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Sou, estou sendo e serei SALVO por CRISTO - Mario Persona

Sou, estou sendo e serei SALVO por CRISTO - Mario Persona (mp3)
http://files.3minutos.net/evangelho/sou-sendo-serei-MPersona.mp3



https://youtu.be/oC59CviQYi0

Sou, estou sendo e serei salvo por Cristo
Mario Persona


Em Romanos 5:1, lemos: “Tendo sido, pois, justificados pela fé, ‘teremos’ paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo; Pelo qual também ‘teremos’ entrada pela fé a esta graça, na qual estamos firmes, e nos gloriamos na esperança da glória de Deus.” Será mesmo que é isso o que está escrito?
Não. O verbo está no presente! E esta é uma das maravilhas do Evangelho e da graça de Deus, da justificação pela fé: ela é imediata e presente.

Vivemos hoje num ocidente cristianizado, onde a grande maioria dos que se dizem cristãos, não tem certeza alguma de sua salvação. Essas pessoas dizem crer em Jesus, vão todos os domingos a alguma igreja, ou lugar de culto, cantam hinos, fazem ofertas e leem a bíblia, mas se perguntássemos: Se você morrer agora, para onde vai? Elas responderão que precisam perseverar até o fim, ou que precisam livrar-se de alguns vícios, enfim, precisam sempre fazer isso, fazer aquilo. Mas, aqui o que diz?

“Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus.” Não diz, teremos. Logo, é uma coisa presente, já é um desfrutar, uma garantia - presente. Temos paz com Deus!

Você tem paz com Deus?

— Ah, não sei. Eu preciso perseverar. Eu preciso ir à igreja. Eu preciso...

Bom, então você não tem paz com Deus. Porque a paz está fundamentada naquilo que diz o último versículo do capítulo 4: “Jesus nosso Senhor; o qual por nossos pecados foi entregue, e ressuscitou para nossa justificação”. Este é o Evangelho e ele pode ser todo condensado em apenas um versículo: “Jesus nosso Senhor; o qual por nossos pecados foi entregue, e ressuscitou para a nossa justificação”. É isso o que Paulo prega também em 1 Coríntios 15, quando fala do Evangelho que levou aos coríntios: que Jesus morreu pelos nossos pecados e ressuscitou ao terceiro dia.
Então, agora, nós temos paz com Deus. E não somente isso, como também, conforme o versículo 2, nós temos também entrada a esta graça: “Pelo qual também temos entrada pela fé a esta graça, na qual estamos firmes, e nos gloriamos na esperança da glória de Deus”.

Portanto, não é uma coisa futura. Embora saibamos que no futuro encontraremos o Senhor, isso é algo já presente.

Existe um “Evangelho” sendo pregado hoje no Brasil, que é influência de um autor e de um pregador norte americano, além de um pastor de uma igreja brasileira, o qual é igualmente popular, de quem muitos gostam e apreciam. E poucos são os que percebem que o que ele prega não é o Evangelho. É curioso vermos a sutileza com a qual as coisas caminham, não é mesmo? Hoje existe um tipo de evangelho – que não é o Evangelho – e que chama-se “salvação pelo senhorio”. O que é isso? Se Jesus é meu Senhor, e Ele está no domínio completo da minha vida, eu posso me considerar salvo. Mas, se Ele não for meu Senhor, ou seja, se eu acordei e fiz a minha vontade hoje de manhã, e não a vontade de Deus, então eu não posso dizer que sou salvo.

Logo, toda a certeza da salvação é tirada de Cristo e da Sua obra, e transferida para o pecador; “quando eu me sinto bem, obediente, caminhando na Palavra, então eu posso dizer que estou salvo. Mas amanhã quem sabe...”. Obviamente, isso não é o Evangelho da graça. Não é isso o que é dito aqui neste versículo de 1 Coríntios: “por nossos pecados Jesus foi entregue e ressuscitou para a nossa justificação”.

Nada, na certeza da salvação do crente, depende dele. Não depende de sua condição, de seu andar, daquilo que ele acha, nada! Tudo está firmado na obra de Cristo na cruz, e tudo está firmado hoje em Cristo, na glória. Porque a salvação está em Cristo! Não em mim e nem no que eu penso da salvação. Nem tampouco no que eu considero estar ou não andando, segundo a vontade de Deus. Pois até o andar segundo a vontade de Deus, vai variar de pessoa para pessoa, e muitos podem inclusive, se enganar, achando que fazem a vontade de Deus quando na verdade, não fazem.

Graças a Deus, não é nisso ou em qualquer outra coisa, que está a firmeza da nossa fé, mas na pessoa de Cristo.

Hoje eu recebi de um colega de ginásio, um e-mail com o título: “você tem certeza de que está pregando a verdade?”. Depois de ele falar sobre uma determinada organização religiosa, e garantir que lá eles também crêem em Jesus, que Ele salva pecadores e que Jesus morreu e ressuscitou, ele começou a dissertar sobre todos os feitos dessa organização, de quantos milhões existem em todo mundo, de quanta literaturas fora divulgada, etc. Então, no fim do seu longo e-mail, quem tinha uma pergunta era eu: “você tem certeza de que está pregando a verdade?”

Naquilo que ele falou crer, que Jesus morreu e ressuscitou, nisso eu também creio – aliás, é só isso que eu falo na pregação do Evangelho – mas, todo o resto que ele acrescentou, obviamente eu não tenho certeza, já que não sou membro daquela organização. Logo, a conclusão a que chego, é que, o que ele chama de “verdade”, é ser membro daquela organização, praticar todas as suas obras , “fazendo tudo direitinho”. Essa é a verdade para ele. Por isso a minha resposta ao e-mail foi: “você tem certeza de que está pregando a verdade?”.

Jesus Cristo morreu e ressuscitou ao terceiro dia para a nossa justificação, morreu para levar os nossos pecados na cruz e pagar por eles. Jesus ressuscitou para nos justificar. Esta é a verdade! E qualquer coisa que se acrescente a isso, não é verdade, mas mentira! Pois aqueles que estão na verdade, podem ter a certeza.

Mas esse colega de infância não terá essa certeza, porque ele precisa fazer todas as visitas, todos os trabalhos de porta em porta, e ainda assim, nunca terá certeza se fez tudo corretamente. Até que chegue enfim, o dia do juízo final. Obviamente ele não pode dizer de boca cheia “temos paz com Deus”. Ora, alguém que ainda está com seus pecados pendentes numa lista, tendo uma espada pendurada por um fio de cabelo apenas, sobre sua cabeça, e sabendo que este fio pode arrebentar a qualquer momento, deixando cair a espada, que significa o juízo de Deus, como uma pessoa assim vai viver em paz? Só sendo um hipócrita. A não ser que diga “eu realmente sou um cara legal. Eu sempre fiz a vontade de Deus. Eu não peco mais.” Como assim? Quem seria esse? Uma estátua de alguém, esculpida em mármore. Não um ser humano! Pois, se alguém disser que nao peca, já está pecando, porque é mentiroso, como diz em 1 João.

Portanto, nesta situação tão horrível na qual estamos, em nossa condição de pecadores perdidos, como alguém poderia julgar estar andando segundo os preceitos de Deus? Logicamente, a Bíblia pede que andemos de acordo com aquela salvação que temos, e com a nova vida que recebemos ao crer em Cristo. Essa é a consequência de uma salvação consumada. Porém, em nós mesmos, não há um átomo sequer de justiça e retidão, que possa garantir que este tal fio de cabelo, que segura a espada do juízo de Deus sobre nossas cabeças, não vá se arrebentar a qualquer momento.

Suponhamos que no momento em que eu tive um mau pensamento, o meu coração parasse de bater. Para onde eu iria? E esse mau pensamento? Não deu tempo de eu confessar, de julgar ou fazer algo em contrapartida. A Bíblia deixa muito claro: “Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo; Pelo qual também temos entrada (como? Pelas minhas obras? Pela minha bondade? Pela minha religião? Não!) pela fé a esta graça.”.

Por que a Bíblia fala tanto da palavra graça? Por que a salvação só pode ser recebida de graça! E se eu tentar pagar por ela ou fizer algo para recebê-la, já não é mais graça, mas sim, algo que foi conquistado mediante pagamento. Uma vez que graça é favor imerecido, é como se Deus falasse: “Então eu vou te ajudar. Porque você não tem nada em si que possa se justificar ou limpar os seus pecados. Como você não tem nada em si mesmo, então eu vou oferecer algo por você, o sangue de Cristo Jesus na cruz, pagando os seus pecados e ressuscitando para a sua justificação”.

Agora podemos dizer que estamos firmes! Que nos gloriamos na esperança da glória de Deus, quando Ele se manifestar para nos tirar deste mundo, e estarmos na Sua presença. E sem pecado; nenhum deles entrará no céu, porque eles ficaram na cruz. O salvo por Cristo teve todos os seus pecados pagos, através de um Cordeiro substituto que foi sacrificado no lugar do pecador. Isso é a graça de Deus! E essa é a certeza que Deus nos dá a respeito da nossa salvação.

Mais adiante, no versículo 5, é dito que “a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado. Porque Cristo, estando nós (Poderosos? Firmes? Fiéis, constantes, perseverantes? Não!) ainda fracos, morreu a seu tempo (Pelos bons? Pelos justos? Pelos cidadãos honrados? Não!) pelos ímpios”.

E quem Deus justifica no capítulo anterior, 4 de Romanos, vimos no versículo 5: Deus justifica o ímpio. Nenhum “bom” será justificado.

O Senhor Jesus falou que os sãos não precisam de médicos, mas sim os doentes. E quando Ele, se dirigindo aos fariseus, fala que 99 ovelhas foram deixadas no deserto e o bom pastor saiu em busca da única ovelha desgarrada, Ele estava dando o seguinte recado aos fariseus: “vocês são as 99 que acham que não precisam de médico. Mas sabe onde Eu deixo vocês, por se acharem assim? Num deserto. Onde não há comida, nem nada para sobreviver. Porque vocês se acham justos”.
Apesar de hinos de algumas denominações evangélicas, falarem que Ele deixou as 99 no aprisco, vemos que Ele, na verdade, as deixou no deserto. Eram 99 fariseus. O pastor estava mais interessado em uma ovelha desgarrada, do que em 99 que se consideravam justas.

O pecador que sabe de sua condição, que está ciente do fio de cabelo que pendura a espada do juízo sobre a sua cabeça, vai se arrastar à presença de Cristo e falar: “Senhor, salva-me. Eu não tenho nada para oferecer. Senhor, salva-me por tua graça somente! Perdoa meus pecados que são muitos e eu nem posso mais contar”.

E Deus salva este pecador! Ele perdoa seus pecados, porque o sangue foi derramado no lugar dele.
Aí então, esse pecador pode dizer: “eu tenho paz com Deus!”

Você tem paz com Deus?

Tenho! Porque Deus fez as pazes comigo. Ele pagou o preço necessário para cobrir a minha dívida.

Você está firme?

Estou, porque a minha firmeza nao está em mim. Nós não temos nenhuma firmeza em nós mesmos.

Mas a nossa firmeza está em Cristo! Ele que é a rocha, na qual a âncora do navio da fé fica seguro.

Tenho paz com Deus?

Tenho!

Tenho entrada pela fé a esta graça?

Sim, tenho. Porque foi isso que Deus prometeu.

Isso é o que Deus nos promete e é isso que vai falar o capítulo 5, e também os próximos capítulos de Romanos.

A salvação tem três aspectos; eu posso dizer, portanto, que estou salvo, que estou sendo salvo e que serei salvo. Eu estou salvo, porque eu já estou justificado, estou perdoado de todos os meus pecados, pela fé em Cristo e na Sua obra já consumada. Isso dá ao crente, a certeza da sua salvação eterna.

Entretanto eu estou sendo salvo, no dia a dia. Como o irmão falou anteriormente, é o andar diário. Talvez o versículo que fale disso seja Romanos 5:10: “Porque se nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com Deus (isso já é passado, ou seja, não se discute mais) pela morte de seu Filho, muito mais, tendo sido já reconciliados, (ou seja, é uma condição já determinada, já gravada em pedra) seremos salvos pela sua vida”.

Eu creio que esta seja a salvação diária, quando o Senhor vai nos moldando no dia a dia, mas não envolve a salvação eterna. Talvez, se um irmão puder elaborar mais sobre isso, seria bom, mas eu creio que aqui não se fala de salvação eterna, mas sim, da salvação do dia a dia. É como a santificação, que também tem esses dois aspectos: eu sou santo, pela obra de Cristo, por Ele no céu e por Deus olhando para mim através de Cristo; mas, sou santificado, me separando do mau, todos os dias. Portanto, aqui também são dois aspectos da santificação.

Quanto à salvação, eu estou salvo, perdoado e lavado pelo sangue do Cordeiro, redimido e reconciliado com Deus, mas eu estou sendo salvo pela Sua vida, agora.

No versículo 11, fala também: “E não somente isto, mas também nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo, pelo qual agora alcançamos a reconciliação”.

Já temos a reconciliação.

Mas quando eu “serei” salvo?

Versículo 9. Já no versículo 8 é dito: “Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores. Logo muito mais agora, tendo sido justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira”.

Se nós olharmos no capítulo 2:5 de Romanos, veremos do que seremos salvos: “Mas, segundo a tua dureza e teu coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira e da manifestação do juízo de Deus”.

Eu serei salvo, porque não entrarei no juízo de Deus. Eu não estarei sujeito ao juízo que cairá sobre todos os homens.

Isso tem um paralelo no AT, em Êxodo 17, quando o povo estava no deserto, após ter sido liberto do Egito. Deus provê uma rocha que os acompanhava, de onde saía água para eles beberem. Aquela rocha é Cristo!

O mesmo capítulo 17, de Êxodo, nos fala de um inimigo que eles teriam até o fim da vida: Amaleque, uma figura da carne.

Tanto no sustento deles, em termos de água para beber (Cristo foi a fonte da água no deserto) quanto na proteção contra Amaleque, isso representa a salvação diária que temos agora, andando neste mundo. E tudo isso vem de Cristo!