https://youtu.be/QCixrt1MZvU
Quanto
tempo leva daqui ao além?
Mário
Persona
A que distância será que estamos do céu? Quanto tempo levaria para alguém chegar ao
céu? Quantos quilômetros teria que percorrer? Vemos em algumas culturas, que
alguns povos acreditavam que iriam fazer uma viagem após a morte. Os egípcios
levavam os corpos num barco para suas sepulturas, os vikings também sepultavam
seus chefes dentro de uma embarcação, porque acreditavam que tinham uma viagem
a fazer. Levavam mantimentos também para a sepultura, porque pensavam que
precisavam ir a um lugar muito distante.
Mas qual será a distância que estamos do outro lado da vida, do mundo espiritual, segundo a Bíblia? Ela nos dá algumas dicas. Em 2 Reis, no Antigo Testamento, temos uma passagem que é bem impressionante. O povo de Israel está em guerra com o rei da Síria e quando o exército de Israel se apresenta no campo de batalha, ou vai batalhar contra o exército da Síria, os israelitas estão em muito menor número, em grande desvantagem. Vemos o profeta Eliseu em 2 Reis 6:14: "E o servo do homem de Deus se levantou muito cedo e saiu, e eis que um exército tinha cercado a cidade com cavalos e carros; então o seu servo lhe disse: Ai, meu senhor! Que faremos? Então enviou para lá cavalos, e carros, e um grande exército, os quais chegaram de noite, e cercaram a cidade”. Situação terrível esta. A cidade cercada por um grande exército, e eles sem condições de se defender, sem chances de fazer frente àquele exército, estando em muito menor número.
Mas
Eliseu responde ao seu jovem servo: “Não
temas; porque mais são os que estão conosco do que os que estão com eles.
E orou Eliseu, e disse: Senhor, peço-te que lhe
abras os olhos, para que veja. E o Senhor abriu os olhos do moço, e viu; e eis
que o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo, em redor de Eliseu”. O jovem não via, não era capaz, obviamente
como qualquer ser humano, de enxergar o mundo espiritual. Ele não via que bem
ali, ao lado dele, havia todo um exército de anjos, de seres espirituais,
carros, cavalos e carros de fogo, claro que apresentados numa forma que fosse
possível para o servo de Eliseu entender que aquilo era um exército que iria
batalhar por eles. Aqui podemos ver que estamos muito perto do mundo
espiritual. Ele está, poderíamos, dizer, logo aí.
E
quanto tempo então leva para uma pessoa passar desta vida para a vida no além?
Um piscar de olhos! Esse é o tempo. Quando a Bíblia fala dos salvos em Cristo,
quando estes serão transformados para encontrarem o Senhor, ela fala de um
piscar de olhos. E isso é literal. Porque é o tempo de fechar os olhos e abrir
de novo, para já estar no mundo espiritual. Isso deveria nos fazer um pouco
mais solenes e preocupados com a condição espiritual de cada um. Porque
nascemos neste mundo e todos sabemos, que ninguém permanece aqui. O cemitério
está aí mesmo, para dar prova disso, embora nenhum homem acredite realmente que
irá morrer. Interessante pensar nisso.
Geralmente quem morre é o vizinho, o parente, o amigo, mas ninguém pensa na própria morte como um fato. Afinal, nunca morremos antes. Se eu disser que você vai ter que extrair um dente, e vai doer, você talvez já tenha passado por tal situação e já tenha doído; se eu disser que você vai tomar uma injeção, e vai doer, você já sentiu essa dor, você sabe o que é; se eu disser que você vai perder dinheiro, você sabe o que é isso, você já perdeu; que você vai se cansar ou vai ficar doente, ou vai ter sede, ou vai ter fome, enfim, todos nós já passamos por experiências assim. Mas se eu disser que você vai morrer, será que você realmente acredita nisso? Porque nenhum de nós morreu antes.
Geralmente quem morre é o vizinho, o parente, o amigo, mas ninguém pensa na própria morte como um fato. Afinal, nunca morremos antes. Se eu disser que você vai ter que extrair um dente, e vai doer, você talvez já tenha passado por tal situação e já tenha doído; se eu disser que você vai tomar uma injeção, e vai doer, você já sentiu essa dor, você sabe o que é; se eu disser que você vai perder dinheiro, você sabe o que é isso, você já perdeu; que você vai se cansar ou vai ficar doente, ou vai ter sede, ou vai ter fome, enfim, todos nós já passamos por experiências assim. Mas se eu disser que você vai morrer, será que você realmente acredita nisso? Porque nenhum de nós morreu antes.
Então
o ser humano às vezes, trata de forma leviana essa questão, do quão perto ele
está do mundo espiritual. Existe um versículo em Hebreus, que fala que “E,
como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo”.
Então, não há depois disso, reencarnação, não existe um túnel até a luz,
travessia de um rio distante, viajar por um mar, não! É morrer e o juízo. É
isso o que espera o ser humano. Mas alguns não vão ter esse juizo e é disso que
vou falar hoje Alguns tem o privilégio, caso encontrem a morte, de não entrarem
em juizo, porque Deus prometeu assim.
Mas
vamos ver um outro caso também da proximidade que estamos do mundo espiritual.
Em Josué 5:13, um livro antes de 2 Reis: “E sucedeu que, estando Josué perto
de Jericó, levantou os seus olhos e olhou; e eis que se pôs em pé diante dele
um homem que tinha na mão uma espada nua; e chegou-se Josué a ele, e disse-lhe:
És tu dos nossos, ou dos nossos inimigos? E
disse ele: Não, mas venho agora como príncipe do exército do SENHOR. Então
Josué se prostrou com o seu rosto em terra e o adorou, e disse-lhe: Que diz meu
senhor ao seu servo? Então disse o príncipe do
exército do Senhor a Josué: Descalça os sapatos de teus pés, porque o lugar em
que estás é santo. E fez Josué assim.”
Josué
estava num lugar na terra, mas na presença de um ser celestial. E aquele lugar
se tornava especial. Certa vez, isso também aconteceu a Moisés. Ele teve um
encontro com Deus e viu um arbusto que se queimava mas não se consumia, Moisés
foi examinar o que era aquilo e Deus, que estava ali, falou para ele a mesma
coisa “tira as tuas sandálias, porque o lugar em que estás é santo”. Quão
próximo está o mundo espiritual deste mundo que conseguimos enxergar com estes
olhos muito deficientes, muito limitados! Porque foi preciso que Deus abrisse
os olhos do servo de Josué para que ele enxergasse uma coisa maior. Um outro
exemplo também está em Gênesis 28:10:
“Partiu, pois, Jacó de Berseba, e foi a Harã; E chegou
a um lugar onde passou a noite, porque já o sol era posto; e tomou uma das pedras
daquele lugar, e a pôs por seu travesseiro, e deitou-se naquele lugar. E
sonhou: e eis uma escada posta na terra, cujo topo tocava nos céus; e eis que
os anjos de Deus subiam e desciam por ela; E eis que o Senhor estava em cima
dela, e disse: Eu sou o Senhor Deus de Abraão teu pai, e o Deus de Isaque; esta
terra, em que estás deitado, darei a ti e à tua descendência; E a tua
descendência será como o pó da terra, e estender-se-á ao ocidente, e ao
oriente, e ao norte, e ao sul, e em ti e na tua descendência serão benditas
todas as famílias da terra; E eis que estou contigo, e te guardarei por onde
quer que fores, e te farei tornar a esta terra; porque não te deixarei, até que
haja cumprido o que te tenho falado. Acordando, pois, Jacó do seu sono, disse: Na
verdade o Senhor está neste lugar; e eu não o sabia. E temeu, e disse: Quão
terrível é este lugar! Este não é outro lugar senão a casa de Deus; e esta é a
porta dos céus.”
Jacó,
teve na verdade, uma visão do mundo espiritual, e ele estava tão perto que tinha
até uma ligação, uma escada posta na terra, cujo topo tocava nos céus, mas ele
não via pessoas, mas anjos, seres espirituais trafegando por essa escada.
Mais
uma passagem no livro do profeta Isaías, capítulo 6 versículo1: “No ano em
que morreu o rei Uzias, eu vi também ao Senhor assentado sobre um alto e
sublime trono; e a cauda do seu manto enchia o templo. Serafins estavam por cima dele; cada um tinha seis asas; com duas
cobriam os seus rostos, e com duas cobriam os seus pés, e com duas voavam. E
clamavam uns aos outros, dizendo: Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos;
toda a terra está cheia da sua glória. E os umbrais das portas se moveram à voz
do que clamava, e a casa se encheu de fumaça. Então disse eu: Ai de mim! Pois
estou perdido; porque sou um homem de lábios impuros, e habito no meio de um
povo de impuros lábios; os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos”.
Aqui,
Isaías está tendo uma visão dos céus, e ele vê o Senhor assentado sobre um alto
e sublime trono. Ele viu um tempo, um espaço, um lugar no mundo espiritual com
serafins, que são uma classe de anjos. Nesta tão grandiosa visão, Isaías vê
também o quanto Deus é santo. Sempre que na Bíblia houver uma repetição de
palavras, significa uma expressão hebraica indicando o máximo de alguma
qualidade. Santo, santo, santo. A santidade de Deus. E Deus é tão santo, que
homem algum pode se apresentar diante dEle sem ser consumido. Isaias, tem essa
convicção quando diz: “Ai de mim que vou perecendo”. Ele estava perdido, estava
na frente de Deus. Será que você tem essa convicção? A Bíblia ensina que
nascemos pecadores, porque herdamos o pecado de Adão, que teve o desejo de
viver sem Deus. Pecado na sua essência é independência de Deus. Uma pessoa autossuficiente
e independente, dona do seu próprio nariz. E isso é uma expressão daquilo que
habita nela, o pecado que é algo que todos possuímos em nós. Não há um ser
humano que nasça neste mundo que não seja pecador, apenas um nasceu sem pecado,
mas ele tinha existência prévia, ele existia antes de nascer, porque era Deus!
Jesus, Deus e homem, o filho eterno de Deus. Mas, todos os seres humanos nascem
pecadores, e Isaias sabia disso, ele sabia que na presença de Deus iria
perecer. Como será que cada um de nós se sente quanto a isso?
Se
você tivesse que entrar hoje na presença de Deus, atravessar essa cortina da
vida para a vida no além, esse piscar de olhos, esse tempo que será uma fração,
um átomo de segundo, como você se encontraria com Deus? Fundamentado em que?
Dando que desculpa? Você diria que não é pecador? Ora, não há como você alegar
isso, porque a Biblia afirma que somos pecadores e cada um sabe de si mesmo,
sabe que é pecador. Todos sabemos que pecamos o tempo todo, até em pensamentos.
Como então nos encontraremos com Deus?
Obviamente alguma coisa tem que ser feita antes, que nos torne aptos a entrarmos na
presença de Deus e e não sermos consumidos pelo juízo, porque Ele é um Deus
justo, Deus é amor, mas a Bíblia fala também que Deus é fogo consumidor. Como
então nos encontraremos com Deus nesta cena que está tão próxima? O servo do
profeta via todo aquele exército em volta, Jacó via uma escada com anjos, é
então um cenário próximo, no qual podemos ser consumidos. E como faremos pra
que isso não aconteça? A resposta está no versículo 6, desse mesmo texto de
Isaías: “Porém um dos serafins voou para mim,
trazendo na sua mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz; E com a
brasa tocou a minha boca, e disse: Eis que isto tocou os teus lábios; e a tua iniquidade
foi tirada, e expiado o teu pecado”.Então, o único jeito de entrarmos na presença de Deus e não sermos consumidos, é se a nossa iniquidade for tirada, se nosso pecado for purificado. Aqui, obviamente, esse trecho tem significado simbólico, ele mostra uma brasa viva, e fogo é purificador. Sabemos que quando há doenças epidêmicas, costuma-se queimar os corpos dos mortos, para a epidemia não se alastrar, quando é algo muito perigoso, porque o fogo purifica. Mas este não é um fogo qualquer. O anjo traz uma brasa tirada do altar. Altar na Bíblia, não significa aquela mesa que vemos nos templos religiosos, geralmente uma mesa onde sobre ela é colocado um cálice, um vaso de flores, um enfeite, uma toalhinha, enfim, mas, quando lemos altar na Bíblia, este sempre será um lugar para se por fogo, um lugar para queimar animais. Os altares no começo da Bíblia eram montes de pedras onde eram colocados lenha, a vítima, ou seja, o animal que seria morto, e fogo. E aquele animal era oferecido em sacrifício para Deus. Isso era o altar. Então essa brasa que Isaias vê, vem desse altar.
Os
judeus sacrificaram animais aos milhares durante séculos, sempre fazendo
lembrança do pecado, para que Deus fosse propício para com eles, porque o
animal era morto no altar, e seu sangue retirado antes, levado numa bacia até o
interior do templo, ou antes do tabernáculo, no deserto, e lá borrifado em cima
da arca da aliança, numa tampa chamada propiciatório, e aquilo tornava Deus
propício para com o pecador e não o consumia. Porque aquele animal morria no
seu lugar. Era esse o significado do sacrifício do Antigo Testamento, logo,
essa brasa, esse fogo de juizo, vindo de um altar, significa uma vítima que
morreu nesse altar, e mesmo que Isaias estivesse vivendo antes de Cristo,
sabemos que a única vítima que iria satisfazer plenamente todos os requisitos
santos de Deus, seria o cordeiro de Deus que veio ao mundo, Jesus. Ele não
seria queimado no altar de pedra, mas seria imolado, queimado, por assim dizer,
num altar de madeira. Sobre a cruz. O fogo que cairia sobre ele não seria fogo
de uma tocha, acendida por homens, mas o fogo do juízo divino que iria
consumi-lo naquela cruz.
Quando
Jesus tomou o lugar do pecador, para morrer no lugar deste e assim cumprir o
sacrifício que Deus exigia pelo pecado, esse sacrifício por incrível que
pareça, embora tenha acontecido num determinado momento da história humana, tem
a validade para trás e para frente. Tem o poder de salvar todos os que antes de
Cristo creram que Deus iria prover um sacrifício eficaz pra purificá-los de
todos os pecados, e para todos que depois de Cristo, creram que Deus já proveu
esse sacrifício perfeito, para nos purificar.
Isaias
foi salvo pelo sacrifício de Cristo. Talvez, ele na época, não soubesse disso,
mas ele cria, tinha fé que Deus iria salvá-lo. E esse sacrifício tem valor
eterno. Chegará um dia em que não existirá mais tempo e entraremos de novo na
eternidade. A eternidade surgiu quando toda a matéria foi criada, porque Deus
criou o tempo também, criou o universo e chegará o momento em que toda matéria,
a terra, será destruída pelo fogo, e terminará também o tempo. O próprio
Einstein previu que seria impossível existir matéria sem tempo, e tempo sem
matéria. Antes dele, Santo Agostinho também escreveu sobre isso, mais de mil
anos antes de Einstein! Mas mesmo quando acabar o tempo, ainda assim, o
sacrifício de Cristo será lembrado na eternidade, porque Ele é atemporal e o
valor de seu sacrifício é eterno. Então vemos Isaias ser tocado por esse juízo,
que foi tirado do altar, a brasa viva, e o anjo anuncia que sua iniquidade foi
tirada e purificados os seus pecados. Versículo 8: “Depois disto ouvi a voz
do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Então disse eu:
Eis-me aqui, envia-me a mim”. Note a mudança na atitude de Isaias, um pouco
antes ele fala "ai de mim", agora diz "eis-me aqui, envia-me a
mim", esta é a resposta de um homem que sabe que seu pecado foi
purificado, sabe que agora não está mais debaixo do juízo de Deus, que está
pronto para servir a Deus, porque foi salvo, porque foi purificado. E esta é a
resposta de todo coração que crê em Jesus como seu salvador.
Mas
vamos ver mais um pouco sobre essa viagem da qual estou falando, essa distância
daqui até o céu, agora no capítulo 14 do evangelho de João. Estamos no Novo
Testamento, ainda não aconteceu nesse momento do evangelho, a morte de Cristo,
mas já estava previsto seu sacrifício no lugar do pecador. João 14:1: "não
se turbe o vosso coração, credes em Deus, credes em mim!” Jesus está se
despedindo agora dos discípulos, sabe que vai morrer, aliás sempre soube que ia
morrer, porque veio para isso. Cristo nasceu para morrer. “e quando eu for,
e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que
onde eu estiver estejais vós também. Mesmo vós sabeis para onde vou, e
conheceis o caminho." Esta é a esperança do cristão. Cristo irá voltar
para buscar os que são seus. E os seus, são aqueles que um dia se reconheceram
pecadores e creram em Jesus como Salvador, que creram que na cruz ele pagou por
todos os nossos pecados e que satisfez plenamente a justiça de um Deus três
vezes santo. Um Deus santo, santo. E aqui Jesus fala, “vós sabeis o caminho”,
mas Tomé, que sempre é tido como aquele que é incrédulo, que duvida, disse-lhe:
“Senhor nós não sabemos para onde vais, e como podemos saber o caminho?”
E a resposta que Jesus dá a ele, ecoa desde então. Ela poe por terra qualquer
religião, qualquer filosofia, qualquer ideia humana que afirme que todos os
caminhos levam a Deus, que qualquer religião que você pratique vai lhe salvar,
que se você der esmola, se fizer isso, se fizer aquilo, será salvo. Não! O
caminho não é uma religião, o caminho não é esmola, o caminho não são boas
obras, o caminho não é reencarnação, não é um ser humano na terra, um
sacerdote, não é um mártir, nada disso. “Disse-lhe Jesus, eu sou o caminho,
a verdade e a vida, ninguém vem ao Pai senão por mim". - Ah, você
diria,- mas e fulano, que acredita tanto em Buda, e é tão fiel, tão bom.
“Ninguém vem ao Pai senão por mim!” Diz Jesus. - Mas e sicrano, você ainda pode
insistir, - que morreu pela fé que tinha em Maomé? “Ninguém vem ao pai senão por
mim” diz Jesus. Não há outro caminho. “Eu sou o caminho”. Esse é o caminho do
céu.
Mas, e
o que vamos encontrar no céu? Essa seria outra pergunta. Vamos encontrar
aqueles que creram em Jesus e vamos encontrar tudo aquilo que desejávamos
encontrar no céu. Quando Adão estava no Éden, Deus tinha o melhor pra ele.
Tinha o melhor dos planos, tinha só boas intenções para com o homem, mas este
quis seguir seu próprio caminho independente de Deus e por isso ele pecou. Daí
pra frente o que o homem busca? Podemos tentar classificar aqui, algumas das
principais coisas que o homem almeja.
Ele
busca não morrer. Você conhece alguém que não queira morrer? As bancas de
revistas estão cheias de dicas de nutrição, de saúde, ginástica etc, para que
você possa viver sempre contente, feliz, saudável, e não morrer. A clínicas
estão cheias de pessoas que vão ao médico atrás das curas das suas doenças, a fim
de não morrer. Este desejo do homem, Deus oferece para aquele que crê em Jesus.
Os homens também desejam, serem libertos do juízo. Eu falei anteriormente, que
depois da morte vem o juízo eterno, e todos tem medo do inferno. Todos tem medo
de sair deste mundo e serem condenados. Muito bem, a outra coisa que Deus
oferece para aqueles que creem em Jesus, além de não morrerem mais, é não serem
condenados. E sequer passar pelo juízo! Aqueles que creem em Cristo tiveram já,
todos seus pecados pagos na cruz, e se foi pago, então não há mais o que pagar,
não há mais dívida. É como se alguém resolvesse ir ao banco e pagar a dívida
que você tem ali, e num dia qualquer, você se dirigisse ao banco para verificar
como está a sua situação. O atendente diria que não há divida alguma. - Mas
como assim? - você argumentaria, - eu devia um milhão ainda ontem! O atendente
afirmaria que já fora quitado, que não consta mais nada em seus arquivos, ele
poderia até mesmo lhe oferecer um empréstimo, quem sabe, um seguro. Vão até mesmo
lhe oferecer um serviço, porque você não deve mais nada. Está tudo
absolutamente quitado.
Então
a primeira coisa que o homem deseja é ter vida eterna, perene e isso Deus dá.
Ele quer se ver livre do juízo, não ter que dar conta dos seus pecados, Deus
também oferece isso, pela fé em Jesus. Outra coisa que o homem busca, é a sua
satisfação. Quando sentamos à mesa para comer queremos ficar satisfeitos. O
homem deseja viver satisfeito. Satisfação humana. Eu quero, você quer, todos
queremos estar plenamente satisfeitos com tudo, e Deus, oferece isso no céu.
O que
mais o homem deseja? Algo que todo mundo quer ter, sua própria identidade. A
sua própria singularidade. Ninguém quer ser apenas mais um na massa de pessoas,
todo querem ser reconhecidos por alguma coisa, todos querem poder falar: eu sou
fulano, tenho isso, sou conhecido por isso, ter o desejo de uma identificação
própria. Temos uma impressão digital que não pode ser repetida, somos seres
singulares, e queremos manter isso para sempre. Algumas religiões falam que
você vai virar uma massa, uma coisa etérea, e que tudo vai tudo virar uma coisa
só. Porém Deus oferece a sua personalidade para sempre. Uma singularidade
obviamente livre de pecado, livre de todos os problemas que trazemos nesta
vida. Outra coisa que Deus oferece no céu, é poder. Interessante pensarmos que
todos nós desejamos ter algum tipo de poder, algum tipo de domínio, ainda que
às vezes possamos usar mal isso, queremos ter alguma posição neste mundo, e
Deus oferece, por mais incrível que isso possa parecer. Podemos até falar, mas
que estranho falar isso, está na Bíblia? Sim, está. Deus oferece também a
possibilidade de você ser visto na companhia de pessoas importantes. Todo mundo
gosta disso. Há lugares que às vezes você vai, e vê fotos na parede na casa de
uma pessoa, fotos da pessoa ao lado do presidente, do governador. Ela expõe a
foto numa moldura, afinal aquela foi uma oportunidade única, onde esteve ao
lado de um artista famoso, por exemplo, põe no Facebook, enfim, todo mundo se
sente bem ao lado de alguém importante e Deus também promete isso àqueles que creem
em Jesus e vão para o céu. E promete também a você, fazer parte importantíssima
nas coisas do céu. Ele promete o lugar mais elevado possível que um homem
pudesse estar.
Vamos
rapidamente ver essas promessas no livro de Apocalipse, capítulo 2. Estas são
sete cartas que foram reveladas ao apóstolo João e que tem um sentido
profético. São cartas endereçadas a sete igrejas, que eram congregações
reunidas ao nome do Senhor Jesus na Ásia e são sete nomes de cidades. Elas tem
uma aplicação obviamente histórica, já que essas igrejas existiram. São cartas
escritas sempre no plural, para a igreja como um todo, para aquelas assembleias
de pessoas, mas existem promessas singulares em cada uma. E é sobre essas
promessas que vamos tirar uma ideia do que podemos esperar no céu.
No
capítulo 2, metade do versículo7: “ ao que vencer dar-lhe-ei de comer da
árvore da vida que está no meio do paraíso de Deus”. Deus colocou Adão no paraíso
e ali havia duas árvores distintas além de todas as outras. Mas essas duas, uma
era a árvore da vida e a outra, a árvore do conhecimento do bem e do mal. Deus
não proibiu o homem de comer da árvore da vida. Mas se homem comesse desta, ele
não morreria mais. O homem viveria indefinidamente. E se comesse da árvore do
conhecimento do bem e do mal, ele, segundo Deus havia avisado, morreria. E essa
morte não seria apenas física, ele iria morrer também espiritualmente. O homem iria
ficar numa condição de morte espiritual e foi justamente desta árvore, que Deus
proibiu de comer, que o homem caiu em pecado e o resto é a história da
humanidade que conhecemos. Mas agora Deus promete ao que vencer, “dar-lhe-ei de
comer da árvore da vida que está no meio do paraíso”. Quando o homem pecou, e
foi expulso do paraíso, Deus achou por bem, não deixá-lo permanecer lá, porque
se o homem comesse da árvore da vida, ele viveria para sempre nessa condição de
pecador. Mas, na sua grande misericórdia, Deus isolou o homem daquela árvore, a
fim de evitar que ele vivesse eternamente naquela situação, porque Deus não
queria isso para o homem. Mas agora Ele oferece essa vida perene, constante no
céu.
Esta
árvore da vida aparece também no futuro, no reino milenial de Cristo sobre a terra,
mas este é um outro assunto, porque ela estará no reino e as pessoas que
comerem de suas folhas serão curadas das doenças. Aqui, porém, não é essa a
promessa, pois será oferecido não as folhas, mas o cerne da árvore, a própria
vida para sempre!
Na
outra carta, dirigida a Esmirna, no fim do versículo 10 lemos: “sê fiel até
a morte, dar-te-ei a coroa da vida, quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz
às igrejas. O que vencer, de modo algum sofrerá o dano da segunda morte”. O
que é a segunda morte? É o juízo eterno de Deus, que em outras passagens é descrito
como ser lançado no lago de fogo onde o bicho não morre, onde há gemidos e
ranger de dentes. Ou seja, não é um lugar onde as coisas se acabem. É chamado
de segunda morte porque é um juízo. A morte é um juízo. Morte física é uma
consequência do pecado, é um dos juízos que Deus avisou que o homem receberia por
ter sido pecador. Existe, em alguns países, a pena de morte, que é o juízo por
um crime muito ruim, onde o réu é penalizado a morrer, por ter praticado o pior
do crimes. E é considerada a pior de todas as penas. Deus então promete ao que
vencer, que este não receberá o dano da segunda morte, não haverá o juízo
eterno para aqueles que creem no salvador Jesus Cristo.
Vemos
na terceira carta, agora a Pérgamo, mais uma promessa, no versículo 17, “Ao
que vencer darei do maná escondido” O maná era um alimento que caia do céu
e que alimentou o povo de Israel durante 40 anos na sua peregrinação no
deserto. Aquilo era uma figura de Cristo, que fala muito tempo depois disso,
nos evangelhos “eu sou o pão caído do céu”. Isso nos fala que em Cristo, no
céu, teremos satisfação plena. Ninguém sentirá fome, ninguém sentirá sede,
ninguém sentirá falta de coisa alguma, porque todos teremos tudo em Cristo. É falado
em Efésios que Deus “nos abençoou com todas
as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo”.
Esta é a
promessa. Todas as bênçãos espirituais no céu em Cristo. Isto é posse,
propriedade daquele que crê em Jesus. Mas o versículo em Apocalipse continua: “e
lhe darei uma pedra branca, e na pedra um novo nome escrito, o qual ninguém
conhece senão aquele que o recebe”. Note aqui a individualidade, a
identidade daquele que crê em Jesus. Para sempre eu serei o Mário, com um outro
nome, mas eu serei eu. Você será você, desde que você creia no Senhor Jesus.
Você vai ter sua identidade eternamente, não é isso o que os homens buscam
neste mundo? Um nome? Quanta gente morre para ter um nome, para virar placa de
rua? Mas Deus nos dá algo muito mais precioso no céu.
A
quarta carta, a igreja de Tiatira, ainda no capítulo 2, versículo 26: “Ao
que vencer, e ao que guardar as minhas obras até o fim, eu lhe darei autoridade
sobre as nações”. Quando pensamos em quantos cristãos foram sacrificados
debaixo de regimes totalitários, regimes tiranos, que sofreram quietamente, e
foram e ainda são perseguidos. Nos países islâmicos, por exemplo, o
cristianismo é proibido. Dubai é um país lindo, mas o evangelho não pode ser
pregado lá, se você tentar distribuir um simples folheto naquelas ruas, irá
preso. Porque não é permitido evangelizar naquele país. A Arábia Saudita que é
uma grande potência, um país riquíssimo, com ótimas universidades, tem a
internet vigiada e sites cristãos censurados, não podem ser acessados. É
proibido ser cristão nesses países. Existe um outro país, que agora não lembro
o nome, onde se produzem automóveis e tem uma pista famosa, lá não há uma
igreja cristã sequer, não há um templo religioso cristão, nada! Pode até ser
lindo, maravilhoso, tudo é festa, há muitos shopping centers, mas Cristo não
entra ali. De jeito nenhum! Os cristãos são oprimidos, presos, mortos. Mas um
dia isso se reverterá. “Darei poder sobre as nações”. Os que creem em
Jesus reinarão com Cristo sobre as mesmas nações que um dia oprimiram e
perseguiram cristãos, terão cristãos reinando sobre elas com Cristo. Essa é a
promessa de Deus.
Há uma
outra promessa em Apocalipse 3:4, no fim do versículo: “comigo andarão de
branco, porque são dignas disso. O que vencer será assim vestido de
vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida;
antes confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos”.
Na
promessa anterior, o cristão estará reinando com Cristo, nesta, o cristão é
visto com Cristo. Andando com ele. Visto por todas as hostes celestiais, visto
pelas nações. Que lugar de altíssimo privilégio! Andar junto com Jesus, de
branco, nos fala de pureza, de justiça, já com os pecados todos eliminados. No
versículo 5 lemos: “e confessarei o seu nome diante do meu pai e de anjos”.
Que apresentação! O próprio Senhor Jesus, nos apresentando ao pai, e aos seus
anjos. - Veja, este aqui eu salvei. Você será um desses, desde que creia em
Jesus como seu salvador.
Como
se não bastassem todos esses privilégios, há uma outra promessa no capítulo 3,
versículo 12: “ A quem vencer, eu o farei coluna no templo do meu Deus,
donde jamais sairá; e escreverei sobre ele o nome do meu Deus, e o nome da
cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu, da parte do meu Deus, e
também o meu novo nome”. Agora ele tem um certificado de propriedade, e não
só isso. Templo é um lugar de adoração e coluna, uma parte vital de um templo,
se uma coluna for derrubada, o templo cai. O que é oferecido aqui portanto, é
colocar cada cristão numa parte vital de todo sistema de adoração a Deus, todos
tendo ali seu lugar de importância reconhecido por Deus.
E finalmente
na carta a Laodiceia, além de todos os privilégios elevadíssimos que já lemos,
vemos agora o ponto alto da promessa de Deus, àquele que crê em Cristo.
Versículo 21 do capitulo 3, “Ao que vencer, eu lhe concederei que se assente
comigo no meu trono assim como eu venci, e me assentei com meu Pai no seu
trono. ” É o que Jesus faz quando diz “vinde a mim todos vós que estais
cansados e sobrecarregados e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós meu julgo,
porque sou manso e meu fardo é leve”.
Porque
alguém desprezaria isso? O que há para perder? Os pecados. Sim. Esses, você
perde todos, mas ganha a vida eterna, e ganha esse lugar de privilégio
altíssimo. Na presença de Deus. De Cristo.