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Solidao, amor e figos - Mario Persona



https://youtu.be/bpS0BECPLAA

SOLIDÃO, AMOR E FIGOS
Mario Persona

É impossível alguém pregar o evangelho sem falar de Gênesis e no evangelho de João 3: 16: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna”.

É impossível pregar o evangelho sem que a pessoa saiba realmente o que é ser salvo. Salvo de quê e por quê? Por que você, eu, todos nós somos pecadores. Mas porque sou pecador? De onde veio o pecado, qual a origem disso?

Toda pregação do evangelho, de uma maneira ou de outra, acaba levando a conversa para Gênesis, falando da queda, falando do pecado, para depois levar a conversa para Cristo Jesus no novo testamento, falando então do remédio contra o pecado. Não adianta apresentar o remédio sem que a pessoa saiba que está enferma, ela precisa conhecer de onde vem a sua enfermidade.

Em Gênesis, logo depois da criação de todas as coisas, quando tudo estava maravilhoso, o homem já havia sido criado, o capítulo 2, 18 diz: “Disse mais o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora que lhe seja idônea.”

Deus deu uma sentença contra a solidão, Ele foi o primeiro, antes mesmo que Adão reclamasse de sua solidão ou pedisse uma companhia, Ele sabia que não era bom que o homem estivesse só. Ele precisava dar a Adão uma companheira. E assim Ele criou a mulher, o que foi um dos primeiros milagres que aconteceram na Bíblia.

A criação da mulher foi sob encomenda para o homem, embora Deus tenha criado tudo muito bom e bonito, para que o homem pudesse viver no Jardim do Éden.

Deus então lançou Adão em um sono profundo e de uma costela do seu lado tirou a mulher que seria sua companheira. Hoje conhecemos esta história, que este homem e esta mulher estavam no Éden, em perfeita harmonia com tudo que havia ao redor, sem necessidade de coisa alguma, com tudo o que Deus havia proporcionado do bom e do melhor para eles. E havia, no meio do jardim, uma “árvore da vida”, mas havia também uma “árvore do conhecimento do bem e do mal”.

E Deus colocou uma questão, pedindo que eles não comessem do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. Não sabemos que árvore era essa, certamente não era um pé de maçã, pois esta, aparece na Bíblia só em Cantares.

A Bíblia não diz que árvore era, mas a primeira que aparece na Bíblia é uma figueira cujas folhas Adão e Eva tentaram usar para cobrir a sua vergonha por terem pecado, desobedecido a Deus. Após terem caído em pecado, viram que estavam nus, então tentaram se cobrir com as folhas de uma figueira.

A partir do pecado, aquilo que o homem tentou fazer, que era ser dono do seu próprio destino, conforme Satanás tinha dito para Eva: “Sereis como Deus, conhecedor do bem e do mal”, os levou a perder a comunhão com Deus, o que foi a maior catástrofe da humanidade.

Quando alguém pergunta qual foi a maior catástrofe da humanidade, logo a resposta é a Segunda Guerra Mundial, o tsunami, o dilúvio universal! Mas não!! A primeira catástrofe foi no jardim do Éden. Um homem e uma mulher, uma tentação, uma ordem dada por Deus não cumprida e a queda. Todas as outras catástrofes, os outros males da humanidade advêm desta primeira desobediência do ser humano.

Deus resolveu o problema do homem dando a ele uma ajudadora, porém o pecado entrou e detonou aquilo que Deus tinha feito. A partir de então, o que mais existe na face da terra é a solidão.

Nós vivemos na era das telecomunicações, da internet, das redes sociais. Todos estão nas redes sociais, têm companhia, a qualquer momento se pode receber uma mensagem de alguém, ou se mandar uma mensagem e isto nunca existiu antes.

Antes, alguém sozinho em sua cidade não tinha como falar com um conhecido em outra cidade, mas hoje, em três segundos você pode estar conversando com a pessoa independentemente de onde estejam, colocando um vídeo em sua tela e conversando. Isto é algo completamente diferente.

Minha filha conversava com seu noivo pela internet, ele aqui no Brasil e ela nos Estados Unidos, os dois se olhando, conversando e almoçando juntos todos os dias. Meu filho conversa com sua noiva na Romênia! Estas coisas não existiam antes, mas mesmo hoje, com toda esta possibilidade de comunicação num relacionamento, o homem e a mulher continuam seres solitários, e nunca se teve tanta solidão na humanidade quanto hoje.

Todos sabem o que é solidão, sentir se sozinho, sem companhia.

As artes exploram à enésima potência a questão da solidão. As músicas românticas, por exemplo, não são trazem em suas letras a solução da solidão, pelo contrário, trazem dor de cotovelo! Todas! A música sertaneja, dizem, que se você fizer o disco tocar ao contrário, o cavalo volta, o cachorro ressuscita, a mulher volta. São todas músicas de perdas, perda de relacionamento, de companhia, perda disso ou daquilo.

As artes expressam o que acontece todo o tempo com o ser humano. Novelas na TV, filmes, livros, romances, sempre estão tentando resolver seus problemas amorosos. Mas não resolvem! Existe no coração do homem aquela insatisfação, um sentimento de solidão. Ele precisa de uma companhia.

Há um autor chamado Willian Temple, um clérigo Anglicano que escreveu algo muito interessante e pode ser encontrado na internet. Ele disse assim: “Aonde vai seu pensamento quando você não precisa pensar em nada, quando o ambiente ao seu redor não distrai a sua mente”? Para onde seu pensamento viaja, o que ocupa sua mente, o que você mais gosta de pensar, qual seu tema preferido para sonhar acordado, aquilo que lhe dá maior conforto e faz sua imaginação voar, isso é o seu Deus!

A sua religião é aquilo que você faz com a sua solidão. A minha ocupação para resolver o problema da minha solidão, é o meu deus.

O primeiro milagre que Deus fez em relação ao homem, foi justamente em resolver um problema, a necessidade humana de relacionamento. E Deus então promoveu o primeiro casamento da história no jardim do Éden, quando Ele trouxe uma companhia para Adão. E este foi o primeiro casamento.

Curiosamente, o primeiro milagre feito pelo filho de Deus, no novo Testamento, foi num casamento, no momento em que Ele resolveu um problema, quando o vinho acabou!

O vinho, no Antigo Testamento nos fala de alegria, alegra o coração do homem. E o Senhor Jesus resolveu um problema de casamento lá no começo, no Jardim de Éden, e de casamento, na vinda do Senhor Jesus, quando em João 2:11 fala assim: “Assim deu Jesus início aos seus sinais em Caná da Galiléia, e manifestou a sua glória; e os seus discípulos creram nele.”

O primeiro milagre de Jesus não foi curar um leproso, não foi andar sobre as águas ou alimentar multidões, mas foi resolver um problema de um casamento, o problema de um bufê de uma festa de casamento.

Mas que importância tem isto? Isto tem toda a importância, pois lá no Éden Deus falou que o homem não pode ficar só.

E a última e mais importante manifestação de benção para o homem na Bíblia é um casamento! Quando lá em Apocalipse 21: 9, fala; E veio um dos sete anjos que tinham as sete taças cheias das sete últimas pragas, e falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei a noiva, a esposa do Cordeiro”.

Que coisa belíssima! O relacionamento, do começo ao fim da Bíblia, para resolver o problema da solidão, porque Deus está interessado na minha solidão, na sua solidão, na solidão de cada pessoa, interessado em resolver o problema da solidão do homem.

Deus efetivamente resolveu, mas Ele não sabia o que é ser solitário. Na eternidade, antes de existirem todas as coisas, havia apenas Deus, Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo em um relacionamento eterno de amor, onde não havia qualquer gota de solidão, porque ali estavam os três, o Pai, o Filho e o Espírito Santo eternamente, em perfeito  relacionamento de amor, SEM solidão.

Deus precisava entender o que era ser solitário, e foi esta, uma das razões do Senhor Jesus se fazer homem.

A questão daquele pecado lá do Éden estava envolvida quando o Senhor Jesus veio ao mundo como homem. Deus iria dar a solução, providenciando uma paga, um juízo que caísse sobre um culpado.

Lá no Jardim do Éden Deus deu um sinal de como seria a solução para o problema do pecado. Deus matou um animal e utilizou a pele deste animal e fez vestimenta para cobrir a nudez de Adão e Eva. Um animal inocente morreu no lugar do culpado.

Era como se Deus avisasse que esta seria a solução para o pecado. E ao longo dos séculos, milhões de animais foram sacrificados, sempre trazendo à tona, a comemoração do pecado, em memória ao pecado, como sendo este, o problema do ser humano.

Até que depois de provar o homem de diversas maneiras, com a lei, com promessas, o Filho de Deus vem ao mundo e se faz homem, assume a forma humana, mas sem pecado.

Ali estava o criador do universo, na forma humana. Mas, na forma humana Ele tinha que aprender algumas coisas, e a Bíblia fala que ele precisou aprender a obediência. Obviamente ele nunca tinha necessitado andar em obediência, como andou aqui. Ele aprendeu a andar em obediência ao Pai, e muitas outras coisas, como a andar, a falar como ser humano, a comer, a beber, aprendeu o que é sentir fome e sede. Jesus aprendeu uma série de coisas que nunca na eternidade Ele, o filho de Deus, tinha passado.

Mas Ele aprendeu uma outra coisa, a solidão. Portanto, quando alguém diz que Jesus conhece o que você está sentindo, outro pode falar: Conhece nada! Imagina! Mas sim, Deus conhece.

Tem um versículo em Isaías capítulo 53 vs. 3 que diz assim: Era desprezado, e rejeitado dos homens; homem de dores, e experimentado nos sofrimentos; e, como um, de quem os homens escondiam o resto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum.

Você já foi rejeita ou rejeitado? Existe alguém que foi mais rejeitado entre os homens, acima de qualquer escala. Homem de dores experimentado nos trabalhos e comum, de quem os homens escondiam o rosto. Já esconderam o rosto de você? Alguém mudou de calçada quando você ia passar? Isso acontece! E mudavam de calçada quando Ele ia passar, Ele era rejeitado. Não fizeram dEle caso algum.

Tem um salmo que explica bem este sentimento de Jesus, Salmo 102: 6. “Sou semelhante ao pelicano no deserto; cheguei a ser como a coruja das ruínas. Vigio, e tornei-me como um passarinho solitário no telhado.”

Um pelicano é um pássaro que caça peixes. No deserto, Ele está sozinho, lugar onde não deveria estar. Sou como uma coruja na solidão. Vigio, ou espero, sou como o pardal solitário no telhado. Estes são os sentimentos de Cristo quando ele estava no mundo e isto foi previsto nos salmos, pelo menos mil anos antes da vinda de Jesus ao mundo. Solidão, como um pardal solitário no telhado.

Então, o que Deus fez com ele? Mais solidão ainda do que se podia imaginar, porque, se durante toda a carreira de Jesus como homem aqui na terra, Ele podia se dirigir ao Pai o tempo todo, podia usar o seu poder para curar e ajudar as pessoas.

Chegou o momento em que Ele tinha que passar por algo que homem algum podia ou poderia passar, pois, tinha que ser alguém sem pecado. Ele tinha que ser feito o sacrifício, o animal, o cordeiro para ser sacrificado no lugar do pecador.

Era esta, a solução que Deus tinha para aquele pecado lá do Jardim de Éden.

E o que é a personificação do pecado?

Em 2ª Coríntios 5:21, há um versículo que diz assim: “Aquele que não conheceu pecado, Deus o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus.”

Na cruz Jesus foi feito pecado. Não sabemos explicar, mas ali foi feito pecado, e sobre Ele caiu todo o juízo de Deus. Deus fez justiça absoluta contra o pecado na pessoa daquele Homem, pregado numa cruz. E, se a sua solidão já era tamanha, ao ponto de ser rejeitado, desprezado e cuspido por todos os homens, ao ponto de nem a própria família acreditar nele e achar que ele estava louco, como diz em uma passagem no Evangelho, chegou ao ponto extremo quando se fez trevas sobre a terra durante horas.

E que trevas eram estas? Deus é luz, e ali estava um Homem sobre qual pesava o pecado, sobre quem estavam sendo lançados todos os pecados da humanidade, os pecados de todos os que seriam salvos por Cristo.

E naquele momento, Ele clama, chamando Deus de “Deus”! Ao longo de sua carreira aqui no mundo, Ele sempre O chamou de Pai. Seu relacionamento com Deus era um relacionamento de Filho com o Pai. Mas ali, Ele faz um clamor a Deus. "Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?" Mateus 27:46; perto da hora nona, “Eli, Eli, lamá sabactâni”; o que quer dizer: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”

Por que ele estava em trevas, estava desesperado de dor, de sofrimento, do juízo que caia sobre Ele, da solidão. E durante aquelas trevas Ele não podia enxergar ninguém, nem Maria, sua mãe ou o Apostolo João. Ele tinha, antes, até visto as pessoas em volta da cruz, aqueles que estavam ali, uns para zombar, outros com piedade, com pena, mas agora ele estava envolto em densas trevas, ninguém via o que ele estava sofrendo, porque homem algum jamais será capaz de compreender o que Cristo sofreu na cruz, é inimaginável. Mas Ele também não via ninguém.

Quando Ele falava nos Evangelhos que aquele que merecia ser condenado seria lançado em trevas exteriores, é por que esta será a condenação do pecador que não crê em Jesus e não for salvo, este ficará imerso em trevas exteriores ao seu redor, por toda a eternidade.

Isto bastaria para alguém suar frio! Muitas crianças e adultos têm medo do escuro! Imagine passar a eternidade em trevas exteriores sem possibilidade de encontrar os amigos, não encontrar ninguém no inferno, estar lá sozinho. E se os amigos estiverem lá, não vão enxergar uns aos outros! Por que isso é juízo! E Deus não vai ter participação alguma com os lançados no lago de fogo, com os condenados eternamente. Mas por quê? Porque essas pessoas nunca quiseram a Deus, nunca quiseram ter um relacionamento com Deus, quiseram viver sozinhos, independentes de Deus, e Deus vai deixá-los independentes, como sempre quiseram.

Deus é luz? Pois não haverá luz onde estarão, estarão totalmente independentes de Deus, como quiseram viver aqui no mundo.

Se um pecador perdido, impenitente, sem se arrepender, sem crer em Jesus, fosse levado para o céu, o céu seria o inferno para ele, pois ele nunca quis estar no céu. Ele quis sempre a independência de Deus, então ele permanecerá independente.

Mas este que morreu na cruz, que derramou seu sangue, este passou por uma solidão absoluta para nos salvar. E se alguém se pensou ser ou estar solitário, sem amor, sem ninguém para se relacionar, não passou pelo que Cristo passou, pela solidão absoluta e Ele sabe o que passa no coração de cada um.

Em Hebreus 4: 15 diz: “Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado.”

Ele não tinha pecado, o pecado estava à parte, mas Ele foi tentado, provado, testado em tudo, Ele conhece cada sentimento do coração humano, exceto obviamente os sentimentos pecaminosos que temos. Mas, Ele conhece o sentimento de solidão que invade o seu coração, quando você à noite deita e fica pensando. Estou sozinho, estou só. E agora? Ele sabe! Ele é Deus. Ele sabe! Ele é homem. Ele sabe. Um Homem perfeito.

Alguém hoje mencionou o privilégio que temos de encontrarmos pessoas de diferentes origens e países tão diferentes, pois nunca teríamos nos encontrado, se não fosse por Cristo! E esse mesmo Jesus que nos atraiu, é o que nós temos em comum!

Os que são salvos, os que creem em Cristo como seu Salvador, os que já têm o perdão dos seus pecados, já têm a salvação eterna, podem ter muitas diferenças, podem falar em sotaque de outra língua, podem ser altos, gordos, magros, não importa, mas têm uma coisa que é comum a todos: Jesus! Nós temos Cristo em comum!

Aquele Deus que precisava entender o que é a solidão humana, não somente efetivamente entendeu, como também solucionou o problema da solidão humana.

Em Efésios 2: 19 fala assim; “Assim, pois, não sois mais estrangeiros, nem forasteiros, antes sois concidadãos dos santos e membros da família de Deus”. Deus que faz o órfão habitar em família, que se compadece da viúva, Deus que faz com que pessoas idosas como Simeão e Ana, que no tempo que aguardavam a vinda do Messias, pudessem falar assim: Os meus olhos viram agora! Satisfeitos. Aquela espera tinha terminado.

“Assim, pois, não sois mais estrangeiros, nem forasteiros, antes sois concidadãos dos santos e membros da família de Deus”.

Temos família agora. Somos membros da mesma família quando cremos em Cristo! Isto é privilégio dos salvos por Cristo. Porque antes de chegar a este privilegio, é preciso primeiro reconhecer-se pecador, mergulhado nas trevas do pecado, reconhecer e crer que Jesus, na cruz do calvário, morreu para pagar os seus pecados, e que uma vez que você creia nele como Seu Salvador, o juízo de Deus que caiu sobre Ele, fica valendo para você, porque Ele terá representado você na cruz. E Deus olhará para você agora através de Cristo, sem pecado perfeitamente perdoado, seus pecados, lavados completamente, pelo sangue precioso que foi derramado uma vez, naquele sacrifício lá na cruz.

A solidão se dissipa quando você ocupa seu pensamento com Deus, e não com um tema preferido para sonhar acordado, ou alguma coisa que te dê maior conforto e faz sua imaginação voar, ou uma pessoa ou relacionamento que tem data para terminar.

 Não existe relacionamento maravilhoso que nunca acabe! Todo relacionamento acaba, tudo nesta terra acaba. Sempre achamos que é o vizinho quem morre, mas todos acabam aqui. Tudo aqui termina, tudo aqui é matéria, tudo aqui é finito.

As coisas infinitas são aquelas que Deus oferece, e o relacionamento infinito, permanente e eterno, é o relacionamento que Cristo agora oferece a você.

Aquele que foi solitário aqui na terra, aqui no mundo, não será solitário no céu. Ele já começa aqui na terra a atrair para si, com a sua voz de amor, aqueles com quem Ele quer se relacionar. Você quer atender este convite? Você recebeu a sua mensagem de WhatsApp de Cristo, falando vinde a Mim? Você ouviu a voz do Salvador para crer nele? Você ouviu?

Não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos santos, e da família de Deus;

Deus amou Adão de tal maneira, que lhe deu uma companheira. Deus amou o mundo de tal maneira, que deu Jesus. Entregou ao seu próprio filho a este mundo, a pecadores.

Em Efésios capítulo 5: 25, 26, diz; Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também, Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela, para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela Palavra.

A Igreja na Bíblia é a noiva de Cristo, a esposa de Cristo. Tudo começou com um casamento lá no Jardim do Éden, quando Jesus veio ao mundo, e o primeiro assunto a tratar aqui, foi um casamento, tamanha importância Ele dá ao casamento, ao relacionamento, ao fim da solidão. E o último assunto relacionado a Jesus e aos seus salvos, é um casamento.

Cristo amou a Igreja. Mas o que é a Igreja? A Igreja é o conjunto de todos os salvos por Cristo. Todos aqueles que colocaram sua fé em Jesus, são acrescentados ao seu próprio corpo que é a Igreja. E Cristo está ajuntando esta sua noiva hoje, aqui na terra. Talvez, neste momento, falte apenas um para ser acrescentado ao corpo de Cristo.

Pode ser que agora falte um, e no momento que este “um” for acrescentado por Cristo ao seu corpo, a Igreja será arrebatada. Ele virá buscar sua noiva, ela já estará aqui completa.

Algumas doutrinas falam que alguns cristãos salvos por Cristo terão que passar pela tribulação, terão que sofrer, como se a obra de Cristo não fosse suficiente para resolver o problema do pecado. Outros falam que uma parte apenas, os vencedores irão ao arrebatamento, os perdedores ficarão aqui.

Mas então você pode falar: Que noivo é este que vem buscar sua noiva, mas que vai levar somente a metade? Você se sujeitaria ao noivo a se casar e receber no dia do casamento a metade da noiva? Uma porcentagem da noiva? Não! Vem buscar a noiva, e a noiva é inteira, completa, com todos os que fazem parte desta noiva, que é a Igreja.

Mas para isso, ele precisou morrer. Morrendo, Cristo resolveu o problema da sua própria solidão! Ele estava solitário, estava se sentindo sozinho como você pode estar se sentindo sozinho agora, e para resolver o problema da sua solidão ele precisava morrer. Estranho não? Mas ele disse isto.

Em João 12:24, “Na verdade, na verdade vos digo que, se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas se morrer, dá muito fruto”.

E hoje, Jesus não está só. Ele está acompanhado. Ele está no céu, e os seus aqui na terra que ainda não partiram para o céu, O estão aguardando vir buscar. Os que já partiram, estão em alma e espírito no céu, porém também aguardando o momento da ressurreição de seus corpos.

Cristo virá buscar sua Igreja e levar todos os salvos, não apenas espíritos salvos, mas o espírito, a alma e o corpo. A Bíblia nunca coloca a ordem, alma, corpo e espírito, a Bíblia sempre coloca na ordem, espírito, alma e corpo, porque o espírito é a parte mais nobre da nossa comunicação com Deus, a alma é a parte dos sentimentos e o corpo a nossa parte material.

Seremos para sempre depois de salvos, espírito, alma e corpo com Cristo no céu, porque agora no céu neste exato momento, existe um homem, não um ser etéreo, transparente, esfumaçante! Não! Existe um Homem de carne e ossos, o mesmo homem que morreu na cruz, que ressuscitou no terceiro dia e falou para Tomé: Ponha a sua mão aqui na minha ferida no meu lado, me dê peixe, me dê um favo de mel. Veja! Eu não sou um fantasma, eu sou carne e ossos.

É assim que há um no céu um homem, e este homem virá buscar seres humanos na terra, salvos por Ele, perdoados e lavados por Ele. Você faz parte deste grupo? Dos salvos?

Não falando de religião, mas de salvação, você faz parte destes salvos por Cristo?

Se você faz parte dos salvos, a sua solidão foi resolvida, mas se você ocupa a sua solidão com qualquer outra coisa que não seja Cristo, isso é como ganhar um presente e brincar com papel de embrulho, é não abrir a caixa para pegar o presente.

Realmente Ele conhece a sua, a minha solidão. E Cristo é realmente a nossa ocupação.

E para terminar, há uma história de amor, e todos gostam de história de amor, de paixão:

Era uma vez uma árvore que realmente existe, e a primeira árvore do Jardim do éden, cujo nome citado é a figueira, cujas folhas foram tiradas para fazer um avental para Adão e Eva. Alguns documentários sobre a figueira dizem que a Figueira é uma coisa maravilhosa. Há documentários, em inglês que a definem como uma árvore milagrosa, maravilhosa, tipo “wonderful tree”. A figueira é um eco sistema completo, da qual dependem inúmeros animais, aves insetos, fungos, e uma série de vida floresce na figueira, macacos se alimentam de figos, girafas comem suas folhas, besouros entram no seu tronco, pica-paus fazem lá seus ninhos. Tudo isto numa figueira. Uma figueira às vezes dura centenas de anos.

A figueira é uma das árvores frutíferas mais comuns nas florestas do mundo inteiro, há mais de 700 espécies em todo lugar, elas são um pouco diferentes umas das outras, mas é uma das mais comuns.

E esta figueira é um caso interessante de amor e principalmente de simbiose.

Ao contrário do que muitos pensam, o figo, aquela coisinha que se abre vermelhinha por dentro não é uma fruta, mas uma flor. O figo é uma flor, mas a fruta está lá dentro, a fruta é pequenininha! Aquela crocância, aquele crec, crec no dente, aquilo, sim, é o fruto. Mas tem outras coisas lá dentro, porque sendo uma flor enrustida, virada para dentro, podemos perguntar: Como que ela será polinizada?

Quem não faltou à aula de biologia sabe que uma árvore ou um fruto, para nascerem, é preciso que a abelhinha vá polinizar a flor, levar o pólen para a outra árvore, ou para outra flor, para então as flores, os frutos serem fecundados.

E como que é polinizar? Aí começa esta história de amor incrível.

Aquela figueira de centenas de anos, frondosa, enorme, altíssima depende de uma vespa de um tamanho que é capaz de passar em buraco de uma agulha grande de tão pequenininha que é. A figueira de centenas de anos depende de uma vespinha que dura horas, têm horas de vida, e esta vespinha, voa, voa, até encontrar um figo. Então, começa a furar o figo, e vai furando, furando e quando chega lá dentro, no processo ela perde as asas, as anteninhas, e lá dentro ela bota os ovos e morre. Ali será o seu sarcófago.

Quando alguém comeu o figo, um daqueles crocs deve ter sido o exoesqueleto de uma vespa! Mas aqueles ovos vão explodir e chocar dentro do figo e vão nascer dois tipos de vespinhas, as vespinhas machos que não têm asas e as vespinhas fêmeas, que têm asas. As vespas machos só existem para uma finalidade, que é fecundar a vespa fêmea para ela botar mais ovos fecundados.

Agora todo este relacionamento de amor entre a vespa macho e a vespinha fêmea, acontece em um lugar de extrema escuridão, pois dentro de um figo deve ser escuro demais. Eles não se veem!

Os relacionamentos humanos são baseados em aparências, a pessoa é bonita, forte, alta, mas as vespinhas se relacionam sem se enxergarem.

A vespinha macho, depois de ter fecundado a vespinha fêmea, começa a abrir um túnel que tem que ser maior do que seu próprio corpo, porque ela é menor do que a vespinha fêmea. Então ela tem que fazer um furo e sair do figo. E quando o macho sai do figo, ele morre! Terminou a sua finalidade.

Mas com sua morte ele vai salvar a vespa fêmea e a figueira inteira que vai poder se reproduzir, porque atrás dele vem à vespinha fêmea trazendo pólen que estava dentro do figo e vai saindo, saindo. Ela sai daquele túnel, passando por um caminho com uma luz à frente, nunca antes tendo visto luz na vida, tendo sempre vivido na escuridão como um pecador que nasce e vive em densas trevas de pecados e morte.

Mas um dia tem uma luz, a luz de alguém que abriu o caminho com a sua morte para que o pecador pudesse ser salvo, ver a luz e ser salvo. E esta vespa vai sair voando, viajar por uma grande distância até encontrar um figo para começar o processo de novo.

Parece que Deus coloca estas histórias de amor na natureza, dando uma pincelada do que o Senhor Jesus usou muitas histórias de parábolas falando de coisas deste mundo.

No antigo testamento, a Bíblia toda fala, as árvores conversam, batem palmas, tem toda uma linguagem simbólica.

Mas que história de amor. História de “um” que morre para tirar o outro das trevas, para que tenha vida. Você já experimentou esta história de amor? Você já recebeu a Jesus como a solução da sua solidão ou você está procurando outro ou outra? Ou uma coisa qualquer que ocupe seus pensamentos?

Repetindo, então, quando você não precisa pensar em nada, quando a sua mente não é distraída pelo ambiente ao seu redor, aonde o seu pensamento vai, com o quê a sua mente costuma se ocupar, em que você mais gosta de pensar, qual o seu tema preferido para sonhar acordado, o que lhe dá maior conforto e faz sua imaginação voar? Isso é o seu Deus! A sua religião é aquilo que você faz com a sua solidão.

Podemos dar graças pela Palavra.

Nosso Deus e Pai, te damos graça por Este que veio ao mundo, aprendeu o que é ser só, viveu aqui em extrema solidão, rejeitado, zombado evitado pelos homens, chegando até o ponto de ter sido evitado pelo próprio Deus em trevas completas, pendurado, recebendo a paga pelos nossos pecados. Mas Ele ressuscitou e está agora no céu.

Pai, que o teu Santo Espírito possa levar este convite aos corações, para aqueles que ainda estão olhando para esta vida, para este mundo, em busca de uma solução para a sua solidão, para que Tu possas entrar profundamente nestes corações tenebrosos, para abrir ali um caminho que é Cristo Jesus, para a salvação e o perdão dos seus pecados.

Leva essas pessoas, Pai, a crerem no Salvador Jesus, de uma vez para sempre a encontrarem um que é o perfeito amigo, mais amigo que um irmão, Aquele com quem passaremos em companhia eternamente.

Pedimos Pai, que possamos desfrutar mais de Cristo, mais de Deus. Pedimos para aqueles que ainda não têm o Salvador, que hoje inaugure esse relacionamento com Jesus que morreu na cruz por nós. Agradecemos pelo alimento que partimos e pedimos que nos guardes. Pedimos e agradecemos pela comunhão que temos uns com outros, colocando em prática este relacionamento que não tínhamos antes de fazermos parte da família de Deus.

Nós pedimos e agradecemos em nome de Nosso Senhor Salvador Jesus. Amém!