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Sofrimento - Marcio Freitas



https://youtu.be/wZLtkGBEDA8



Sofrimento

por Marcio Freitas

Nós falamos tanto da Graça de Deus, e Deus se fez Homem, habitou entre nós, nos visitou em Graça, derramou Seu Sangue, o Seu Sangue nos remiu, mas o que a gente não gosta de falar: de sofrimento. Nós sofremos. Sofremos dores por muitas coisas: dores emocionais, dores físicas, dores imaginárias, a gente sofre.

Quando eu comecei a trabalhar na cidade de São Paulo em dezembro, houve uma funcionária que estava aos prantos. Ela tinha um problema. Ela abriu a porta do restaurante e chorava copiosamente. Eu virei pra ela para conversar, e vi que ela estava diferente. Eu disse a ela que até o Senhor Jesus havia sofrido aqui neste mundo. Então, a gente vai sofrer. É inerente ao ser humano sofrer. A gente expulsou Deus deste mundo, então a gente vai sofrer. De uma forma ou de outra, em algum momento a gente vai sofrer.

Semana passada foi a páscoa, e é feito pelo mundo a fora – dito ‘cristão’ – encenações sobre a morte de Cristo. Se fosse para gente ter uma encenação, eu tenho certeza que estaria escrito na Bíblia: todos os anos lembre a ‘minha morte’, fazer um teatro mostrando como o Filho de Deus morreu..., mas não é isso que está escrito.

Eu digo isso, e é até interessante porque, por exemplo, para os judeus, a páscoa marca a passagem do anjo levando os primogênitos do Egito (Êxodo 12). E nesse momento houve uma ordenança para que eles repetissem todos os anos para lembrarem-se disso: do cordeiro que morreu, do sangue que foi passado na porta, e do anjo que passou levando os primogênitos do Egito. Aquilo para eles era uma ordenança. Mas para nós não. Não está escrito que temos que fazer isso.

E é interessante que há coisas na cristandade (dito ‘mundo cristão’) que vira ‘moda’, simplesmente vira moda. Então, virou moda relembrar a morte de Cristo.

Eu tenho certeza absoluta que tudo que a gente fizer para representar de Cristo é pouco. Então a única fonte confiável que temos é a Palavra de Deus.

Ainda nesta semana que passou, eu li num site de uma atriz que devia estar participando de uma encenação da morte de Cristo, ela disse a seguinte frase: “Eu não sabia que Ele tinha sofrido tanto”.

Há Dois mil anos, irmãos pregando ao redor do mundo todo, em todos os países, em todos os idiomas, e no ano 2018 tem alguém que fala “Eu não sabia que Ele tinha sofrido tanto”.

Porque hoje em dia, ouvimos muito falar de prosperidade, ‘Vai que a vitória vai ser sua’, e ninguém fala dos sofrimentos do Senhor. É de graça? Sim, de graça para mim, para você. Quanto custou para Ele? O Sangue de Jesus Cristo, Filho de Deus, quanto custou aquele Sangue? Para mim não custou nada, coisa nenhuma. CREIA EM JESUS E SERÁ SALVO.

Eu gostaria que lêssemos, um pouco (nos quatro evangelhos tem descrito esse momento de grande sofrimento do Senhor, talvez o ápice dele). Vamos abrir no evangelho de Lucas capítulo 22.

No evangelho de Lucas é onde mais aparece Cristo como Homem. Porque se alguém tem dúvida de que Jesus foi Homem, basta ler as passagens que diz que Ele sentiu fome, sentiu sede, como na passagem que Ele estava ao lado do poço, Ele estava cansado da viagem (é possível para nossa mente imaginar que Deus se fez Homem cansado da viagem). Nós não temos a devida noção de quem era esse Homem. E no evangelho de Lucas, é mostrado muito esse Cristo Homem.

Lucas 22:47-71 a Lucas 23:1-47, nós vemos a descrição do fim da vida física do Senhor nesse mundo:

“E, estando Ele ainda a falar, surgiu uma multidão; e um dos doze, que se chamava Judas, ia adiante dela, e chegou-se a Jesus para O beijar.
E Jesus lhe disse: Judas, com um beijo trais o Filho do homem?
E, vendo os que estavam com ele o que ia suceder, disseram-lhe: Senhor, feriremos à espada?
E um deles feriu o servo do sumo sacerdote, e cortou-lhe a orelha direita.
E, respondendo Jesus, disse: Deixai-os; basta. E, tocando-lhe a orelha, o curou.
E disse Jesus aos principais dos sacerdotes, e capitães do templo, e anciãos, que tinham ido contra ele: Saístes, como a um salteador, com espadas e varapaus?
Tenho estado todos os dias convosco no templo, e não estendestes as mãos contra mim, mas esta é a vossa hora e o poder das trevas.
Então, prendendo-O, O levaram, e O puseram em casa do sumo sacerdote. E Pedro seguia-O de longe.
E, havendo-se acendido fogo no meio do pátio, estando todos sentados, assentou-se Pedro entre eles.
E como certa criada, vendo-o estar assentado ao fogo, pusesse os olhos nele, disse: Este também estava com ele.
Porém, ele negou-o, dizendo: Mulher, não O conheço.
E, um pouco depois, vendo-o outro, disse: Tu és também deles. Mas Pedro disse: Homem, não sou.
E, passada quase uma hora, um outro afirmava, dizendo: Também este verdadeiramente estava com Ele, pois também é galileu.
E Pedro disse: Homem, não sei o que dizes. E logo, estando ele ainda a falar, cantou o galo.
E, virando-se o Senhor, olhou para Pedro, e Pedro lembrou-se da palavra do Senhor, como lhe havia dito: Antes que o galo cante hoje, me negarás três vezes.
E, saindo Pedro para fora, chorou amargamente.
E os homens que detinham Jesus zombavam Dele, ferindo-O.
E, vendando-Lhe os olhos, feriam-No no rosto, e perguntavam-Lhe, dizendo: Profetiza, quem é que te feriu?
E outras muitas coisas diziam contra Ele, blasfemando.
E logo que foi dia ajuntaram-se os anciãos do povo, e os principais dos sacerdotes e os escribas, e O conduziram ao seu concílio, e Lhe perguntaram:
És tu o Cristo? Dize-no-lo. Ele replicou: Se vo-lo disser, não o crereis;
E também, se vos perguntar, não me respondereis, nem me soltareis.
Desde agora o Filho do homem se assentará à direita do poder de Deus.
E disseram todos: Logo, és tu o Filho de Deus? E Ele lhes disse: Vós dizeis que eu sou.
Então disseram: De que mais testemunho necessitamos? pois nós mesmos o ouvimos da sua boca.

E, levantando-se toda a multidão deles, O levaram a Pilatos.
E começaram a acusá-lo, dizendo: Havemos achado este pervertendo a nação, proibindo dar o tributo a César, e dizendo que ele mesmo é Cristo, o rei.
E Pilatos perguntou-Lhe, dizendo: Tu és o Rei dos Judeus? E Ele, respondendo, disse-lhe: Tu o dizes.
E disse Pilatos aos principais dos sacerdotes, e à multidão: Não acho culpa alguma neste homem.
Mas eles insistiam cada vez mais, dizendo: Alvoroça o povo ensinando por toda a Judéia, começando desde a Galiléia até aqui.
Então Pilatos, ouvindo falar da Galiléia perguntou se aquele homem era galileu.
E, sabendo que era da jurisdição de Herodes, remeteu-O a Herodes, que também naqueles dias estava em Jerusalém.
E Herodes, quando viu a Jesus, alegrou-se muito; porque havia muito que desejava vê-lo, por ter ouvido dele muitas coisas; e esperava que lhe veria fazer algum sinal.
E interrogava-O com muitas palavras, mas Ele nada lhe respondia.
E estavam os principais dos sacerdotes, e os escribas, acusando-O com grande veemência.
E Herodes, com os seus soldados, desprezou-O e, escarnecendo Dele, vestiu-O de uma roupa resplandecente e tornou a enviá-Lo a Pilatos.
E no mesmo dia, Pilatos e Herodes entre si se fizeram amigos; pois dantes andavam em inimizade um com o outro.
E, convocando Pilatos os principais dos sacerdotes, e os magistrados, e o povo,
Disse-lhes: Haveis-me apresentado este homem como pervertedor do povo; e eis que, examinando-o na vossa presença, nenhuma culpa, das de que o acusais, acho neste homem.
Nem mesmo Herodes, porque a ele vos remeti, e eis que não tem feito coisa alguma digna de morte.
Castigá-lo-ei, pois, e soltá-lo-ei.
E era-lhe necessário soltar-lhes um pela festa.
Mas toda a multidão clamou a uma, dizendo: Fora daqui com este, e solta-nos Barrabás.
O qual fora lançado na prisão por causa de uma sedição feita na cidade, e de um homicídio.
Falou, pois, outra vez Pilatos, querendo soltar a Jesus.
Mas eles clamavam em contrário, dizendo: Crucifica-o, crucifica-o.
Então ele, pela terceira vez, lhes disse: Mas que mal fez este? Não acho nele culpa alguma de morte. Castigá-lo-ei pois, e soltá-lo-ei.
Mas eles instavam com grandes gritos, pedindo que fosse crucificado. E os seus gritos, e os dos principais dos sacerdotes, prevaleciam.
Então Pilatos julgou que devia fazer o que eles pediam.
E soltou-lhes o que fora lançado na prisão por uma sedição e homicídio, que era o que pediam; mas entregou Jesus à vontade deles.
E quando o iam levando, tomaram um certo Simão, cireneu, que vinha do campo, e puseram-lhe a cruz às costas, para que a levasse após Jesus.
E seguia-o grande multidão de povo e de mulheres, as quais batiam nos peitos, e o lamentavam.
Jesus, porém, voltando-se para elas, disse: Filhas de Jerusalém, não choreis por mim; chorai antes por vós mesmas, e por vossos filhos.
Porque eis que hão de vir dias em que dirão: Bem-aventuradas as estéreis, e os ventres que não geraram, e os peitos que não amamentaram!
Então começarão a dizer aos montes: Caí sobre nós, e aos outeiros: Cobri-nos.
Porque, se ao madeiro verde fazem isto, que se fará ao seco?
E também conduziram outros dois, que eram malfeitores, para com ele serem mortos.
E, quando chegaram ao lugar chamado a Caveira, ali o crucificaram, e aos malfeitores, um à direita e outro à esquerda.
E dizia Jesus: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. E, repartindo as suas vestes, lançaram sortes.
E o povo estava olhando. E também os príncipes zombavam dele, dizendo: Aos outros salvou, salve-se a si mesmo, se este é o Cristo, o escolhido de Deus.
E também os soldados o escarneciam, chegando-se a ele, e apresentando-lhe vinagre.
E dizendo: Se tu és o Rei dos Judeus, salva-te a ti mesmo.
E também por cima dele, estava um título, escrito em letras gregas, romanas, e hebraicas: ESTE É O REI DOS JUDEUS.
E um dos malfeitores que estavam pendurados blasfemava dele, dizendo: Se tu és o Cristo, salva-te a ti mesmo, e a nós.
Respondendo, porém, o outro, repreendia-o, dizendo: Tu nem ainda temes a Deus, estando na mesma condenação?
E nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o que os nossos feitos mereciam; mas este nenhum mal fez.
E disse a Jesus: Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino.
E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso.
E era já quase a hora sexta, e houve trevas em toda a terra até à hora nona, escurecendo-se o sol;
E rasgou-se ao meio o véu do templo.
E, clamando Jesus com grande voz, disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E, havendo dito isto, expirou.

E o centurião, vendo o que tinha acontecido, deu glória a Deus, dizendo: Na verdade, este homem era justo”.

Essa é a descrição da morde de Jesus: o maior nível de sofrimento que uma pessoa poderia aguentar. ELE passou por tudo do começo ao fim. Ele foi traído.

É interessante nesta cena que tem muitas coisas, e vamos falar um pouco delas. Você vê que quem vai à frente da multidão é Judas, aquele tem Satanás por dentro. Então o primeiro que aparece na cena é Satanás. Quando o homem caiu porque pecou contra Deus, a morte entrou na criação. Quem tem o poder da morte é Satanás, e é ele quem vai à frente, quem vai levar o Senhor Jesus para a morte. É ele (Satanás) quem ainda tem o poder da morte. A palavra diz que era preciso de um mais valente que ele para lhe tirar esse poder. Na morte, o Senhor Jesus anulou o poder de Satanás. Hoje a morte para o Cristão é uma serva, ela leva cristãos ao Senhor, é pra isso que ela serve.

A palavra diz em Hebreus 2:14, “E, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas, para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo;”. O poder da morte estava nas mãos de Satanás. Uma das muitas coisas para que serviu a Morte de Jesus foi tirar o poder da morte das mãos de Satanás.

Nesta cena toda que vimos o Senhor Jesus passando, nós não O vemos desesperado, atribulado. Esta cena toda no evangelho de Lucas mostra que o Senhor Jesus descansava em Deus. Ele disse momentos antes “Não beberei eu o cálice que o meu Pai me der?” Sim, Ele confiava no Pai, e foi até o fim porque Ele confiava no Pai Dele. Que cena pra nós: Confiar em Deus! E Ele confiou, passou por tudo isso confiando, descansando em Deus. Que exemplo para nós hoje.

Nós vemos, no começo desta cena, um pouco do que é o coração do homem. A palavra diz que “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá? Eu, o Senhor, esquadrilho o coração...” (Jeremias 17:9-10).

Nós vemos quando aquela multidão leva o Senhor Jesus para os sacerdotes, esses O acusam de ser o Filho de Deus; quando O levam para Pilatos, eles O acusam de modo diferente: “Olha, Ele vai ser rei”, eles mudam a acusação, porque eles querem levar Aquele Homem para cruz de qualquer jeito. Eles sabiam que se chegassem à frente de Pilatos e falassem “olha, Esse é o Filho de Deus”, o que importaria para Roma? Mas os judeus sabiam que se falassem contra Roma, e Roma temesse por algum motivo, eles poderiam crucificá-Lo. Então a acusação foi mudada: “Este é Cristo, o Rei” para chamar a atenção de Pilatos, então ele pergunta: “Tu és o rei dos judeus?”, era essa a acusação que pesaria contra Cristo diante do império romano, não por Ele ser o Filho de Deus.

Então isso é um pouco do coração humano que quando quer fazer algum mal para alguém, ele simplesmente faz. E por incrível que pareça neste caso, eles fazem usando a verdade. Sim, o Senhor Jesus é o Rei dos judeus, tem verdade nisso. Mas quantas vezes no mundo que vivemos, a verdade é usada para ferir? A pessoa diz a verdade, mas a forma na qual ela coloca a verdade, não a está colocando como ela é apresentada, e sim usando a verdade para acusar o outro. Que é o que aconteceu nesta cena. Esse é o coração do homem.

Ninguém a não ser o próprio Deus consegue entrar no fundo do coração do homem e ver tanta maldade, só ELE.

E o que impeliu, nesses judeus, de acusar Jesus de uma coisa na frente dos sacerdotes, e de outra coisa na frente de Pilatos, é uma coisa que fica muito clara, é o ódio religioso. Os judeus apegados à sua própria ideia. Eles estavam ali com o Salvador — Deus Filho — a frente deles, QUEM fez todos os sinais, só falava coisas boas, demonstrava bondade, compaixão, por toda Vida Dele. E o que eles fazem? Não..., eles querem ser judeus, religião, ódio religioso. Isso sim é um ódio cego.

Devemos lembrar que a Era mais obscura da humanidade foi quando os ‘ ditos cristãos’ (os que se denominavam ‘cristãos’, não sendo cristãos verdadeiros) mandaram no mundo. A conhecida ‘era das trevas’ (por volta dos anos de 1500, 1600). Nunca se matou tanta gente ‘em nome de Deus’, usando a verdade para matar, foi quando os ‘ditos cristãos’ estavam no comando. Ódio religioso.

Mas quando Jesus chega diante de Pilatos, os judeus apresentam as glórias de Cristo: Seus títulos, glórias reais, como se estivesse querendo tirar o poder dos romanos.

Devemos lembrar de que, o Senhor Jesus — Filho de Deus não repreende Pilatos. ELE se sujeita a autoridade de Pilatos. Isso pra nós, que vivemos aqui no Brasil hoje, deveria significar alguma coisa. ELE se sujeita a Pilatos, dizendo: — Nenhum poder teria que meu Pai não te deu.

Devemos nos lembrar de que não existem dois poderes no universo, só existe um, e Deus o deu. Se a pessoa é um policial, um político, um presidente, quem deu poder? Deus. Quando a gente não segue esse poder, estamos sendo contra Deus. É muito claro, o Exemplo do Senhor está aqui, Ele se sujeitou a Pilatos.

Aqui existem três classes de pessoas representadas nessa cena do Senhor, e elas nos dizem alguma coisa. Há Pilatos, Herodes, e judeus. Porque Pilatos não libertou o Senhor Jesus? Pilatos era uma autoridade, investido de autoridade naquele momento, ele fala que não vê mal algum Naquele Homem (Jesus), nada que O pudesse condenar, mas ele não livra o Senhor. Nós falamos tanto que queremos justiça, ele (Pilatos, no caso) era a pessoa que decidiria, mas ele não muda o veredito daquilo que o povo queria, por quê? Ele ainda pergunta: “Não tenho o poder para te soltar ou te crucificar?”. Pilatos não soltou o Senhor Jesus porque ele era amigo do mundo.

O evangelho de João diz muito claramente: “Desde então Pilatos procurava soltá-lo; mas os judeus clamavam, dizendo: Se soltas este, não és amigo de César; qualquer que se faz rei é contra César.” (João 19:12). Quantas pessoas não estão nessa situação? Ouvem o Evangelho da Salvação, ouvem as boas novas do Evangelho (que é “Crê no Senhor Jesus, e será salvo”), mas...: “puxa..., tem tanta coisa na minha vida que eu gosto...” Quantos não estão assim?

Você pode escolher o Senhor Jesus, mas você não escolhe. É mais legal uma viagem, se dedicar a uma faculdade, aos estudos, ao trabalho..., quantos não estão assim esta noite? Quantos aqui, pela internet, querem aceitar o Senhor Jesus, mas...: “mas tem a faculdade..., agora não dá.” Pilatos passou por isso. Ele podia soltar o Senhor, e não soltou. É quando as pessoas estão presas ao que os outros acham.

Veja a astúcia dos judeus. Eles tocaram num ponto dizendo “olha, se você vai soltar Ele, Ele está dizendo que é rei, César vai...”

Quantas vezes a gente não muda o que quer fazer apenas pela opinião do outro? Nós estamos vendo o certo ali na nossa frente, como Pilatos viu, o certo estava ali “Solte este Homem”, porque ele não fez? Amizade com o mundo. As pessoas querem parecer algo (alguém) para os outros. Quantos não estão assim neste momento?

Aceite o Senhor Jesus neste momento! Ainda há tempo. Pode ser a última vez que você ouve esta Boa Nova (o Evangelho).

Porque nós vemos neste caso de Pilatos, a consciência dele é tocada, ele está incomodado, não está em paz. Ele disse: “eu não vejo mal neste homem, eu mando ele para Herodes, ele volta, mas eu continuo não vendo mal”. Pilatos não está em paz. Se ele estivesse em paz, ele poderia dizer “Mata, acaba, prende”, ele tomaria uma decisão, mas ele não estava em paz. Quantos não estão assim, preocupados com a opinião do outro? Pensando: “Mas o que vão dizer?...Fui criado aqui, cresci na ‘igreja católica’ ou não cresci nada, eu tenho apego a minha família..., como eu vou falar que aceitei o Senhor Jesus do dia pra noite? O que vão falar de mim?...”. Quantos enxergam a Verdade, mas fogem dela, e decidem “não, deixa pra lá”?

Que você escolha Jesus neste momento, ainda há tempo.

E nós vemos Herodes que era um homem perverso, iníquo. Num certo sentido ele é um ateu. “Há eu ouvi muitas coisas, eu queria ver muitas coisas” foram as palavras dele, mas para este o Senhor não fala nada. Herodes interroga, pergunta, e o Senhor Jesus permanece calado. Herodes nunca se interessou por Cristo, em momento algum. Para ele não vai ter sinal algum, palavra nenhuma.

Diz em Romanos 9 que às vezes Deus endurece o coração das pessoas para que tenham um sentimento perverso em muitos sentidos. Sim Ele endurece o coração. Que coisa triste você de frente para Deus, Ele ali na sua frente, e em silêncio. ELE não disse uma palavra pra Herodes.

Hoje nós ouvimos o Evangelho da Salvação: Crê no Senhor Jesus e será salvo. Nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus. Quantas vezes, quantos irmãos já disseram isso ao redor do mundo inteiro? Para esse Herodes que estava diante do Filho de Deus, não houve nenhuma palavra, silêncio total e absoluto. Deus não se dobra a curiosos. Deus se dobra a corações sinceros. Melhor dizendo, não é que Ele se dobra, Ele toca esses.

Nós vemos em Salmos 28, que diz assim: “A Ti clamarei, ó Senhor, Rocha minha; não emudeças para comigo, não suceda calando-Te Tu ao meu respeito, que eu me torne semelhante aos que descem à cova”.

Deus vai falar com você e Se mantém em silêncio na sua frente é como se você já tivesse morrido, você já está morto. O salmista clama “não Se emudeça Senhor para que eu não seja como um morto”.

Vimos Pilatos, vimos Herodes nesta mesma cena, e há os judeus. Eles podiam escolher libertar o Senhor, mas ali naquele ódio religioso (nós acompanhamos na história do Senhor Jesus que quando Ele respondia, as pessoas tinham ódio) elas queriam matá-Lo; mesmo Ele estando certo fazendo aquilo tocar nas pessoas.

Aquela cena do um denário (Mateus 22:17-21) quando os sacerdotes queriam ‘pegá-Lo’ em alguma coisa, Jesus diz assim: — O que há nesta moeda? Eles respondem: “Tem a imagem de César”.

Isto devia ser motivo de vergonha para um judeu, um povo escolhido de Deus pegar uma moeda e ser do império romano e não ser deles. Eles podiam escolher, mas eles não escolhem. Então além do ódio, os judeus escolheram a religião, os seus rituais, as suas cerimônias, as suas vestes..., aquilo era mais agradável para eles, era o que enxergavam: vestir seu kipá e sua capa...

Interessante que ontem eu estava em Higienópolis (um bairro judeu na cidade de São Paulo), eu não sei muito bem como funciona, mas eles também estavam comemorando a páscoa, então você vê muita gente com capa, kipá. Eu estava em um táxi, e o rapaz disse assim: “porque na ‘minha igreja’, a gente também faz isso”. Então eu disse: “mas vocês são cristãos...”. Ele complementou: “sim..., mas a gente ‘segue’ isso”.

Eu estava conversando com um irmão, antes de começar esta pregação, que se chega a um momento como esse, não dá num tempo de uma corrida de taxi você explicar essas coisas. Então eu só fiz uma pergunta para o rapaz: “Você tem certeza de sua Salvação em Cristo Jesus?”. Ele respondeu: “eu tenho, mas...”. E eu já o interrompi neste momento: “Está bom, está bom”.

Porque é tanta feiura, tanta vergonha, a gente se enfiou num buraco tão feio, que assim já está bom; tem certeza da sua salvação, então está bom, está ótimo, o resto que o Senhor te revele. Porque se Ele não te revelar, o que eu posso fazer por você? Nada. E neste momento eu parei a conversa.

Então os judeus podiam escolher. Eles viram tudo, eles viram os milagres, eles viram a compaixão.

Mas o que as multidões querem? Elas respondem: “Não, eu quero a minha religião, porque a ‘minha igreja’ que é certa. Nós temos as cerimônias, nós temos a banda, nós temos multidões, nós temos shows...”

As pessoas não querem Jesus. Elas podem escolher o Senhor Jesus, mas escolhem..., a banda, um lugar cheio, um pregador que fala bonito, um som ótimo e maravilhoso... Continua assim até hoje. Pilatos, Herodes e os judeus.

Pode ser que alguém aqui hoje, prefira seguir suas cerimônias, suas bandas, e deixar de lado o próprio Deus, Filho de Deus que veio ao mundo. Quantas pessoas será que estão assim hoje? Ouvem as boas novas da Salvação, veem a Verdade no Evangelho, mas preferem ficar: “ah, mas lá tem banda, e eu sinto ‘aquela coisa’...”.

Que o Senhor Jesus toque o seu coração, e liberte você!

Os judeus escolhem Barrabás. Eles podiam escolher o Senhor (Aquele Homem que eles viram fazer aquele monte de coisas), mas eles escolhem Barrabás. Quantos hoje estão escolhendo Barrabás? Quantos estão vendo a verdade sendo apresentada ali nas suas frentes, sendo tocados pela Verdade, mas escolhem Barrabás?

Não mudou não. Parece que mudou, mas não muda.

Eu vi semana passada, acho que foi um sociólogo, ele chegou à conclusão que os homens vivem sob um ‘verniz’. Veja que coisa, há dois mil anos os irmãos falam isso: “maldito o homem que confia no homem”. Os homens vivem sob um ‘verniz’, aparentemente (‘por fora’) querem parecer ‘politicamente correto’ (e... ‘vamos incluir as pessoas’...), mas no fundo é só maldade, basta ver os noticiários. É só um ‘verniz’.

Não preciso nem citar exemplos, pois todos nós conhecemos centenas de milhares de exemplos da maldade do ser humano. Até um que surpreendeu o mundo há uns dois meses atrás: Era um casal na cidade de Los Angeles, que eram exemplos do que ‘era ser cristão’ (pois eles ‘participavam’ da igreja, da comunidade...), aí descobriram que eles prendiam os filhos dentro de casa por vinte anos. ‘Verniz’..., era somente ‘verniz’.

Você escolha o Senhor hoje! Porque estou dizendo isso?

Na passagem que lemos (Lucas 23: 27-28), O Senhor Jesus olha para aquelas mulheres, e fala: — Não choreis.

O choro é algo externo, o Senhor deseja que nós choremos pelas nossas consciências, que dentro de nós haja choro e arrependimento. ELE fala: — Não choreis.

Vai ficar pior, e é interessante que quem olha a história do povo judeu, o que Jesus falou que iria acontecer em Jerusalém, em parte já aconteceu. É só ver a história de Jerusalém, a história daquele povo, o quanto já sofreu. E vai continuar sofrendo, e vai chegar ao ápice de sofrimento numa hora chamada “a grande tribulação”. Por quê?

Porque eles recusaram a Vida, então que fiquem com a morte.

No começo dessa pregação foi dito que tem coisas que viraram moda, por exemplo, fazer a paixão de Cristo num teatro, chamar artistas famosos..., virou moda. Parece assim: “Nossa que bacana aquele artista vai estar na encenação da paixão de Cristo...”.

Isto não tem sentido algum pra alma! Por isso que num certo sentido, ELE deixou escrito, não deixou uma cerimônia ou um filme..., porque é pra nós sermos tocados por dentro, para lermos (ou ouvir o que está sendo lido) e isso trabalhar internamente em nós. Não é para apenas ficarmos olhando (assistindo vislumbrados) e se desligar (desligar nossa alma e nosso espírito).

Da mesma forma ficou a cruz. Olhe para o que foi a Cruz de Cristo, o que ELE passou naquele madeiro.

“Maldito todo aquele pregado no madeiro”. E você olha em volta, e tem cruz para todo e qualquer lado. As pessoas penduram cruz, usam-na penduradas ao pescoço, como se fosse algo bonito para se mostrar... – outra pessoa ao ver alguém usando uma cruz pendurada ao pescoço pergunta: ”Ah você é cristão?”. E esta responde: “Ah, eu sou... (exibindo a cruz pendurada ao pescoço, sentindo-se estar fazendo algo de ‘bonito’ diante da pessoa que perguntou)”.

Olhe tudo que Cristo sofreu. Olhe para ELE. Não olhe para mim (para as pessoas) não! Olhe para ELE!

Leia, e medite. Você tem coragem de colocar uma cruz de ‘enfeite’?

Olhe para o Senhor.

Vale lembrar que a morte por crucificação foi uma morte pagã. Os judeus não crucificavam as pessoas, eles apedrejavam. A morte DELE foi uma morte pagã. O Senhor veio para o que era Seu e os seus não O receberam, e esses expulsaram o Senhor Jesus Cristo do mundo.

E quando a gente acha que não pode ter mais tanto sofrimento, tanta coisa difícil, ainda tem um ladrão crucificado ao lado do Senhor que zomba DELE.

A que ponto a gente consegue chegar. O Senhor crucificado, condenado à morte, o ladrão ainda zomba: “Te salva a ti mesmo e a nós”.

Mas, uma das cenas mais maravilhosas, que mostra a suprema Graça de Deus, é quando Deus e uma alma se encontram. Este momento é solene.

O segundo bandido condenado à morte se vira e fala ao outro: “Nem assim temes a Deus”? Esse segundo bandido foi tocado pela Graça. “Você não está envergonhado por ser um ladrão?”

A obra de Cristo foi para ele, e também foi nele. Assim como é em todo cristão. Em cada um que ouve esta palavra: “Crê no Senhor Jesus e será salvo. O Sangue de Jesus Cristo – Seu Filho – nos purifica de todo pecado”. Aquele que ouve e que crê, esta obra é nele. Foi para você, e ELE será em você.

Isto é o que Deus quis dizer com a cruz. É isto o que Deus pode fazer por um pecador.

Nós vimos esses dias, um ex-presidente acusado de várias coisas ser preso. O homem pode prender, e ele deve prender porque ele tem poder. Deus deu poder aos magistrados, então eles devem prender sim um malfeitor, um assassino, um bandido, mas nada que o homem pode fazer toca a alma do homem. O preso vai sair de lá na mesma condição na qual entrou, ele não muda. Só o poder de Deus é capaz disso. Nenhum poder humano faz isso.

E aquele ladrão, naquela cruz, ele entendeu a condição que ele estava, e quem ele era. E assim como milhares de anos antes dele, aqueles judeus ficaram em casa comendo um cordeiro, não tiveram que fazer nada além de passar o sangue na porta. Esse ladrão crucificado como o Senhor Jesus, preso ali sem poder fazer nada além de uma coisa: “crer no Senhor Jesus”.

E é esse homem que inaugura o Paraíso. Quando nós lemos o novo testamento, é para esse homem, a primeira vez, que o Senhor Jesus fala de Paraíso: — Ainda hoje estarás comigo no Paraíso.

Vale lembrar que, se nós achamos que as pessoas que estão ao nosso redor são ruins, esse bandito era tão ruim, tão ruim que o mundo estava se livrando dele, e de uma maneira que não era rápida, e sim para sofrer bastante. Então, esta pessoa no caso não tinha nada de bom para oferecer. E ainda nós temos a ilusão de que temos algo a oferecer para Deus.

A Graça para nós é de graça. Para Deus, o Senhor Jesus, não foi de graça. ELE pagou por isso. Cada pecado cometido por nós, cada pecado cometido por cada um em todos os tempos, Ele pagou, Ele recebeu Nele.

Então ninguém pode mudar a natureza de outra pessoa. Nenhum castigo humano, nenhuma provação humana, nenhum sofrimento humano, pode mudar alguém ou a natureza de alguém. Apenas o Poder de Deus.

Lembra-se do ‘verniz’, a pessoa pode mudar por fora.

Alguém pode dizer: “Ah, aquela pessoa bebia, ela sofreu um ataque do coração, agora ela não bebe mais”. Mas e por dentro? A mesma coisa, pecador perdido.

Outra pessoa pode dizer: “Ah, mas ele sofreu um acidente, agora ele ‘vai à igreja’, ele...” Se ele não creu no Senhor Jesus, é apenas um ‘verniz’, será apenas um ‘verniz’.

“Mas o ladrão..., vamos prendê-lo por que assim ele vai aprender...”, ele vai aprender e quando ele sair de lá ele vai continuar do mesmo jeito.

Apenas poder de Deus: Crê em Jesus e será salvo.

E enfim, naquela crucificação, o véu do templo é rasgado de cima a baixo. O véu não foi tirado, removido, empurrado de lado, ele foi rasgado. Vale lembrar que naquele lugar, ninguém podia entrar. Somente uma vez por ano o sumo-sacerdote entrava, uma pessoa.

Agora rasgado, Deus abriu Sua presença a todos que quiserem chegar a Sua presença. Como? Através de Seu Filho: Crê em Jesus e será salvo. Você terá acesso a Deus. Você não vai chamar mais Deus de Deus, vai chamá-Lo de Pai.

Vale lembrar, que quem vai aplicar o juízo neste mundo, que já está sob juízo, é Deus. O Pai não aplica juízo, o Pai disciplina.

Você ganhará o direito de ser chamado de filho de Deus. Você pode escolher isso hoje, nesse momento.

É isso que a cruz significa: um Homem em perfeita sujeição, descansando em Deus. É isso que Ele mostrou para nós. É isso que é possível ter na vida de cada um de nós. No maior sofrimento de nossas vidas, nós podemos descansar em Deus, que Ele está conosco. Está acontecendo o melhor, porque Deus está nos guiando. É Deus que está nos dando esse cálice. Se você estiver com Ele, e aqui mostra isso, um Homem, Jesus Cristo Homem, descansando em Deus.

E mostrando humanidade no Senhor Jesus, Ele passou por traição, pela crucificação, pela zombaria, e tudo que Ele passou não muda nada na Sua força. Ele brada (diz em voz alta): “Pai a Ti entrego o meu Espírito”, alto, forte, Ele não falou baixinho, não. Isso mostra que Ele ficou inalterado, o Homem perfeito que Ele sempre foi. Nós podemos pensar no pecado e não fazê-lo, Ele nem pensar em pecado pensava porque Ele não tem a mesma raiz que nós.

E diante desta cruz, tudo é trapo, tudo é vaidade.

Que Deus possa colocar no coração de cada um de nós, o que o Seu Filho Jesus passou naquela cruz, por cada um de nós, por cada um de nossos pecados.

Sim, Ele passou tudo isso em perfeita sujeição ao Pai (primeiro para Deus) a nosso favor.

Que você possa hoje, neste momento, olhar para Este Homem Bendito, e crer Nele.

Podemos dar graças: “Bendito Deus e Pai, obrigado por mais uma vez, relembrarmos o que Teu Filho fez por nós. Obrigado por tão grande Salvação. Que esta palavra, possa encontrar corações abertos a Ti, ao Teu Amor, ao Teu Filho, enquanto ainda estamos aqui, e enquanto ainda há tempo. Obrigado pelo Seu grande Amor que nos ama. No precioso nome de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, amém”.