é que suas casas serão perpétuas, e as suas habitações de geração a geração,
dão às suas terras os seus próprios
nomes, todavia, o homem que está em honra não permanece, antes é como os
animais que perecem”.
Repare
que até hoje o costume é de dar aos lugares os nomes de homens, olhe como isso
é antigo. Eu moro em uma rua chamada Santa Cruz, bom, aí nesse caso, não é nome
de uma pessoa, mas, tem gente aqui que mora em São Paulo, que é nome do
apóstolo Paulo. Pensam que dando nome de Paulo à cidade, estão homenageando São
Paulo. Mas Paulo ficaria horrorizado se visse acontecer isso. Ainda bem que ele
não está aqui. Mas, certamente não é honra dar o nome de ruas, praças, cidades
a homens. A cristandade então, ficou tão doida! Dá nome de Praça da Bíblia ou
Avenida pastor fulano de tal, ou rua bispo não sei o quê. Gente, que loucura!
Isso vem de costumes dos descendentes de Caim. E para quê? Para tentar preservar: Eu sou assim, a terra é minha, eu que
mando aqui. Esta é a ideia.
Há
uma outra questão com esse trecho. Eu já li comentários de autores cristãos
dizendo que cidade é uma coisa maligna. Não é! Cidade não é uma coisa maligna,
assim como também, a cesta de frutos, legumes e verduras que Caim entregou, não
é uma coisa maligna; nem porque foi criado
da terra que Deus amaldiçoou, embora alguns autores
digam isso. Na Lei, Deus
pedia ofertas de manjares de frutos da terra. Eles colhiam os frutos e
ofereciam a Deus. O raciocínio de que, porque veio da terra é maligno, não é
correto. É maligno, porque o homem está fazendo a sua própria vontade. À parte
de Deus, qualquer coisa é incorreta; mesmo porque, o rebanho de Abel, também
comia da terra. Deus quando criou o ser humano deu ao homem uma tarefa: você
vai pegar a terra e transformá-la em
alimento, vai lavrar a terra, que significa pegar um produto bruto e
transformá-lo em um produto fino, que é o alimento, é uma transformação. Como
Deus é criador e nós fomos criados à Sua imagem e semelhança, nós também temos a capacidade criativa. Nós homens, também sabemos
criar, não como Deus, é claro,
mas sabemos transformar uma coisa em outra. O problema é que o ser humano, por
causa do pecado, transforma geralmente, uma coisa em outra coisa, porém,
maligna, não alguma coisa em benefício do outro, mas para o seu próprio
benefício. E com isso ele forja armas, cria venenos. Mas na sua origem, Deus
queria que o homem transformasse realmente, lavrasse a terra e dela tirasse o
seu sustento, o remédio, o combustível para cozinhar, tudo da terra; mas com intenção outra, que não fosse para si
mesmo. Efetivamente ali, a cidade não era o problema como alguns afirmam.
Como
eu venho do esoterismo, antes da minha
conversão eu tinha aquelas
ideias de morar no campo. Fui morar três anos em Alto Paraíso de Goiás. Eu
avisei: o Mário vai falar de Alto Paraíso! Então, isso veio da ideia de um
filósofo que nasceu na Suíça em 1700 e alguma coisa, Jean-Jacques Rousseau, que com a sua filosofia influenciou muitos cristãos
na Europa, em especial, os que imigraram para os
Estados Unidos. Eles trouxeram a mentalidade totalmente errônea de que um cristão tem que morar em fazendas
e não em cidades, que cidades são malignas e pecaminosas. Eu acho que alguns aqui conhecem
pessoas que moram em fazendas
e acham que é por aí o caminho, não é?
Não é certo isso! A cidade
é uma coisa que Deus permitiu
que fosse criada e Ele vai terminar a história da humanidade com uma cidade.
Ele escolheu uma cidade aqui no planeta, que é Jerusalém e vai trazer uma
cidade no final, a Nova Jerusalém.
Cidade não é um problema, mas o problema é para que ela é dedicada, qual a finalidade dela? A finalidade que o homem põe é que é
pecaminosa. E quando os hebreus entraram em Canaã, Deus os mandou habitarem as
cidades da terra de Canaã. Não teria mandado se fosse algo ruim, era para eles
ficarem ali. Cidade é o lugar que Deus inclusive preservou uma parte do seu
povo: os judeus que foram levados no exílio para cidade da Babilônia. Ali,
Jeremias escreveu uma carta para eles, pois os falsos profetas queriam que eles
se rebelassem contra Babilônia. E Jeremias escreveu
uma carta que fala assim: Vocês têm que
orar pela cidade de Babilônia, têm que orar para a prosperidade dos seus
habitantes. Mas pense: eles eram seus inimigos, os levaram presos. E Deus
queria que eles orassem por aquela cidade que iria abrigá-los pelo tempo que
eles mereciam ficar ali, porque foi Deus
quem permitiu que eles fossem para lá.
Eles tinham que orar por aquela
cidade, não fazer protesto na rua, lutar contra nada. Quando os homens
construíram a cidade de Babel, muitos pensam também: Ah, está vendo? A Babel
maligna! Mas eles já a construíram com um propósito maligno. No começo, Deus
tinha falado para eles se espalharem por toda a terra. E eles não fizeram isso,
simplesmente falaram: vamos ficar aqui em Babel e construir uma torre para
fazermos um nome para nós, para ficarmos famosos.
Veja
o homem aí, querendo ele próprio ganhar alguma coisa. Ser alguém neste mundo. E
construíram uma torre. Algumas teorias dizem que era uma torre de observação
astronômica, mas eles seriam muito burros se fizessem isso, porque a torre foi
construída em uma planície, lugar cercado por montanhas altíssimas; qualquer
pessoa um pouco inteligente que quisessem observar
os planetas e as estrelas,
construiria uma cidade no pico
de uma montanha e não em uma planície, não é mesmo? Eles construíram para
marcar presença na terra e ficarem juntos – para que Deus não nos espalhem por
toda a terra. Mas foi o que o Senhor fez. Misturou a língua de todo mundo, e aí
tiveram que se espalhar, cada família
com sua respectiva língua para um lado e formaram-se
as nações. O problema sempre está na intenção do homem, não no que acontece, ou
seja, uma cidade ou plantar, fazer agricultura ou outras coisas. Peguemos por
exemplo, o Senhor Jesus. Como qualquer guru de qualquer religião faria? Iria
morar em uma caverna, em uma montanha em um alto inacessível a todos os homens,
não é assim? Até em gibi é desse jeito. Mas o Senhor Jesus, quando veio ao
mundo, foi morar em Cafarnaum, que era um grande centro. A cidade ficava na
rota comercial entre China e Egito. Por Cafarnaum passavam mercadores, camelos,
carroças com especiarias, produtos de todos
os lugares do mundo. Ali era o burburinho do comércio. O Senhor
não se isolou, ele quis ficar
visível e acessível a todos os homens. E Cafarnaum servia
para isso. Então é bobagem, o cristianismo americano e canadense pregar que o
cristão para ser feliz, puro e santo deve estar no campo e não na cidade.
Aquela seita amish, por exemplo, que não
aceita tecnologia. Eles vão de
carroça, trabalham na terra, moram em fazendas, não moram em cidades. Mas é
interessante, eu estava na Filadélfia
certa vez e fui ao mercado muito parecido com esses que temos aqui, aquelas
bancas de frutas, verduras, queijos e tinha uma banca dos amish ali da região.
Eles chegam nos carroções deles, não vêm nem de Kombi, vêm de carroça e colocam
as verduras e suas coisas à venda. Os homens com a roupa tipo fazendeiros,
chapelão; mulheres com vestidões compridos até os pés, com aquela toquinha na
cabeça, fantasiadas a rigor, do jeito que é o amish. E eu vi uma jovem
adolescente atendendo no balcão que calçava um tênis Nike, que nem tinha no
Brasil ainda na época, com filetes fosforescentes. Eu falei: anh, sim, sem
tecnologia. Fabricar um tênis daqueles
precisa de altíssima tecnologia: material, máquina e tudo. Então, é só na cabeça da pessoa, que ela acha que está fugindo do sistema. Porque eu fiz isso também, fui
morar no mato e aprendi a fazer sapato à mão, comprei
couro, cortava e costurava com agulha e linha;
eu não pensava o seguinte: o couro que eu comprava já era produzido,
curtido, porque se você matar uma vaca e tirar o seu couro, e não fizer nada
com ele, o couro fica duro como uma pedra, nem conseguimos dobrá-lo, você tem
que curtir, tem todo um processo químico
de sais e tudo mais, para você conseguir transformá-lo em uma coisa maleável.
Então, só na minha cabeça mesmo que eu
achava que conseguiria viver no mato, fazendo a minha comida, roupas e sapatos.
O
Senhor Jesus ensinou uma coisa importante em Mateus 5:14: “Vós sois a luz do
mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte” olhe a cidade, aí... “nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire,
mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa. Assim, resplandeça a sua luz diante dos homens”... não diante das cabras, vacas e
galinhas... “para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao vosso pai que
está no céu”.
Aliás,
a primeira vez que eu preguei o
evangelho, eu estava congregando em uma pequena congregação Batista, lá em Alto
Paraíso. Era praticamente uma garagem. O Lemão conheceu. Não tinha placa, não
tinha nada. Havia um casal e umas velhinhas. Um dia me convidaram para eu pregar. Eu aceitei, mas avisei que nunca
havia feito aquilo antes. Para treinar, eu ajuntei minhas cabras em um
cercadinho lá no sítio e preguei para elas. E pelo jeito, nenhuma se converteu,
mas não foi ruim a pregação, porque elas não me deram chifradas. E quando
estava no sítio, eu pensava diferente do que penso hoje: eu pensava que
realmente tinha que ficar no meio do mato, e que se todo mundo fosse viver no
mato, o mundo seria melhor, todos teriam uma vida maravilhosa de paz, amor e prosperidade.
Só que eu não entendia, que não ia ter mato para todo mundo, não daria para todos plantarem sua
própria comida, não há economia de escala. Você vê hoje aqueles plantios enormes, colheitadeiras e tal, imaginem
transformar aquilo em uma enxadinha para o caboclinho, cavando a terra e pondo
o feijãozinho. Não vai alimentar, não consegue mais! O mundo é muito complexo
para isso hoje. É impossível! Eu era totalmente tonto; ainda sou, mas eu era
mais ainda, para acreditar naquelas coisas infladas pelos pensamentos desse
filósofo, Rousseau. Todos os livros que tratavam de viver no mato, tinham as
suas citações. Quando eu estava em dúvida sobre o que fazer, recebi uma carta
de um irmão, que alguns aqui conheceram, e que já está com o Senhor,
o Flávio. Com a carta, o irmão
enviou junto um poema de George McDonald, que eu traduzi:
George MacDowell
“Eu disse:
Deixe-me caminhar nos campos!
Deus disse: Não, caminhe na cidade! Eu disse: Mas ali não há flores.”
Ele disse: Não há flores,
mas uma coroa. Eu disse:
Mas o céu ali é
escuro, não há nada além de barulho e confusão.
Mas Ele me interrompeu com um suspiro:
Ali há mais, ali há pecado. Eu
disse: Mas o ar é poluído,
e a fumaça esconde o sol. Ele respondeu: Mas as almas
estão doentes, e perdidas nas
trevas. Eu disse: Vou sentir falta da luz, e
os amigos sentirão
minha falta. Ele respondeu: Escolha esta noite,
se é para eu ou eles sentirem
sua falta. Pedi por mais tempo para resolver,
mas Ele disse: É difícil decidir? Não parecerá difícil
no céu se seguir minha
direção. Lancei um olhar aos campos, então me voltei para a cidade; Ele disse:
Filho, você vacila em trocar as flores pela coroa? Então Sua mão pegou a minha, e em
meu coração Ele entrou; e hoje caminho numa luz divina, na senda que antes temia olhar”.
Aquilo
foi um tiro no coração, de repente toda minha filosofia de vida desmoronou e
falei: o que eu estou fazendo aqui, pregando para cabra e galinha? Não tem
sentido uma vida assim, Deus deve ter mais coisas.
Em
Gênesis 4:18 diz: “A Enoque nasceu Irade, Irade gerou a Meujael, Meujael a
Metusael, e Metusael a Lameque. Lameque tomou duas mulheres: uma chamava-se
Ada; a outra, Zilá. Ada deu à luz Jabal,
que foi o pai daqueles
que moram em tendas e criam rebanhos”. Isso equivale a pecuária.
Agora,
voltando àquela ideia de falar que a cidade é maligna, alguns dizem: isso aqui,
foram as coisas que os filhos de Lameque fizeram, são coisas malignas. Ora, se
são coisas malignas, por que Deus mandou usar essas coisas? “Deu a luz a Jabal, esses que habitam em
tenda e criam gado”. Pecuária! Deus exigia animais limpos para sacrifícios e
Abel criava gado, provavelmente, ovelhas. Gado pequeno. “O nome do seu irmão
era Jubal, que foi o pai de todos os que tocam harpa e flauta”. Ah, maligno!
Ué, mas o templo, a adoração que Deus instituiu no tabernáculo e depois no
templo, por acaso, não tinha instrumentos musicais também? Havia sim! O
problema era a finalidade. Você pode fabricar uma faca, um bisturi, você
transforma o aço, ominério, o ferro e
tal, e fabrica um bisturi, você faz aquilo que Deus determinou no começo: pegar
a matéria-prima da terra e transformar em algo útil para o ser humano. Você pode também,
usar esse bisturi
para matar gente?
Pode! Quando a Mercedes Benz fabrica uma van, eles não
estão pensando em fabricar um carro bomba, eles estão pensando em fabricar um
carro que possa ser equipado para ser uma ambulância, mas aí, vem um doido
e transforma aquilo
em um carro bomba. A culpa é da
Mercedes Benz? Não! A culpa é do doido! A mesma coisa com tudo que se refere à
tecnologia: o homem faz, mas ele pode usar tanto para o bem como para o mal.
Então, não adianta ter aquela ideia de que tudo isso vem do diabo, porque nós
usamos tecnologia todos os dias.
Uma grande
parte das pessoas
que estão aqui hoje, vieram
ao conhecimento do lugar de
reunião ou mesmo do evangelho, através de vídeos da internet. Muitos cristãos
no começo, eram contra a internet, porque é do diabo, e no fim, usou-se como
instrumento para salvação de pessoas
e para ensino. E hoje todo mundo usa e ninguém questiona se é maligno ou
benigno. É a utilidade que você dá que
vai definir se é benigna ou maligna.
“O
nome do seu irmão era Jubal, este foi o pai de todos que tocam harpas e órgãos”. Isso são as artes
e “Deus chamou os artistas
para decorarem o tabernáculo e chamou cantores
para o seu louvor”.
Em Êxodo 31, versículo 2 em diante:
“Depois falou o SENHOR a Moisés, dizendo:
Eis que eu tenho chamado
por nome a Bezalel, o filho de Uri, filho de Hur, da tribo de Judá, E o enchi do Espírito de Deus, de sabedoria, e de entendimento, e de ciência,
em todo o lavor,
para elaborar projetos,
e trabalhar em ouro, em prata, e em cobre,
e em lapidar pedras para engastar, e em entalhes
de madeira, para trabalhar em todo o lavor.
E eis que eu tenho posto com ele a Aoliabe, o filho de Aisamaque, da
tribo de Dã, e tenho dado sabedoria ao coração de todos aqueles
que são hábeis,
para que façam
tudo o que tenho ordenado. A saber: a tenda da congregação, e a arca
do testemunho, e o propiciatório que estará sobre ela, e todos os pertences da
tenda”.
Aqueles
dois querubins de ouro, lavrados e colocados sobre o propiciatório. Mas Deus
não falou para não fazer imagem? Sim, não fazer imagens para serem adoradas
como Deus! Mas Ele mandou fazer imagens que fossem usadas no serviço dEle.
Então,
com um pouquinho de inteligência, nós percebemos que as distorções sempre acontecem pelo pecado do homem, que está voltado para si
mesmo e faz as coisas pensando em si mesmo, sempre fazendo a sua própria
vontade. E pecado é isso, fazer a própria vontade. Pecado é dar o nome na rua e
não dedicar aquilo a Deus; pecado é querer ficar em um lugar só, construir uma
torre para fazer grande nome, quando
Deus falou, espalhem-se pela terra.
Sempre
que nós fazemos a nossa vontade, nós estamos pecando, porque Adão e Eva caíram
em pecado lá no jardim do Éden. E por isso o mundo está nesta coisa que está e não vai melhorar. Às vezes, eu pego
alguém falando que nós temos que lutar pelos nossos direitos, e o governo é
isso ou aquilo, que temos que fazer manifestações! Eu falo: Amigo, você está
querendo pintar o Titanic de uma cor alegre para quê? Ele já bateu no iceberg!
Deus vai destruir esse Titanic, não tem mais o que fazer, não tem remendo. Prepare-se
para entrar no barco salva-vidas, que é Cristo, para ir embora para o céu. É
isso que nós devemos buscar.
Gênesis
4:22 “E Zilá também deu à luz a Tubalcaim, mestre
de toda a obra de cobre e ferro; e a irmã de
Tubalcaim foi Noema”. Ninguém fala o que Noema fez, não é? Como eu disse: só os nomes que importam ao
relato é que aparecem. Deus criou o homem à sua imagem e semelhança, e o homem
é criativo. Nada de errado em ser criativo, errado é usar a criatividade para
fins contrários à vontade de Deus, esse é o erro, deixar que o pecado contamine
a criatividade.
Mas,
chegando perto da nossa linha
de chegada... “E disse
Lameque a suas mulheres Ada e
Zilá: Ouvi a minha voz; vós, mulheres de Lameque, escutai as minhas palavras;
porque eu matei um homem por me ferir, e um jovem por me pisar”. Esse pisar
aqui, me parece que no original é fazer um raspão, um machucado na pele. Ele
matou, e está avisando as duas esposas. Imagine, você, casando com um homem
desse! “Porque sete vezes Caim será castigado; mas Lameque setenta vezes sete”.
Ou seja, o que ele está dizendo é que nunca vai perdoar ninguém. O Senhor
falava lá no evangelho sobre quantas vezes temos que perdoar. Setenta vezes
sete. E Lameque está dizendo, que setenta vezes sete ele irá se vingar. Que
diferença do Senhor para Lameque! Pense o seguinte: o Senhor podia ter esmagado
Caim quando ele matou Abel, mas não o fez! Ele deu uma oportunidade a Caim de
se arrepender e ser salvo; tratou com misericórdia aquele homem maligno
que matou o seu próprio
irmão. E depois,
alguém vem falar que Deus é ruim, que Deus é mau. Vá ver
a história de Caim!
O que ele merecia era ser morto na hora, e não foi! Deus tentou de todas as
maneiras salvá-lo, mas ele lavrou a sua própria sentença.
Caim
merecia ser morto. O que aconteceu foi que o Senhor se deixou morrer no lugar
de Caim. Se Caim deveria ter sido esmagado, o Senhor preferiu ser Ele mesmo
esmagado no lugar do pecador. Aqui, nesta sala, todos nasceram como Caim,
pecadores. Às vezes, nós apontamos os dedos para todos os lados, mas, todos
também somos culpados e é pela misericórdia de Deus que não somos consumidos. Ele podia fazer assim, pluf... e isso aqui viraria um fogo
só, mas Ele não quis. O Senhor preferiu ir no lugar do pecador para sofrer o dano, para poder salvar.
Caim falou
que viveria errante pela
terra e quem o encontrasse, o mataria. O Senhor Jesus viveu errante pela terra,
por amor de nós. Lembra que ele falava que o filho do homem não tinha onde ia
encostar a cabeça? “As aves têm ninhos, as raposas têm seus covis, mas o filho
do homem não tem onde encostar a cabeça”. O Senhor se fez um errante aqui por
amor de nós. Caim disse que quem o encontrasse,
ia querer matá-lo; o Senhor se deixou encontrar no jardim de Getsêmani para ser
morto. Caim saiu diante da face do Senhor, diz na passagem, mas no caso do
Senhor, foi o próprio Deus que virou a face, para que ele morresse sozinho,
solitário na cruz, carregado com os nossos pecados.
Veja
que interessante a antítese de Caim e o Senhor; de um lado você tem o pecador
culpado, que merece condenação e do outro lado,
você tem o Senhor que se deixa
condenar no lugar
do pecador. De um lado você tem um Caim, um ser humano
que estava fadado
a viver errante e do outro lado, você tem um
Senhor que viveu errante por amor dos homens. De um lado, você tem Caim,
aceitando a ideia de que quem o encontrasse o mataria, e do outro lado o Senhor
se deixando encontrar para ser morto por nós, por nossos pecados.
E,
finalmente, Caim saiu diante da face do Senhor e o Senhor Jesus vê Deus saindo
diante de sua face, para que ele fique três horas em trevas, naquela cruz,
morrendo por nós.
Ao
continuarmos com a leitura de Gênesis, vemos: “E tornou Adão a conhecer a sua mulher;
e ela deu à luz um filho,
e chamou o seu nome Sete; porque, disse ela, Deus me deu
outro filho em lugar de Abel; porquanto Caim o matou. E a Sete também nasceu
um filho; e chamou o seu nome Enos; então
se começou a invocar o nome do Senhor”.
Repare
que o nome do Senhor passou a identificar os que eram dele, a partir desse momento. E hoje, nós temos duas classes de
pessoas no mundo: as que são identificadas pelo nome de Caim, que ainda
continuam nos seus pecados e nas suas culpas, e aquelas que são identificadas
pelo nome de Jesus. Quando você é batizado, você recebe sobre si o nome de Jesus, para ser identificado como um cristão;
mas, ainda assim,
isso não vai salvar
você. Quando você crê em Jesus como seu salvador, confessa a ele como o seu salvador
e Senhor, você recebe o perdão dos seus pecados e passa a ser realmente, um
filho de Deus, uma testemunha de dEle neste mundo, não para viver em uma
caverna, lá no Alto Paraíso, mas uma pessoa aqui a testemunhar de Cristo para
outras pessoas, levar as boas novas de salvação, para que a família de Deus
cresça cada vez mais e mais.
Todos
aqui perceberam como é bom, de repente, encontrar tantos parentes, tantos
irmãos, só que esta é uma reunião que
não tem briga. Reuniões de parentes costumam ter muitas brigas, mas, todos os
irmãos falando a mesma língua, se entendendo, tendo o mesmo salvador e o mesmo
amor pelo Senhor. Cada um nesta sala, eu tenho certeza, se ouvir falar mal de
Jesus, vai sentir o coração doer; porque assim é o Espírito Santo que habita em
nós, Ele também nos faz sofrer quando pecamos e temos então de confessar o nosso
pecado. E aí, no momento em que você passa a levar sobre si o nome do Senhor
Jesus, se você verdadeiramente creu nele, você não quer mais viver encurvado
sobre si mesmo. Como definia Lutero, a respeito do pecador, aquele que vive
encurvado para si: primeiro eu, na lei de Gerson, tudo para mim. Não! Você vai
querer viver realmente para dar glória a Deus e para que Ele use você como
instrumento dEle, para a salvação de outros.